capitulo 31

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vou dizer que o capítulo de hoje um caos, beijos.

Aproveitem a leitura e comentem muito.
(Cap não revisado)

- O quê?

- É isso mesmo.

- O que exatamente eu perdi, alguém pode me explicar?

Starbucks, eu, Raquele, João e uma verdade bombástica depois da aula de segunda-feira. Eu sabia que esse momento chegaria.

- É... Digamos que você esteve ausente durante algumas reviravoltas. - respondi a João, coçando a nuca meio sem jeito. - Pensei que a Quele já tinha te contado.

- Não, eu não estou sabendo de nada. - ele negou, boquiaberto, e ambos olhamos para Raquele, cujo queixo sumia de vista sob a mesa e olhos me fitavam com infinito choque. - Amor?

- Caralho, Bianca. - ela xingou, após alguns segundos paralisada, e João soltou um suspiro de alívio diante do sinal de vida dela. - Puta que pariu!

- Eu sei. - respirei fundo, tomando um gole de meu cappuccino. Eu precisaria de muita cafeína para aguentar o tranco.

- Alguém pode me inteirar do assunto, por favor? - João reclamou, totalmente confuso, e vendo que Raquele voltara a ficar imóvel, me manifestei.

- Como você já deve saber, eu e Yasmin estamos namorando. - comecei, vendo-o assentir. - Acontece que há algum tempo, Fernanda e eu acabamos nos envolvendo também, e as coisas aconteceram tão rápido entre nós que acabamos nos apaixonando. Eu sei que isso soa ridículo, mas não é, acredite. Pelo contrário, é a mais pura verdade. E...É tão verdadeiro que eu estou cogitando a possibilidade de terminar tudo com Yasmin pra ficar com ela.

- O quê? - Raquele repetiu, um pouco mais alto que antes, e eu fiz uma careta medrosa, enquanto João segurava sua mão e a olhava com preocupação.

- Meu Deus do céu. - ele disse, olhando-me com extremo espanto. - Você deixa essas coisas acontecerem na sua vida justo quando eu não estou? Vou levar isso como uma ofensa!

- Não fale como se as coisas não acontecessem na minha vida quando você estava por perto também.- resmunguei, vendo-o erguer as sobrancelhas, concordando. - Não se esqueça que meu primeiro beijo foi no armário do quarto da sua avó com um garoto que eu mal conhecia, e você estava do outro lado da porta ouvindo tudo.

- Eu nunca vou me esquecer do Wesley dizendo "Não precisa usar os dentes, Giovana, sua língua já é o suficiente" naquele tom tão assustado - ele suspirou, como se aquela fosse uma belíssima lembrança. - Até hoje eu te imagino querendo morder o pobre garoto feito uma barracuda. Coitadinho, ele era um bom rapaz.

- Cala a boca, garoto que peidou e espirrou no meio da encenação de Hamlet. - mostrei a língua, prendendo o riso e vendo-o retribuir meu gesto de carinho. - Ser ou não ser, eis a questão foi seu trauma durante anos, e você nunca sabia se explicava a versão verdadeira ou se simplesmente deixava as pessoas pensarem que você tinha dúvidas quanto a sua orientação sexual quando te perguntavam por que você odiava tanto Shakespeare. As duas hipóteses lhe pareciam igualmente constrangedoras.

- Caralho, Giovana. - Raquele voltou a dizer, da mesma maneira de antes, e eu simplesmente a ignorei, assim como João; éramos melhores amigos há eras, sabíamos muito bem que ela ainda repetiria as mesmas palavras por um tempo, até finalmente absorver a notícia. - Puta que pariu!

- Você confia nela? - João perguntou, voltando ao assunto e dando uma mordida em seu muffin de chocolate; eu assenti sem hesitar. - Tem certeza de que ela te ama?

My Biology - Adaptação PitandaOnde histórias criam vida. Descubra agora