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- Tá de brincadeira comigo?- A voz impaciente de Heeseung ecoa pelo dormitório, Beomgyu e os meninos se olham assustados em seu quarto e mordem os lábios nervoso pensando no que poderiam fazer.

- Por que? Não gostou?- a voz da mulher era irritante para os ouvidos dos adolescentes e automáticamente reviram os olhos, mas curiosos com o que estava acontecendo.- Você saiu de casa sem mais nem menos...

- Não, vocês me expulsaram de casa por causa da minha sexualidade e tacaram o foda-se pro filho mais novo, por que nossa.... Só por que ele é gay não é mais seu filho, muito menos humano, certo? Vocês fazem uma fachada de família feliz e reunida e quem se fode nessa merda é eu. Sempre eu. Por que se uma reunião não deu certo, a culpa era minha por não me comportar como um adulto, mesmo na época eu sendo uma criança.- ele fala a última parte olhando pra seu pai e logo volta a olhar pra mulher, que mantinha o rosto sério- Por que vocês não se importam com o que os outros pensam, com o que seus filhos estão sofrendo. Mas sim dos status e dinheiro, essa família nunca foi uma maravilha e nunca vai ser. E eu agradeço que vocês me expulsaram daquela coisa que chamam de casa, por que era naquele lugar, naquele quarto que eu chorava toda noite por que minha mãe me xingava e meu pai me batia por gostar de homens.

Ele desabava na frente deles segurando as lágrimas e os mais velhos ficam bravos com cada palavra citada por ele.

- Você deveria nos agradecer- o homem grita e Heeseung sorri de lado debochado, surpreso com o que ouviu.

-Como? Agradecer vocês?- ele ri alto- Nem morto. Agora saem daqui, vocês não são bem vindos aqui.

- Não vamos sair.- falam com autoridade e Heeseung vacila um pouco quando seu pai da um passo em sua direção.

- Sim, vocês vão - Beomgyu aparece sério e com o celular em mãos- Os guardas do prédio estão na porta, por favor saem antes que eles os forcem. Os dois também estão proibidos de entrar no prédio, não vão passar nem da portaria agora. Então, por favor....- ele aponta pra porta com as sobrancelhas arqueadas como um aviso, os mais velhos olham irritados para o menor e logo saem sendo seguidos pelos guardar.- Vem, está tudo bem.- ele abre os braços chamando o Lee para um abraço, que aceitou de bom grado já com o rosto molhado pelas lágrimas.

- Beom....- o quarteto aparecem mas param assim que os olha, o citado apenas nega com a cabeça e acena com a mão falando pra eles voltarem pro quarto, o que fazem sem questionar. Mas minutos depois Yeonjun aparece fazendo uma sinalização de ligação com as mãos e depois aponta para o Lee. Beomgyu achou que ele estava falando se deveria ligar para a dupla amorosa do Lee e logo concorda.

- Por que eles iriam querer que eu voltasse? Não faz sentido- a voz fraca do Lee ecoa baixo no cômodo.- Não deixa eles me levarem, Gyu. Por favor.

- Não vou deixar, Hee. Eles não vão te levar.- o maior se distância levemente o olhando desesperado.- Eu prometo.

- Obrigado.

- Vem, vamos pro quarto- ele puxada Heeseung de leve e quando entram no quarto do maior, Beomgyu o ajuda a deitar e fica sentado ao seu lado.- Você está melhor?

- Sim, obrigado.- ambos sorriram fraco e não demora pra duas figuras masculinas entrarem no quarto a milhão.

- Cadê?- Jake murmura desesperado e quando seu olhar se encontra com o do Lee, o mesmo pula nele apertando seu rosto e verificando cada canto.- Não fizeram nada, certo? Se fizerem vou arrancar cada fio de cabelo da cabeça deles e os deixar careca.

- Está tudo bem, não fizeram nada.- murmura sorrindo com a preocupação do Shim.

- Não fizeram nada por que chamei os guardas.- Beomgyu fala sério e o Lee nega rapidamente com a cabeça mexendo a boca em um "não era pra falar" silencioso.

Viciado (HeeJakeHoon)Onde histórias criam vida. Descubra agora