Capítulo LXXIII - Daemon

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Daemon não se preocupou em saber quando o artigo de Cregan seria publicado e menos ainda quando Benjicot publicaria os vídeos e arquivos que eles tem no site. Porém o plano estava valendo, ele e Rhaenyra estavam longe de Londres. Se ele pudesse escolher só ficaria sabendo das notícias quando voltasse para Londres.

Porém agora ele e Rhaenyra estavam no quarto acompanhando tudo.

- O que você acha que vai acontecer agora?

- Benjicot ainda tem mais vídeos para publicar... e a última informação que eu tive sobre os artigos do Cregan é que ele vendeu um artigo para um jornal sensacionalista... a qualquer momento deve sair mais notícias.

- Eles... passaram o vídeo! Ao menos a esposa de Otto teve o rosto coberto!

Rhaenyra não sabia desse detalhe... e ela não sabia que eles pretendiam mostrar todos os vídeos. Ele poderia parar no vídeo de Otto... mas além de ser a forma dele se vingar por todas as vezes que Mysraria foi atrás de Rhaenyra, gritou com ela e até agarrou o braço dela... E também não era culpa dele se Mysraria aparece em praticamente todos os vídeos.

Ele e Samwell também esperavam que os Lannisters rompessem com a Fé logo que os vídeos deles fossem publicados. Isso somado com as denúncias de Cregan também poderia fazer com que o partido que apoia Ormund e Otto finalmente aparecesse...

- Benjicot vai seguir publicando cada vez mais coisas no site.

- Estou feliz que não estamos lá. Agora que sabem de Otto e Mysaria... é possível que tentem de novo entrevistas com você.

- E eu não vou dar nenhuma entrevista. Inclusive quero propor algo.

- O quê?

- Nosso único contato por telefone será com nossos pais e com a sua tia. Quero que a nossa viagem continue igual.

Ela sorriu para ele.

- Gosto dessa ideia. Deixa Benjicot tocar o terror nesse site dele, porque só você me interessa.

- E só você a mim.

Logo os dois estão enroscados na cama, os dois começam afoitos porém o ritmo vai diminuindo, os apertões vão virando carinhos e beijos. E Daemon teve que confessar para si mesmo que gostava disso. Ele gostava quando Rhaenyra ficava afoita e louca como ele, quando ela entrava nas conversas sujas dele mas sentir ela com calma... ele não saberia explicar a sensação.

Eles acabam optando por não pegar mais o celular já que Rhaenyra já tinha falado com a mãe. O resto do dia foi praticamente todo na cama e o dia seguinte seria em Gales.

Antes de pegar no sono Rhaenyra sussurou um “eu te amo” no ouvido dele. Ele beijou a testa dela, ficando por um tempo com a boca apoiada ali e então respondeu baixinho um “eu também”. Daemon se recriminou pela demora na resposta, ele amava Rhaenyra, por que ele tinha dificuldade em falar? Ela provavelmente nem ouviu o que ele falou. Ali deitado com ela nos braços ele entendeu, ele tinha medo de estragar as coisas, medo de não ser correspondido, o que não fazia o menor sentido porque além de ela ter sido a primeira a falar em amor... ela estava com ele, em todos os sentidos. Ela não mudou de ideia ao saber que ele tinha amigos uhm... “duvidosos”.

E por ela, só por ela, ele tentaria colocar em palavras esses sentimentos, então antes de tentar dormir ele pegou o celular e enviou uma mensagem para o pai.

Daemon: Pai, quando posso buscar o anel de noivado que foi da minha mãe?

Ele não esperou por uma resposta, provavelmente a essa hora Baelon já estava dormindo.

Daemon acordou com Rhaenyra se remexendo... logo ela percebeu que uma parte dele estava mais do que acordada.

- Uhmmmm então estamos animados hoje?

- Sim muito animados – Ele responde roçando o pau nela – Mas fique sabendo que tudo que vamos ver em Gales é subida...

- Uhmmmm... – Ela apenas gemeu, parecendo nem escutar o que ele disse.

Os dois passam mais tempo que o planejado na cama, e enquanto ela arruma o cabelo, prendendo em uma traça estilo boxeador, ele pega o celular e confere a mensagem do pai.

Baelon: É só vir buscar. Quando você pretende fazer o pedido?

Daemon: Pretendo pedir quando os pais dela chegarem, quero você presente pro caso do pai dela tentar me matar.

- Eiii e aquilo de sem celular?

- Estou salvo porque era mensagem do meu pai.

- E eu estou pronta, podemos ir.

Ele puxa ela para um beijo rápido.

- Você deveria usar o cabelo assim mais vezes, destaca ainda mais seu rosto perfeito.

O elogio saiu no automático e serviu para Rhaenyra inteira corar, até o pescoço e colo dela ficaram avermelhados.

O dia dos dois foi cansativo, eles conseguiram ver alguns castelos na fronteira da cidade, e ele percebeu que Rhaenyra não desgrudava os olhos dele quando ele explicava alguma coisa para algum dos poucos turistas que apareciam por ali.

- O quê foi?

- Nada. Só estou olhando você.

- Não... tem alguma coisa diferente...

- É só que eu amo ouvir você falar, e ver você falando de história principalmente... também fico pensando que você seria muito bom com turismo.

Agora ele quem fica envergonhado.

- Você ficou vermelho! Eu não acredito! Eu amo ouvir você falar, amo a sua voz e o seu sotaque.

Ele puxa Nyra para um beijo.

- Ótima tentativa de esquivar dos elogios. E eu aceito – Ela diz retribuindo o beijo.

Os dois voltam somente a noite para Ludlow, completamente cansados, eles dividem o chuveiro em um banho rápido devido ao cansaço. Quando os dois deitam na cama, Nyra vira para ele.

- Não sei se quero voltar para Londres.

- Nem eu. Gosto de ter você só para mim.

- Mas você já tem – Ela fala dando um beijo rápido nele.

- Tenho? Então por que você não mora comigo?

- Eu praticamente já moro com você.

- Praticamente não é morar.

- Assim que eu falar com meus pais eu me mudo para o seu apartamento. Pode ser?

- Ainda não é o que eu quero, mas eu aceito porque o acordo inicial era sua tia te receber e sua mãe que ajudou a ver isso.

- Resolvido então.

- Avy jorrālan.

Ele observa fascinado o brilho nos olhos roxos dela ao ouvir a frase. E ele falaria mais vezes, e então ela responde.

- Avy jorrālan, ñuha jorrāelagon.

Notas: Avy jorrālan (Eu te amo) / Avy jorrālan, ñuha jorrāelagon (Eu te amo meu amor) -> Medo de ter erro nas palavras em valiriano!

Pensando no passado, sempre nos encontraremosOnde histórias criam vida. Descubra agora