08 - Dedicações.

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2/3 • maratona

"Quando você sabe,
você sabe."
- Lana del rey

Sofia Martin.
Eu pensei que conhecia todas as formas de perder o controle. Drogas, bebidas, adrenalina, sexo. Mas quando vi Daniel me proteger, se preocupar, meu corpo pareceu dar ondas de choques por toda parte, como se precisasse dele. Estávamos no meu quarto, o sol clareava todo ele como um led laranja, laranja que havia se tornando minha cor favorita. Gostava da vista; não só do sol, mas do moreno que limpava o sangue no meu joelho.

- Eu espero que não se torne constante. Você fica maluca quando briga. - Dizia passando um algodão, ajoelhado na altura perfeita.

- Eu espero que aconteça muitas mais vezes. - Sorri de canto, o mesmo inclinou a cabeça para me olhar. - Brincadeira!

- Você è maluca de falar isso aqui.

- Você ama me chamar de maluca, já notou?

- Vai ser seu apelido, maluca. - Disse levantando do chão, e sentando ao meu lado. - Você já tá bem. Eu preciso arrumar algumas coisas da faculdade.

- Não to bem não! quem disse isso? - Disse como uma criança quando não quer ir pra escola. Amava mentir febre.

- Eu te vejo amanhã, tá? - Falou me dando um abraço. - Muito tempo, eu sei! sem sentir saudades.

- Isso è pra mim? - perguntei.

- A parte da saudades? não, para mim, estou tentando lembrar que não posso sentir saudades de você. - ri.

- Idiota! Até amanhã. - O garoto saiu do quarto. Logo depois, Luísa entrava com um rosto bem questionável.

- Não queria ter te deixado sozinha lá. Mas na minha defesa, eu apanharia dela e provavelmente de você. - Falou se sentando ao meu lado, enquanto eu ria do seu humor barato.

- Tá tudo bem. Acho que resolvi tudo.

- Você e ele estão bem?

- Na medida do possível.

- Foi pedida em namoro?

- Não?

- Vão sair juntos?

- Acredito que por enquanto, não.

- Se beijaram?

- Nunquinha, ainda.

- Então tá tudo bem! são vocês novamente! - Ela falou como uma criança feliz.

- Ei!

- Eu vim te avisar que a Elisa está toda machucada, igual um cachorrinho abandonado lá embaixo. Mas aparentemente você já sabe.

- Não pude bater muito, Daniel não deixou.

- Imagina se ele tivesse deixado. Acho que ele controlou um crime. E como você está no papel de namorada do filho do padre?

- Questionável. Eu ainda não conversei com ele sobre essa história de ser padre. Não sei como ele esperava que vai namorar assim.

Oitavo pecado capital. - Daniel Marques Onde histórias criam vida. Descubra agora