capitulo 8

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Oi genteee, voltei com mais um capítulo desse casal tão amado, yastel.

Não me matem, esse capítulo é essencial para o desenvolvimento do avanço de pitanda.

Comentem bastante e aproveitem o capítulo.

Respirei fundo, sentindo o aroma floral
gostoso com o qual já estava acostumada.
Toda vez que pisava na guarita do prédio
de Yasmin, o cheiro das flores do jardim
invadia meus pulmões, geralmente fazendo
um sorrisinho surgir em meu rosto. Mas
hoje eu estava preocupada, ansiosa demais
pra sorrir. Assim que me viu, Gabriel abriu a porta para mim, como em toda sexta-feira,
e eu entrei, respirando fundo outra vez.
Trêmula, passei por ele, que me deu um
sorrisinho amigável por detrás do balcão da
portaria, e subi pela escada, inquieta demais para esperar o elevador. Aquela poderia ser a última vez que eu estaria naquele prédio. Meu estômago revirou de nervosismo só de pensar. Assim que o primeiro andar entrou no meu campo de visão, vi Yasmin me esperando com a porta de seu apartamento aberta. Minha garganta ficou totalmente seca assim que seus olhos castanhos me encararam.

Me aproximei da porta, com a respiração
discretamente ofegante, mas sem nenhuma
relação com os lances de escada que subi.
Não soube como agir, até que ela abaixou
o olhar e me deu espaço para passar. Com
sérias dificuldades pra respirar de tão
apreensiva, eu entrei e parei a alguns passos da porta, de costas pra ela, enquanto a ouvia trancá-la. Tomando coragem, me virei em sua direção, e a observei encarar o chão e prolongar aquele silêncio sepulcral por mais alguns segundos.

- Como você tá? - ouvi Yasmin murmurar, com um pouco de cuidado na voz, e quase
não soube responder, porque seu olhar se
fixou no meu.

- Bem. - respondi, com a voz falha, e pigarreei de leve para firmá-la. - E você?

- Já estive melhor. - ela falou, assentindo
devagar e voltando a encarar os próprios pés. Mais silêncio.

- Não quer se sentar? - ela disse, me olhando novamente após mais algum tempo quieta, e indicou o sofá com um gesto de mão. Me sentindo uma visitante incômoda, fiz que não com a cabeça e esbocei um sorriso cordial, evitando olhar em seus olhos. Yasmin respirou fundo, colocando as mãos nos bolsos do short jeans, e perguntou, com a voz baixa:

- Como foi a excursão?

Soltei um discreto risinho miserável ao ouvir sua pergunta, me lembrando de todos os péssimos momentos daquele dia. Nem que eu quisesse seria capaz de explicar o quão torturante aquela excursão tinha sido.

- O que você acha? - murmurei, encarando
meus tênis com a expressão vazia. - Não
podia ter sido pior. - Yasmin abaixou seu
olhar, parecendo um pouco culpada pela
minha resposta, e eu continuei. - Ter que
passar o dia inteiro com pessoas que eu não
gosto e que também não gostam de mim,
quase perder o chaveiro que minha avó me
deu de presente, e pra encerrar com chave de ouro, quase ser assaltada enquanto esperava minha mãe ir me buscar na escola. Grande dia, sem dúvida.

- O que? Você quase foi assaltada?- Yasmin repetiu, com a voz um pouco sobressaltada, e eu pude ver seu rosto demonstrar preocupação.- Como assim?

Ergui meu olhar pra ela, e entortei a boca,
balançando a cabeça negativamente.

- Não foi nada demais. -respondi, sem
querer citar o momento em que a professora Bande apareceu e expulsou aquele cara estranho. - Minha mãe chegou bem na hora e ficou tudo bem.

Yasmin continuou me encarando, com o
olhar meio aflito e a testa levemente franzida, e eu sustentei seu olhar, séria por fora e desmoronando por dentro. Tudo que eu queria naguele momento era abraçá-la, só isso já me faria um bem enorme.

My Biology - Adaptação PitandaOnde histórias criam vida. Descubra agora