Capítulo XCVIII - Rhaenyra

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Rhaenyra conseguia ver que o pai dela estava tentando... mas toda pergunta que ele fazia para Daemon acabava saindo com um tom acusador.

Se Daemon já mereceu parabéns pela paciência com Jeyne... agora com o pai dela...

Ele respondia pacientemente todas as perguntas de Viserys... o pai dela fez questão de perguntar para Daemon sobre o tempo que eles se conheciam... sobre o contato dos dois por e-mail...

E então ela sentiu vontade de chorar. Viserys não acreditou nela. Ela precisava de um tempo longe do pai, caso contrário ela ia brigar com o homem em menos de 24 horas de reencontro.

Nyra se inclinou e falou no ouvido de Daemon "eu vou para casa com você", ele acabou deixando escapar um sorriso... que lógico, chamou atenção de Viserys. Aemma tentava contornar a situação contando para o marido tudo que já tinha visto na cidade e o que gostaria de mostrar para ele.

Quando começou a ficar mais irritada com o pai, ela resolveu que era hora de ir para casa.

- Eu achei que você ia ficar aqui.

- Eu venho amanhã pai.

- Isso não faz sentido.

- Faz sim pai. Já estamos indo.

Ela abraça a mãe e a tia, já para Viserys ela apenas fala no ouvido dele "você disse que ia se esforçar e isso depois de desprezar o que eu expliquei".

Antes de entrar no carro, Daemon puxou ela para um abraço.

- Pior do que imaginava heim?

- Eu não sei o que foi isso. Quando eu disse para ele que nem nos falamos quando eu era menor... achei que ia ficar tudo bem... mas ele não acreditou em mim... e também não acho que acreditou em você. O que ele está pensando? Eu contei tudo para ele!

A voz dela saiu chorosa, e ela continuou abraçada em Daemon.

- Foi um erro não contar da diferença de idade antes... agora a gente tem que lidar com isso e com ele achando que você... sei lá... - a voz dela some.

- Vamos para casa amor. Lá a gente conversa melhor... vamos ver se aquela loja que vende aqueles doces horríveis que você gosta está aberta.

Ela riu. Daemon estava tentando se controlar, ela sabia, a forma que o rosto dele estava "comprimido". O pai dela tinha praticamente chamado ele de pedófilo... se Daemon tivesse notado isso quando ainda estavam na casa de Jeyne...

- Eu tenho os doces que Laena e Laenor me enviaram.

- Então vamos para casa.

Ele dá um beijo rápido nela e abre a porta do carro para ela entrar.

Antes deles chegarem no apartamento, Nyra recebe uma mensagem da mãe, avisando que ia levar Viserys para sair amanhã e ter uma conversa séria com ele, e que ela podia ficar com Daemon. Ela mostrou a mensagem para Daemon.

- Ótimo. Senti saudade de ter você só para mim.

- Mas eu já sou só sua. E agora eu quero que você pare esse carro num lugar vazio...

- Rhaenyra...

- Quero chupar seu pau enquanto você procura um lugar e depois quero que você me foda no banco de trás.

Ele leva uma das mãos aos lábios dela, passando o polegar de leve.

- Quem sou eu para negar isso.

Quando Daemon finalmente encontra um lugar escondido, ela pula rápido para o banco de trás, puxando ele que vai meio sem jeito por causa da calça aberta. E os dois só saem dali exaustos.

- Não sei se tenho forças para sair daqui. Meus joelhos estão até marcados do banco do carro.

- Dessa vez foi você que inventou isso!

- E não me arrependo - Ela fala com um sorriso.

Daemon começa a arrumar a roupa dela.

- Você assim, descabelada, com o rosto vermelho e ofegante... é a visão mais linda de todas.

- Rosto vermelho?

- Corado né. Você entendeu.

Quando os dois chegam em casa, vão direto para o quarto e Daemon atualiza ela sobre tudo.

Ela apoia o rosto na mão e fala um pouco sem graça.

- Sabe? As vezes eu acho que não vamos ser nós a conseguir chegar em Westeros... tem tanta confusão nisso. Políticos? Otto já deve ter alguma parceria com empresa de mineração...

- Eu sei... também penso nisso. Mesmo a gente conseguindo tirar os Bracken do caminho... Otto agora tem acesso a todo esses metais do Fosso dos Dragões... deve ter mais alguma coisa por trás dele.

- O que você decidir eu vou apoiar.

- Eu vou deixar Benjicot agir contra os Bracken, também vou tirar Larys de lá. Ainda não sei como, mas vou porque o caso dele é de saúde. E bom... quanto a essa questão da ação pelas terras... sei que isso demora. Minha única preocupação agora é você.

- Eu?

- Sim. Eu vi como você ficou lá na casa da sua tia.

- Doeu ver que meu pai não acreditou em mim. Eu sei que é preocupação de pai, mas dói ele não acreditar em mim e de certa forma na criação que eles me deram... eu nunca escondi nada deles... claro que sempre fui mais aberta com a minha mãe, é mais fácil falar com ela.

- Não estou feliz com as acusações do seu pai. E sei que ele fez isso tentando me afastar, porque nem ele acredita nisso.

- Ahm?

- Como você acha que um pai age na frente de um homem que ele acredita que aliviou a filha? Não existe pai calmo nessas horas.

Ela ficou pensativa. Sim... Viserys teve desde o encontro deles no aeroporto para brigar direto com Daemon...

- Não vai funcionar. Se eu tiver que brigar com ele eu brigo. Quero ficar com você.

Ele puxa ela para um abraço, e fala baixinho no ouvido dela um "eu também" e depois um "eu te amo". E assim apesar de toda raiva que passou com Viserys, Nyra pega tranquila no sono enquanto Daemon faz carinho nas costas dela.

Nota: Boa tarde povo! Os capítulos vão saindo hoje aos poucos! A noite que devo conseguir colocar vários porque já vou estar em casa. A fic acaba amanhã e eu já vou iniciar outra.
Aqui deve ficar com 115 capítulos.
Obrigada por acompanharem! E favshidalgx obrigada pela preocupação! ❤️


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