Expresso Hogwarts

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“Mistério: corpo mutilado no Beco Diagonal” 

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“Mistério: corpo mutilado no Beco Diagonal” 

Nessa manhã o proprietário de uma loja de tecidos encontrou um corpo totalmente despedaçado no beco pequeno ao lado da sua loja (...)

Não há informações sobre sua identidade.

O Ministério da Magia informou que também não há novidades sobre algum suspeito (...)

Hermione apenas passou os olhos lendo trechos da notícia escrita por Rita Skeeter. Ela não queria saber nada além disso, apenas se descobriram quem ele era após ser despedaçado ou se tinha alguma informação que havia sido ela que o havia massacrado. Fora isso, não queria saber sobre nenhum tipo de ideia maluca de Rita.

Ela sempre seria terrivelmente irritante.

Hermione não havia falado nada desde do momento que embarcaram no trem, tentava ignorar o fato dos olhos verdes de Harry a analisarem sabiamente como se tentasse descobrir o que estava acontecendo consigo, ela estava frustrada com isso, não poderia simplesmente jogar uma bomba em cima do amigo e esperar que tudo ficasse bem. Além do mais, depois do que aconteceu na noite anterior, não sabia se seus amigos no momento atual entenderiam. Eles não sofreram ainda e se dependesse dela nem iriam.

— Harry, você está prestando atenção? 

Hermione observou o tabuleiro de xadrez, como um excelente jogador Ron estava vencendo, no entanto, a falta de atenção de Harry tornava a partida mais fácil. 

— Desculpe, Ron.

— Você não quer mais jogar?

Harry olhou para Hermione que calmamente desviou o olhar para a janela. Teria que começar a fingir, pegar em suas memórias seu antigo eu, aquela alma onde só existia preocupações com a escola e como iriam salvar o mundo ajudando Harry a vencer. Naquela época ainda existia esperança da vitória, ela não sabia que Harry seria morto e o mundo bruxo iria virar um inferno.

Teria que fingir ser aquela garota.

Pois, sabia, nunca iria conseguir voltar a ser ela. 

E no exato momento que sua mente deslizou para aquelas memórias macabras ela sentiu suas mãos começarem a tremer, seu coração acelerar e a vontade de chorar emergir como uma explosão.

— Eu vou andar um pouco. — disse de repente, fazendo Harry derrubar uma peça no tabuleiro fazendo Ron gemer frustrado.

— Por que? — Harry a olhou de maneira desconfiada.

— Porque eu quero… — forçou uma risada. — Não vou ir para lugar nenhum, Harry. Estou dentro do trem.

— Eu vou…

— Você vai terminar essa partida! — Ron interrompeu para o alívio de Hermione.

Ela não se importou em sair da cabine trancando-a sem dar um mísero olhar para seus amigos, rapidamente abriu sua bolsa expansiva e enfiou a mão dentro puxando a caixa com o kit da poção calmante, Hermione simplesmente puxou uma e tomou um gole, e quando sentiu seu corpo relaxar, guardou novamente. Precisava tomar cuidado com o rumo de sua mente, se toda vez que ela se lembrar de algo começar a ter um ataque, seria complicado esconder que tinha algo de errado.

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