14. O assassino do diabo.

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Yoongi arregalou os olhos quando viu Jimin cair.

— JIMIN!

Após conseguir com muita dificuldade levantar a pesada tampa de concreto do túnel, saiu e correu até o citado sem se importar com a terceira presença obscura ao seu lado, o qual ainda segurava a arma que usou para atingir o acinzentado. Deu uns tapas de força mediana no rosto dele e o chamou novamente, sem qualquer reação em resposta. Usou o indicador para checar se ele ainda estava respirando, ficando aliviado ao sentir a respiração calma.

Yoongi tirou a arma do cós e a apontou para a figura que o observava, parada.

— O que você estava tentando fazer?

— Só queria me divertir um pouco — respondeu sem preocupação enquanto devolvia o revólver ao cós. — Não quer participar?

— Você não ousaria encostar nele outra vez. — Yoongi disse calmamente, mas sem abaixar a mira da arma, a qual segurava com tanta força que tremia. Esperava que o escuro impedisse o outro de perceber. — Isso não faz parte do combinado.

— Acho que já mencionei que jamais concordei com isso. — Cruzou os braços e riu de maneira soprada. — E sei muito bem que você só concordou por causa dessa sua paixonite de merda. Nem preciso dizer o quão patético você parece agora.

— Tire a droga dessa máscara horrenda pra falar comigo, seu moleque.

Morpho riu de maneira desdenhosa, mas fez o que ele disse.

Yoongi não se surpreendeu quando viu seu rosto, mas sua expressão vacilou para decepção. Abaixou a arma. Parecia enojado.

— É uma pena que você tenha se tornado isso, Jungkook.

— Eu não poderia me importar menos com o que você tem a dizer sobre meu hobby — disse, aparentando bom humor apesar de tudo. — E então? Vai me ajudar a arrastar ele?

— Jimin vem comigo.

Morpho se aproximou alguns passos.

— Não acha que já se divertiu demais com ele?

O detetive rangeu os dentes, impaciente.

— Do que está falando?

— Você o levou para sua casa, cuidou de seu ferimento e o vestiu com as suas roupas. Isso não parece algo que se faz com alguém que você odeia. — Sorriu de maneira um pouco insana, chegando perto demais de seu rosto. — Quer foder com ele também?

Yoongi deu um passo para trás. Não por medo, mas por estar sentindo asco genuíno.

— Em primeiro lugar, foi ele quem me procurou. Aliás, até onde eu sei, foi você quem o arrastou até sua casa depois do enterro de Jennie e o contou várias coisas que ele nem de longe deveria saber agora. — De repente, começou a rir. — E pelo visto, ele ainda te deu uma bela de uma surra. Devo dar algum crédito ao desmemoriado.

Jeon olhou para Jimin desacordado no chão. — Isso é um bom sinal. Significa que ele está voltando aos poucos.

Após processar o que havia acabado de escutar, olhou para ele, desacreditado.

— Não me diga que—

— Eu quero que Jimin volte a ser quem ele era, Yoongi — assumiu Jungkook, olhando para Yoongi que o fitava com apreensão. — A menos que me mate, não vai conseguir me impedir. Nenhum de vocês.

Agora foi Yoongi quem olhou para Jimin, as sobrancelhas juntas com o sentimento irritante que fluiu. Jimin vinha se mostrando ser alguém tão diferente desde que voltara para a cidade. Muito mais ingênuo e fraco que antes, quase miserável; independentemente do quanto o detestava, parecia injusto querer machucá-lo agora. Não conseguiria vê-lo sofrer ou permitir que o machucassem; não quando ele estava se parecendo tanto com Taehyung. Deve ter sido por isso que aceitou acolhê-lo e cuidá-lo quando apareceu tão desolado na delegacia.

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⏰ Última atualização: Oct 17 ⏰

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PSYCHE • JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora