capitulo 12

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Oi amores, vou começar pedindo perdão. Tive um fds muito louco, nem tive tempo pra escrever, mas eu aqui agora e como forma de me redimir, trouxe um hot pitanda pra voces😍

Comentem bastante por que isso me motiva a trazer os capítulos mais rápido.

Aproveitem o capítulo.

- Ei, acorda!

Pulei de susto, abrindo os olhos devagar e
me deparando com Raquele de pé na minha
frente, me cutucando e rindo. Eu estava
sentada no mesmo lugar onde costumávamos esperar o sinal tocar e o período de aulas começar, mas naquele dia eu milagrosamente tinha chegado mais cedo que ela.

- Oi.- suspirei, toda encolhida e abraçada
às minhas pernas, sentindo minha
garganta arranhar e fazendo com que meu
cumprimento não passasse de um sussurro
esganiçado. Minha voz costumava ficar uma
merda de manhã.

- Pelo visto, sua mãe tem sido cada vez mais pontual, conseguiu fazer você chegar antes de mim. - ela comentou, parecendo bem humorada como sempre, mas logo franziu a testa, contagiada por minha expressão cansada. - Que foi, não dormiu direito outra vez?

Estremeci de leve, ainda sonolenta, ao me
lembrar da noite anterior. O dia anterior
em si tinha sido horripilante. Todo aquele...Acidente no laboratório se repetia como um filme em minha cabeça, um disco arranhado. Não passou de um deslize, uma falha, coisa de momento, disso eu tinha certeza absoluta. E não aconteceria de novo. Jamais. Yasmin não merecia aquilo, muito menos a safada da Fernanda.

- Acho que fui contaminada por um zumbi
e não sei. - murmurei desanimadamente,
apoiando meu queixo nos joelhos e
observando vagamente o pátio vazio. - Tô
ficando incapaz de dormir bem.

Raquele soltou um risinho divertido, que
eu ignorei. Meu humor não estava macio
o suficiente pra esboçar qualquer tipo de
alegria. Alguns minutos de silêncio depois
nos quais eu não pude deixar de me sentir
mal por ser involuntariamente ranzinza
com Raquele, ouvi vozes femininas vindas
da entrada da escola, e nem precisei olhar
pra saber a quem pertenciam. Às formas
humanas de meu melhor sonho e meu pior
pesadelo, claro.

- Bom dia, meninas.- Yasmin sorriu ao
passar por nós, parecendo bastante animada, o que fez meu estômago revirar. Ninguém parecia notar o incômodo insuportável que se alojara dentro de mim e parecia não querer mais me deixar.

Pelo menos eu não precisei encarar os olhos extremamente culposos de Fernanda quando sorri fraco para Yasmin, porque mesmo estando bem ao lado da amiga, ela pareceu não querer me olhar também. Desviou sua atenção para algo em seus tênis, que a julgar pela inexpressividade em seu rosto, deviam ser bastante desinteressantes. Agradeci mentalmente por não notar nenhum sinal de que ela tinha contado algo a Yasmin, e por ela parecer concordar como que telepaticamente com meu plano de
ignorarmos uma a outra. Bom, não custava
nada tentar manter meu corpo insanamente desejoso do dela longe do laboratório.

O dia se arrastou preguiçosamente,
fermentando meus pensamentos com a falta de concentração. Cada vez que eu piscava, a imagem dos olhos negros de Fernanda vinha à minha mente, penetrantes como adagas. Por várias vezes, senti meus pelos da nuca se arrepiarem só de lembrar daquela sensação viciante das mãos dela passeando pelo meu corpo, firmes e determinadas, dos lábios dela me enfeitiçando, de sua respiração entrecortada batendo rudemente em meu
rosto e me provocando ainda mais. E quando eu me dava conta de que alguns minutos de aula tinham se passado sem que eu prestasse atenção, meu coração desenfreado custava a se acalmar. Definitivamente, eu só podia estar enlouquecendo.

My Biology - Adaptação PitandaOnde histórias criam vida. Descubra agora