Reconhecendo os erros

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— Uau, as nossas unhas ficaram lindas! Vamos tirar uma foto? Uma com nós três e outra das nossas unhas! Quando eu voltar para minha cidade terei um feed maravilhoso dessas férias. – Eu falo animada, lembrando que antes eu não queria nem saber de vir para Pinheirinho, e quantas coisas boas tem acontecido aqui!

— Super apoio a sua ideia amiga! – Noemi fala animada – Mas não sei se precisaremos esperar até você voltar para sua cidade, já que vamos nos arrumar na casa da Joana hoje, e lá tem o melhor wi-fi de Pinheirinho! Não é atoa que amo ir lá. – Ela fala com um sorriso malicioso claramente tentando provocar Joana.

— Ei! – Joana fala dando um soquinho no braço da amiga – Eu achei que você gostava de ir lá por minha causa! – Ela cruza os braços e faz um biquinho falso.

— Brincadeira amiga, eu amo você mais do que amo seu wi-fi. – Noemi fala dando um beijo na amiga, fazendo-a desfazer a cara de chateada que colocou no rosto.

— Mas porque vamos nos arrumar na casa da Jo? Não podemos nos arrumar aqui? – Eu pergunto.

— Porque a Tia Bruna quer te conhecer, e vai fazer um cafézão para nós antes da reunião dos jovens. – Noemi fala animada.

— A sua mãe quer me conhecer? Por quê? – Eu pergunto.

— Porque talvez eu tenha falado muito sobre você. E o Marco também. – Ela desfarça o sorriso que deu, mas eu vi, nada passa dos meus olhos de águia!

— A tia Bruna é tão legal quanto a tia Iolanda, e ela faz o melhor bolo da cidade! Ela tinha uma doceria quando mais nova, mas depois que o Marco nasceu, ela desistiu da empresa para cuidar do lar e dos filhos, mas óh, ela tinha o comércio mais bombado da época! – Noemi fala animada, como se a mãe fosse dela.

— Sério Jo? Mas vocês já estão grandes, ela não pensa em voltar? – Eu pergunto chocada com a última informação.

— Eu também já fiz essa pergunta, mas ela diz que o lugar dela é esse, em casa, e que o dinheiro não vale tanto quanto a satisfação que ela tem em cuidar do lar e do projeto Pão do Amor, onde ela é a líder do ministério da nossa igreja que cuida dos sem teto, arrecadando alimentos e fazendo marmitas para entregar para eles. – Ela diz.

— Nossa, a sua mãe é incrível! – Eu falo.

— Mas o papai ganha bem, então não tem porque ela trabalhar mesmo. – Ela dá de ombros.

— Mas isso não reduz o mérito que ela tem, a maioria dos que tem muito dinheiro, só vivem correndo atrás de ainda mais dinheiro. Mas a sua mãe não. – Eu falo tentando defender a tal da tia Bruna que ainda nem conhecia.

— A Maitê tem razão. – Noemi fala – É que ela não gosta de enaltecer muito nem ela, nem a família. Os Agnelli são muito humildes. – Ela termina susurrando no meu ouvido.

— Ei, o que você está dizendo para Maitê que eu não posso saber dona Noemi? – Joana pergunta.

— Nada amiga! – Noemi endireita a postura e sorri.

— Bom, mudando de assunto, o Marco vai estar lá? – Eu finalmente lanço a pergunta que rodeava a minha mente desde o instante que as meninas disseram que nos arrumaríamos na casa da Joana.

— É claro, ele mora lá. E também vai na reunião dos jovens. Por quê? Quer ver ele? – Joana pergunta com um sorriso travesso.

— Deus me livre! Eu quero justamente o contrário! Ter que ver aquele menino irritante... – Eu falo ficando brava.

— Calma amiga, eu sei que ele não é totalmente um cavalheiro, mas ele sabe que você não curte muito o jeito dele, então não vai ficar te chateando, fique tranquila. – Joana fala.

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