Coração quebrado em reconstrução

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Vocês não devem ter dificuldades em imaginar que a cozinha dos Agnelli também era surpreendentemente grande e bonita, não é?
Nós não estávamos em qualquer cozinha meus queridos, nós estávamos em uma cozinha enorme em conceito aberto para às árvores e os campos! Aquilo era tão lindo que se eu continuasse a admirar era capaz de derramar uma lágrima. Imagina só como era aquilo ao entardecer, no por do sol!?

— U-A-U! Eu não paro de me surpreender com essa casa! – Eu finalmente consigo falar algo, depois de ficar perplexa com a beleza do lugar por minutos.

— Obrigada querida, eu que decorei. – Uma mulher de aparentemente 45 anos, com cabelos negros levemente esbranquiçados, mas que ao invés de a deixar com uma aparência mais velha, davam um charme único, disse sorrindo.

— Essa é a minha mãe Mai. – Joana diz com um sorriso simpático.

— Prazer senhora Bruna. – Eu falo tentando parecer simpática.

— Eu sei que não sou jovenzinha querida, mas pode me chamar só de Bruna. – ela diz soltando uma risada e então me abraça – Finalmente estou conhecendo a famosa Maitê? Que honra! As crianças falaram muito sobre você.

— Espero que tenham falado bem. – Eu digo brincando, mas também receosa com o que Marco pode ter falado sobre mim.

— Claro que sim, você sabe que eu te amo Maizinha! – Joana pula em mim e me dá um abraço desengonçado – Mamãe, a Maitê está triste hoje, então pensei de cozinhamos junto com você para ela se distrair um pouco.

— A Mai está triste? – Noemi pergunta.

— Eu estou triste Joana? – Eu digo sorrindo entredentes e ameaçando a Joana com meu olhar.

— Bom, o que acham de fazermos um bolo de laranja? – Bruna diz, animada.

— Uuuuuu, amo bolo de laranja! – Noemi diz batendo palminhas.

— Eu sei, a escolha foi para agradar as visitas. – Bruna diz piscando.

— Vou pegar os ingredientes! – Joana diz começando a abrir os armários.

Depois de tudo na mesa, começamos a cozinhar. O dia estava completamente lindo, uma brisa suave de inverno, mas um sol do meio dia que invadia a cozinha tornava o ambiente quentinho e perfeito. Nos embalávamos em uma conversa sobre como era a minha igreja e as diferenças da cidade grande e do interior, até que obviamente eu faço o prazer de estragar nosso momento.

— Meninas...eu acho que quebrei um ovo podre na massa. – Eu digo meio nervosa.

— O que? Tá falando sério? – Joana vem olhar a massa – Eca! Bota podre nisso! Precisamos jogar a massa fora antes que a cozinha fique inteira cheirando ruim.

— Mai, é para isso que eu te dei essa vasilha. A gente sempre quebra o ovo separado e depois joga na massa. – Noemi fala levemente desapontada de ver todo nosso trabalho jogado fora.

Realmente Maitê, realmente. Você só tinha um trabalho, quebrar o ovo na vasilha e nem isso conseguiu fazer!

— Calma meninas, foram só alguns ingredientes, vamos jogar fora e recomeçar o bolo. – Bruna fala de uma forma meiga como sempre.

— Meninas, eu vou no banheiro rapidinho. – Eu falo.

Pode parecer besteira, mas isso me deixou chateada. Vocês garotas sabem do que eu estou falando, não é? Quando você está se segurando para não chorar, qualquer coisa é o suficiente para te fazer abrir as comportas das lágrimas!

— Vem que eu te mostro onde é. – Joana diz pegando em minha mão e me guiando até o banheiro.

— Achei uma coisa pequena nessa casa. – Eu digo para descontrair, a respeito do banheiro que era de um tamanho normal, mas não para a casa dos Agnelli.

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⏰ Última atualização: May 17 ⏰

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