Foi aqui que pediram dias de glória entre pitanda? Por que se foi, está entregue com sucesso.
Comentem bastante e aproveitem a leitura.
(Recomendo lerem em um lugar privado)
- Mãe?
- Oi, amor...Por que você tá me ligando a essa hora? Aconteceu alguma coisa?
- É que...Eu não tô me sentindo muito bem.- Seria a desculpa perfeita, pelo menos pra
mim, era. Meu estômago revirava a cada
pessoa que entrava em meu campo de visão,
num sinal físico de pânico. Eu não estava em condições de ficar na escola por mais um
minuto sequer, por isso estava fingindo um
mal estar dos brabos. A palidez e o suor frio,
junto com as olheiras de quem mal tinha
dormido na noite anterior serviram pra
alguma coisa que não fosse me deixar ainda
mais horrorosa do que eu já era. Enquanto eu falava com mamãe no telefone da secretaria, a moça responsável pelas dispensas da escola me olhava com aflição, como se eu estivesse a ponto de vomitar nela. O que não estava tão distante da realidade, já que eu podia jurar que estava meio verde.- O que você tá sentindo?- mamãe perguntou
preocupada com o meu tom de voz rouco,
e eu engoli a vontade de gritar pra que ela
parasse de fazer perguntas e simplesmente
viesse me buscar.- Não sei, tô meio tonta e enjoada...Vem me
buscar.- foi tudo que consegui responder, e
de repente, um ser vinho parou bem ao meu
lado no balcão da secretaria, colocando uma
pasta cheia de papéis em cima dele sem a
menor delicadeza.- Por hoje é só, Bia. - ela sorriu, toda moleca, para a moça à nossa frente, e arrumou a bolsa sobre um ombro, dando meia volta e passando por trás de mim em direção à porta de saída. Pude jurar que ela levou o dobro de tempo necessário pra fazer isso, já que seu perfume infestou em peso o ambiente,me deixando ainda mais tonta.
- Giovana? Você tá me ouvindo? - mamãe
disse, como se não fosse a primeira vez que
perguntasse isso, e eu descobri que suas
palavras foram apenas ruídos enquanto Fernanda estava perto. Prestar atenção em
mais de uma coisa não estava sendo fácil pra mim hoje.- Desculpe, mãe, o que você tava dizendo
mesmo? - gaguejei, esfregando minha testa
energicamente com a mão livre.- Eu disse que não posso ir te buscar agora,
estou na sala de espera pra fazer um exame. - ela repetiu, pausadamente. - Se preferir esperar, dentro de mais ou menos uma hora eu passo ai, mas se quiser ir embora, pegue um táxi e me ligue quando chegar. Use aquele dinheirinho que eu te dei pra casos de emergência, tá bem?Falou certo, mãe. Emergência.
- Tá.- respondi, desligando sem nem esperar resposta, e sorri fraco pra tal de Bia, que devolveu meu sorriso com alívio enquanto pegava a pasta que a Bande tinha deixado com ela. Deixei a secretaria às pressas e só parei quando cheguei à calçada em frente ao colégio. Olhei em volta, pensando na maneira mais fácil e rápida de encontrar um táxi, e vi alguém parar ao meu lado.
- Lindo dia, não? - a voz sacana de Fernanda
murmurou, me fazendo quase pular de susto com sua presença repentina. Não sei se já disse isso antes, mas eu me odeio. Não existe ninguém que eu odeie mais nesse mundo que eu mesma, nem mesmo a forte concorrência chega perto de mudar minha opinião.Ignorei o comentário dela sobre o céu cinza
e carregado, e respirei fundo, tentando
acalmar a tremedeira em minhas pernas
para poder ir embora dali logo. Não preciso
nem dizer que ela recomeçou a falar, certo?- Dias assim me lembram você. - ela suspirou num falso tom romântico, e eu fingi que não estava ouvindo o urro de incômodo dentro de mim. - Ranzinza, sombrio, cheio de tempestades...Mas que depois dá lugar ao sol mais quente que existe.
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My Biology - Adaptação Pitanda
Fanfictiono que fazer quando você se vê envolvida com a sua professora de biologia, mas terrivelmente atraída por sua insuportável professora de laboratório? Pitel não esperava pelas reviravoltas no seu último ano no colégio e nem que seus pensamentos seriam...