capitulo 9

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Volteeeei, foi aqui que pediram um capítulo com farpas de pitanda?

Aproveitem o capítulo e não deixem de comentar, amo ver vocês interagindo.

- É aqui, mãe

Encarei dolorosamente a enorme e iluminada casa de Daniel assim que mamãe parou o carro rente ao meio-fio. Eu estava com um vestido azul escuro xadrez que ia até os joelhos, meus All Star azuis acinzentados de tão gastos e uma discreta bolsa preta, vestida até demais pra uma festa na mansão dos Greg. Casais sem roupa aprontando pelos jardins era rotina em suas festinhas particulares, disso todo mundo sabia.

- Qualquer coisa me liga que eu venho
te buscar. - ouvi mamãe dizer, ainda
desacostumada a ideia de me ver numa festa como aquelas. Ela sabia exatamente que eu não gostava desse tipo de evento, mas concordou em me levar quando eu fingi estar socialmente interessada naquela festa.

Assenti devagar, tirando o cinto e saindo
do carro. Caminhei determinadamente
na direção da porta da casa, ouvindo os
batimentos acelerados de meu coração
apesar da música alta que se tornava cada
vez mais ensurdecedora a cada passo. Eu
sentia o medo pulsando em minhas veias, um medo indescritível de toda aquela situação.

Toquei a campainha quando meus pés
afundaram no tapete de boas vindas da
casa, e logo Daniel abriu a porta, revelando
uma roupa totalmente escrota. Assim que
me viu, o mesmo sorrisinho maligno do dia
anterior surgiu em seu rosto, e uns dois ou
três garotos correram pra direções diferentes, provavelmente pra espalhar o boato de que Giovana Marinho estava numa festa de Daniel Greg. Torci pra que eles não saíssem contando o motivo da minha presença também.

- Você veio mesmo. - Daneil sorriu, erguendo as sobrancelhas em tom de surpresa - Pensei que não teria coragem

- Vamos logo com isso. - murmurei, tentando não demonstrar a insegurança que urrava dentro de mim.

Ele me deu passagem e eu entrei, sentindo
instantaneamente o cheiro de cigarro, suor
e álcool que dominava o ambiente. Muitas
pessoas dançavam pelos cômodos, virando
copos de bebida e passando as mãos onde
bem entendessem nos corpos alheios. Com
toda aquela gritaria bagunçando minha
mente, eu podia jurar ter visto um olhar
intrigado conhecido no meio de vários
garotos quando meus olhos rapidamente
percorreram o sofá da sala. Continuei
seguindo Daniel até as escadas da casa,
onde já se podia caminhar normalmente,
e rapidamente subimos para o andar de
cima. Ele abriu a porta de um dos quartos,
interrompendo os amassos de um casal, e
não precisamos dizer nada pra que eles se
tocassem e saíssem.

- Como você percebeu, eu tenho uma festa
animada pra aproveitar lá embaixo.- Daniel
sorriu, virando-se pra mim depois de fechar a porta do quarto atrás de nós.- Então não vou demorar muito com você.

- Eu não pretendia passar muito tempo aqui
mesmo. - falei, sem emoção na voz, e ele
ergueu uma sobrancelha, de um jeito que não me agradou muito.

- Ah, mas você vai. - ele disse, cruzando os
braços e sorrindo zombeteiramente da minha cara. - Se realmente quiser manter seu caso com a srta.Brunet escondido, você ainda vai frequentar várias das minhas festinhas.

- Como é que é? - perguntei, rindo
nervosamente com o olhar irritado fixo nele.- O que exatamente você quer de mim, garoto?

- Não vou pedir muito, vou até ser bem
bonzinho com você, só porque estudamos
juntos desde que me conheço por gente.- Daniel respondeu, como se estivesse fazendo um ato de caridade.- Se você não quiser ver suas fotos no carro da srta.Brunet estampadas na primeira página do jornal da escola, terá que obedecer a duas condições.- ele fez uma pausa, só pra aproveitar mais um pouquinho a minha cara de enterro, e continuou. - Primeiro, você vai ter que concordar em me fazer alguns favores de vez em quando, por exemplo, a minha lição de casa... E a dos meus amigos também, claro. Eu sei que isso é bem pouco perto da seriedade do seu segredinho, mas eu disse que ia ser bonzinho.

My Biology - Adaptação PitandaOnde histórias criam vida. Descubra agora