Cap 10

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"Casa é qualquer lugar que eu esteja com você"
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SEIS MESES DEPOIS

O Cairdeas Bar parecia até outro local depois da reforma, estava cheio de clientes, o movimento não parava e a cozinha funcionava à todo vapor; como chef e dona, Natália supervisionava todos os funcionários e cozinheiros com olhar atento, além de não desgrudar das panelas e dar seu máximo para manter os pedidos saindo sem atrasos ou erros.

Depois de trocar os euros que seriam a salvação do seu negócio por uma única moeda, a irlandesa voltou para casa obstinada a não perder tudo que construira nos últimos anos, o prazo para a quitação da dívida ainda não havia chegado ao fim, e ela definitivamente não desistiria sem tentar.

Voltar seus esforços para aquela atividade, além de essencial, também ajudariam-na a parar de pensar em Ana Carolina o tempo todo, o que era ótimo porque a morena provavelmente estava feliz junto do tal cientista e nem devia se lembrar mais dela, então ela iria precisar seguir sua vida como a mulher de olhos verdes nunca tivesse entrado em sua vida, mas sempre fracassava ao olhar para lua pois lembrava da bendita festa de casamento, sobre a luz do lua que se deu conta estava gostando da brasileira meia americana... Ou ela era apenas uma tola, que ficava conversando com a lua?

Com a ajuda de alguns amigos, fez pequenos reparos nas instalações e reabriu o restaurante, pronta para o trabalho; por ser um vilarejo pequeno, todos conheciam e gostavam muito de Natália , portanto as pessoas não hesitaram em ir até lá para dar uma força, e muitas delas se surpreenderam com a qualidade do serviço. Então, quando o prazo terminou e Marcos apareceu para cobrar a dívida, todos os seus amigos contribuiram com o dinheiro que faltava.

— Natália, alguém reclamou que o frango está seco.

— Como assim "está seco?" É uma torta, é óbvio que não pode ficar molhado.

A chef largou a colher dentro da panela e encarou a gaçonete com as sobrancelhas franzidas, pegando um garfo na bancada e provando um pedaço da torta.

— Não tem nada seco aqui, está uma delícia! - desamarrou o avental. — Lara, cuida de tudo e não estraga nenhuma comida!

A garçonete, sem saber o que fazer, deu um passo para trás e saiu do caminho quando Natália passou por ela enraivecida e saiu da cozinha, determinada a descobrir quem havia sido a criatura responsável por aquele comentário ridículo e sem cabimento nenhum.

— Quem foi que disse que o meu frango está seco? - cruzou os braços, falando em voz alta. — Foi você?

Perguntou para um dos clientes, ninguém estava entendendo nada e todos ficaram calados.

Nati estreitou os olhos jabuticaba , querendo logo descobrir a identidade da pessoa para poder falar-lhe umas poucas e boas; ela poderia até estar exagerando, mas achava um absurdo alguém falar mal de algo que estava muito bom.

— Fui eu.

A irlandesa prendeu a respiração, lentamente se virando para a dona da voz.

Carol se levantou da cadeira com um sorriso suave nos lábios, andando até estar parada no meio do salão.

— O que, raios, está fazendo aqui?

— Será que você pode ser legal por uns instantes? Eu viajei dez mil quilômetros para chegar aqui.

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