Capítulo LVII - Samwell

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Sam assistiu divertido o alívio se formando no rosto de Daemon ao notar que ele tinha tudo sobre controle com Criston Cole, era difícil acertar o nome do homem quando Rhaenyra e Daemon tinham pelo menos umas 4 versões para o nome do infeliz.

Samwell também se divertia ao ver Daemon apaixonado, ao ver Cole tão perto, ele verificou Rhaenyra inteira.

A amizade dele com Daemon é antiga e ainda assim, ele nunca viu o amigo desse jeito, na verdade nem perto de sentir algo que se aproximasse de amor. Quando mais novos os dois diziam que eram imunes a esses tipos de sentimentos... meninos dizendo que amor era sentimento de meninas. Eles se divertiam vendo Harwin, que sempre foi muito mais aberto para relacionamentos se dar bem, depois mal, depois bem e por aí vai.

Mas agora ele via com os próprios olhos, Daemon estava apaixonado. Ele só não sabia se Daemon tinha conhecimento disso. Apesar disso, o amigo escolheu bem.

Rhaenyra voltou alguns minutos depois e sinalizou para ele que ia ficar perto de Baelon, esse era o objetivo: manter qualquer membro da Fé longe de Baelon. Uma coisa era eles serem vigiados, agora Baelon... Daemon merecia um elogio por conseguir ficar no palco, sentado em uma cadeira visivelmente desconfortável e conseguindo esconder qualquer tipo de sentimento.

Quando Daemon e Harwin começaram a falar, a paciência de Sam com Cole acabou. O homem revirava os olhos e debochava em voz baixas de todas as teorias e estudos que era discutidos.

Sam sabia muito mais do que contou para Daemon. Alyssane e Benjicot descobriram que outros professores pesquisadores também são vigiados, mas nenhum deles no mesmo nível que Daemon. Foi através de outro professor que Alicent ficou sabendo sobre a atual ação judicial para tentar liberar o acesso a Westeros.

Ele acreditava que Daemon em seus estudos chegou perto de algo que incomodou de verdade os poderosos da Fé dos Sete. Mas depois de conversar bastante com Benjicot e eles descobrirem que parte do que ajudou a fechar Westeros de vez para quem não é da Fé foi a possibilidade de reivindicar as terras.

Daemon estava sendo vigiado porque caso ele consiga algum aliado politicamente poderoso, ele pode tentar reivindicar a propriedade das terras que foram dos Targaryen. E agora não só ele... ele e Rhaenyra.

Não seria uma reivindicação mais forte? Caso o lado dele não seja o mais próximo da antiga família Targaryen... o de Rhaenyra pode ser.

Mas então... Se Daemon pode significar uma ameaça tão grande... por que ele ainda está vivo? Essa aproximação de Criston Cole de Baelon foi isso? Baelon seria então a ameaça?

Daemon está sendo usado como distração? Para fazer a Fé como calma na visão do público enquanto ele tenta de qualquer jeito ir para Westeros?

Para ele essa última opção faz mais sentido, Daemon dessa forma acaba se distraindo ao mesmo tempo que distrai o público. Daemon tem acesso a ações... como ele nunca viu essa questão das terras? Esses arquivos estão escondidos?

Manter Daemon nessas brigas e armações infantis acaba afastando o homem das verdadeiras formar de combater Otto. Rhaenyra chegou um pouco mais perto, ela junto com Addam sabem que tem algum erro nas cargas que saem de Westeros.

Mas Samwell não gostava de trabalhar com possibilidades, Daemon despertou interesse da Fé e foi isso.

Agora com Criston Cole ali... ele tinha a chance de saber pelo menos um pouco.

Enquanto Cole continuava distraído vendo Daemon falar, Sam segurou o braço do homem e falou.

- Me ajuda a levantar. Acho que fui envenenado.

Assim que ele falou viu o quanto a ideia de falar veneno foi ruim, mas parece que Cole anda temendo esse tipo de coisa... porque no mesmo momento o homem levantou ajudando Sam a sair do auditório.

- Eu preciso achar um bebedouro. Ou lugar vendendo água.

Sam planejava levar Cole o mais próximo possível ao carro dele.

- Você tem alguém para te buscar? Uhmmm se você foi envenenado não vai querer ir pro hospital né? É algo ilícito que você fez?

O homem parecia preocupado com ele e com o rumo de tudo aquilo, enquanto ele fingia algumas tosses e dores.

- Você pode me deixar perto do meu carro. Eu vou ligar para o meu irmão.

Cole faz o que Samwell pediu, deixa ele perto do carro, mas Sam então pega o homem pelas costas para tentar sufocar ele, deixar ele desacordado.

Samwell tem dificuldade para conter o homem, ele é forte e se não fosse o quesito surpresa do golpe de Sam, os dois lutariam de igual para igual. Com boas chances de Sam perder.

Sam abre o porta malas do carro e coloca Cole desacordado ali. O homem também pena um de seus canivetes corta partes dos cintos de segurança do banco de trás e usa as tiras para amarrar as mãos, pés e tampar a boca do homem.

Samwell pega o telefone e liga para Benjicot.

Sam: Estou indo para a nossa casa, a antiga.

Benji: Do que você precisa?

Sam: Eu não sei. Estou com Criston Cole.

Sam ouviu o irmão assobiar, numa tentativa de mostrar apreciação pela ação dele.

Benji: Te encontro lá em 40 minutos. Vou levar Alyssane.

Pensando no passado, sempre nos encontraremosOnde histórias criam vida. Descubra agora