capitulo 10

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Gente volteiiiii, pra alegria das pitandas. aviso que esse capítulo promete muitas farpas das nossas mamães.

Aproveitem o capítulo e não se esqueçam de interagir bastante, amo ler os comentários de vocês.

Uma dor lancinante dominou minha
cabeça por completo quando meu cérebro
finalmente se deu conta de que meus olhos
estavam abertos. Voltei a fechá-los com força, tentando fazer com que aquela dor passasse ou pelo menos diminuísse, mas parecia que só alguns comprimidos e o tempo a fariam regredir até sumir completamente. Maldita tequila.

Me sentei na cama, com uma mão do lado
esquerdo da cabeça, sentindo meus cabelos
levemente úmidos, e abri o olho direito para me localizar. Definitivamente eu nunca
estive naquele lugar antes, nunca tinha visto aquelas paredes e móveis brancos, muito menos um quarto tão grande como o qual eu estava agora. Aquele cômodo sozinho equivalia à metade da minha casa, e pelo extenso corredor que a porta aberta revelava, o resto do apartamento era ainda maior.

E foi só então que eu vi a pessoa que havia
me cumprimentado quando acordei. Apesar
de estar sentada na ponta da cama gigante
e bem no meio do meu campo de visão,
eu demorei alguns segundos pra vê-la, e
mais alguns pra finalmente reconhecê-la.
Os mesmos olhos que ontem me passavam
segurança, hoje pareciam cansados,
sonolentos, e ostentavam leves olheiras
arroxeadas de quem tinha passado quase a
noite toda em claro.

Abri o outro olho, já mais acostumada à
claridade, e a encarei, tentando organizar
minha mente. O que eu estava fazendo
naquele lugar estranho? Por que ela estava
ali?

- Pensei que não fosse acordar mais.- Fernanda murmurou com a voz reservada,
piscando lentamente e desviando seu olhar
do meu.

- Que lugar é esse? - gaguejei com a testa
franzida, sentindo minha voz falhar em
algumas sílabas. - Você disse que ia me levar pra minha casa.

- E eu ia.- ela confirmou, enquanto olhava na direção da janela, e um leve sorriso divertido surgiu em seus lábios. - Mas você dormiu antes de me dizer o endereço

Me lembrei rapidamente de alguns
momentos da noite anterior. A festa de
Lucas, as doses de tequila, a brutalidade
de Petrix, a conversa com Fernanda no
carro...Tudo parecia tão vago, tão distante,
como se tivesse sido apenas um sonho muito real, que eu me sentia estranha por ter passado por aqueles momentos de verdade.

- Então por que não me acordou? - perguntei, com a testa levemente franzida em um tom defensivo. - Por gue me deixou dormir? E que lugar é esse afinal?

- Você sempre acorda assim, disparando
perguntas?- ela resmungou, fechando
pesadamente os olhos e mantendo um esboço de sorriso no rosto. Ela podia estar achando graça, mas eu não.

- Não, porque não costumo acordar num
lugar totalmente estranho com uma pessoa
estranha me observando! - retruquei,
irritada, e ela voltou a me encarar.
novamente daquele jeito firme apesar do
cansaço aparente.

- Ontem você acabou dormindo no carro,e
eu não consegui te acordar de jeito nenhum. E acredite, eu tentei de todas as maneiras que conheço. - Fernanda respondeu, com um pouco de rispidez na voz. - Como não sabia seu endereço, resolvi te trazer pra minha casa, mas tô vendo que devia ter te deixado na rua mesmo.

Meus olhos passaram rapidamente pelo
quarto, analisando novamente todos os
detalhes e ignorando sua brutalidade. Então aquele era o apartamento dela. Olhei pra baixo, e me vi enroscada num lençol, com roupas diferentes das que eu vestia ontem. Quando finalmente a ficha caiu, soltei um grito horrorizado e me enrolei nas cobertas. me cobrindo até o pescoço.

My Biology - Adaptação PitandaOnde histórias criam vida. Descubra agora