Esperarei por ti - MaxNat +18

Capítulo 13

MAX

sexta-feira, 16h

     Max estava respondendo os e-mails da faculdade, a conversa com Zee foi rápida mas sabia que teria que se explicar depois. Por hora precisava esfriar a cabeça, esvaziar a mente, esquecer o que o deixava aflito e acima de tudo, se afastar de Nat.

     Esse tem sido sem duvida seu maior problema, seu aluno.

     Não gostava de estar fora do controle, as coisas estavam fugindo do fluxo e não sabia por quê.

     Desde que conheceu Nat, não teve problemas com o aluno, claro que não gostava dele, fazia questão de deixar isso bem claro, mas quando foi que deixou de não se importar mais com ele? Quando passou a pensar mais em Nat do que no próprio trabalho? Não entendia o que estava acontecendo consigo mesmo.

     Por isso iria sair, precisava pensar em qualquer outra coisa que não fosse seu aluno.

      Max era muito discreto quanto sua vida pessoal, teve alguns relacionamentos ao longo de sua vida, mas nada que pudesse ser considerado sério, por isso preferia a descrição.

     Seu pai sempre falava que já estava na hora de se casar e construir uma família, mas não estava pronto pra isso. Ainda tinha muito o que fazer, a faculdade, os hotéis da família, sua vinícola... Outra coisa que estava ocupando sua cabeça.

     Max sempre foi um apreciador de vinhos desde o início de sua vida adulta e conciliando os estudos, decidiu abrir sua vinícola com ajuda de seu pai que sempre o apoiou em tudo. Quando disse que não iria fazer administração de empresas para tomar a frente da grande rede de hotéis do pai foi uma surpresa para ele, mas não tiveram muitos problemas, afinal seu pai havia sido um grande engenheiro também e quando viu seu trabalho se expandir nessa proporção decidiu se aposentar por tempo indeterminado e gerir de outra forma, sempre fez tudo pensando em Max, mas gostaria que o filho seguisse seus sonhos.
     E com isso em mente aos 20 anos Max dava inicio a sua jornada ao mundo dos vinhos, começou como sócio investidor numa vinícola local, mas queria estar mais afundo então decidiu abrir sua própria empresa num lugar afastado da capital onde morava.

     Em pouco tempo, Max estava insatisfeito, não com a empresa, mas com o ambiente climático, apesar do vinhos precisaram de um clima quente, as plantações precisavam de um clima mais ameno, foi pensando nisso que decidiu migrar sua pequena empresa para Taiwan, tinha conhecidos e foi uma forma de expandir seus planos, aos 26 anos Max tinha estabelecido duas vinícolas próprias em Taiwan e 4 na Tailândia, já havia se formado mas queria mais então continuou seus estudos e finalmente e dava início as suas primeiras aulas como professor.

     Ao mesmo tempo que sua empresa crescia Max também queria se manter na engenharia, então abriu uma empresa de projetos vinícolas que atuava por todo pais, apesar de não ser um mercado grande na Tailândia, era uma área exclusiva, então conseguia trabalhar diretamente com engenharia e vinícola e não se arrependia da sua decisão.

     No início ano, Max viu sua vinícola ser reconhecida e entrar em processo de expansão, achava isso incrível, mas para isso acontecer teria que estar fora da faculdade no mínimo uma semana e depois voltar, seu sócio em Taiwan lhe pediu que fosse com urgência para ver a proposta e depois voltasse para finalizarem tudo caso fosse aceito, ai teria que passar mais tempo por lá, mas tiraria férias só no final do ano. Se pedisse uma licença tenho certeza de que a reitoria iria aceitar, mas de tudo isso a única coisa que pensava agora era em Nat

     A primeira coisa que pensou foi no aluno, mais especificamente em Nat desacordado, aquilo não saia de sua cabeça desde a ultima noite, não dormia direito nem conseguia ser racional e cada vez que via aquele tal Mean o acompanhar e ir embora com ele era como se algo ruim fosse acontecer. Não conhecia Mean, única informação que conseguiu é que ele era um estudante, filho de advogados e um playboy que gosta de balada, mas nada suspeito para que ao menos pudesse justificar sua implicância.