Cap 3

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A música alta e envolvente me faz esquecer momentaneamente todos os meus problemas. Deixo-me levar pelo ritmo, movendo meu corpo no compasso da batida.

Logo, estou dançando animadamente, descendo até o chão com uma mistura de graça e ousadia. Sinto-me livre e poderosa, e os olhares das outras pessoas ao meu redor só aumentam minha confiança.

No entanto, à medida que a música continua, percebo que meu vestido está subindo mais do que deveria. Por um momento, sinto um lampejo de preocupação, mas depois decido não me importar. Estou me divertindo demais para deixar que isso estrague minha noite.

Continuo a dançar, ignorando o fato de que meu vestido está agora no meio das minhas coxas. Os garotos ao meu redor começam a me rodear, mas eu não me importo. A sensação de liberdade e alegria que estou experimentando é mais importante do que qualquer coisa.

A música atinge um clímax, e eu me permito soltar completamente, movendo meu corpo com total abandono. Sinto-me viva e vibrante, e por um momento, esqueço todos os meus problemas e preocupações.

Os garotos ao meu redor continuam a me encarar, mas eu não dou muita importância. Estou no meu próprio mundo, perdida na música e na sensação de liberdade que ela me traz. Sinto-me como se pudesse fazer qualquer coisa, ser qualquer coisa.

A música finalmente chega ao fim, e eu paro de dançar, ofegante e suada, mas feliz. Olho ao meu redor e vejo as outras pessoas aplaudindo e me cumprimentando. Sinto-me grata por ter tido a oportunidade de me soltar e me divertir tanto.

Com um sorriso no rosto, faço meu caminho de volta para onde meus amigos estão.

Ao retornar para perto dos meus amigos, sou recebida com aplausos e elogios.

"Uau, Cris, você arrasou na pista de dança!" Júlia exclama, com um sorriso animado.

"Você estava incrível mesmo, Cris! Não sabia que você dançava tão bem!" Lucas acrescenta, com admiração nos olhos.

"É verdade, Cris. Você estava sensacional!" Pedro diz, sorrindo.

Sinto-me envergonhada com todos os elogios, mas ao mesmo tempo, muito feliz por ter me divertido tanto.

"Obrigada, pessoal. Vocês também estavam ótimos!" respondo, sorrindo.

Pedro então puxa-me para o colo dele, e eu me acomodo confortavelmente.

"E aí, Cris, está se divertindo?" ele pergunta, com um sorriso.

"Estou sim, Pedro. Esta festa está incrível!" respondo, olhando ao redor.

"Que bom que está gostando. Você fez a festa ficar ainda melhor com sua dança," ele elogia, me fazendo corar.

"Ah, para com isso, Pedro. Você está me deixando sem graça," digo, sorrindo.

"É a verdade, Cris. Você arrasou!" Júlia concorda, sorrindo.

Conversamos animadamente sobre a festa, relembrando os melhores momentos e rindo das situações engraçadas que aconteceram.

Enquanto conversamos animadamente, Pedro sugere que vá buscar mais bebidas para nós. Assinto com a cabeça, agradecida, enquanto ele se levanta e se afasta em direção ao bar.

Enquanto esperamos por ele, ouço um tumulto vindo da direção em que Pedro foi. A princípio, não dou muita importância, mas o barulho continua e começo a ficar preocupada. Júlia e Lucas também parecem tensos, olhando na direção do tumulto.

De repente, o som de uma briga se intensifica, e vejo algumas pessoas correndo na direção oposta. Meu coração dispara, e eu me levanto, pronta para ir ver o que está acontecendo.

No momento seguinte, a briga parece se desfazer, e as pessoas começam a se dispersar. Respiro aliviada, esperando ver Pedro voltar ileso.

No entanto, quando todos saem, vejo Pedro no chão, cercado por uma poça de sangue. Meu coração afunda no peito, e um grito escapa dos meus lábios.

Corro na direção dele, ignorando tudo ao meu redor. Chego ao seu lado e ajoelho-me ao seu lado, vendo o quanto ele está machucado.

"Pedro, o que aconteceu?" pergunto, minha voz tremendo de medo.

Ele tenta falar, mas é interrompido pelo som de sirenes se aproximando. Em poucos minutos, a polícia chega e começa a cuidar de Pedro.

Júlia e Lucas estão ao meu lado, ambos parecendo tão chocados quanto eu.

"Vamos levá-lo para o hospital imediatamente," diz Júlia, sua voz firme apesar do tremor em suas mãos.

Sem dizer mais nada, ajudamos a levantar Pedro e o levamos para o carro. Enquanto dirigimos para o hospital, uma sensação de medo e incerteza se instala em mim.

Chegamos ao hospital em desespero, e Pedro é levado imediatamente para ser atendido. Enquanto esperamos, Júlia liga para a dona da festa, tentando descobrir o que aconteceu.

"Alô, Lúcia? Aqui é a Júlia. O que aconteceu com o Pedro?" ela pergunta, sua voz carregada de preocupação.

Enquanto Júlia ouve o que Lúcia está dizendo do outro lado da linha, vejo a expressão de choque e raiva se formando em seu rosto.

"O quê? Como assim o Stev bateu nele? Onde você está agora?" Júlia pergunta, sua voz tremendo de raiva.

Enquanto Júlia continua a conversar ao telefone, ouço parte da conversa. Parece que houve uma discussão entre Pedro e Stev, que acabou em uma briga. Stev perdeu o controle e atacou Pedro, deixando-o gravemente ferido.

Meu coração afunda ainda mais ao ouvir isso. Como alguém pode ser tão violento e cruel?

Enquanto esperamos por notícias de Pedro, sinto-me impotente e furiosa. Como isso pôde acontecer? Como Stev pôde ser tão covarde?

Finalmente, um médico aparece e chama por Pedro. Júlia, Lucas e eu o acompanhamos até a sala de espera, rezando para que ele esteja bem.

Enquanto esperamos ansiosamente por notícias, não posso deixar de pensar na violência de Stev e no quão frágil a segurança pode ser. Esta noite começou tão bem, e agora tudo parece ter virado de cabeça para baixo. Só espero que Pedro fique bem e que Stev seja responsabilizado por suas ações.

Depois de uma espera angustiante, o médico finalmente aparece com boas notícias.

"O paciente está estável e não sofreu danos graves. Ele precisará de repouso e alguns pontos nos ferimentos, mas deve se recuperar completamente," o médico explica, aliviando nossa tensão.

Respiramos aliviados ao ouvir isso, e o médico nos dá algumas instruções sobre como cuidar de Pedro em casa.

"Certifiquem-se de que ele descanse bastante e tome os medicamentos conforme prescrito. Os pontos devem ser mantidos limpos e secos, e ele deve evitar esforços físicos por alguns dias," o médico diz, olhando para nós seriamente.

Assim que Pedro recebe alta, ajudamos ele a se levantar e o levamos para casa.

No carro, o clima é tenso, mas aliviado. Pedro parece cansado, mas grato por estar bem.

"Obrigado, pessoal. Não sei o que teria feito sem vocês," ele diz, sua voz fraca.

"Estamos aqui para isso, Pedro. Você é como um irmão para nós," Júlia responde, sorrindo.

Quando chegamos em casa, ajudamos Pedro a se acomodar no sofá e garantimos que ele tenha tudo o que precisa. Antes de sairmos, me aproximo dele e dou um beijo suave em sua bochecha.

"Melhoras, Pedro. Se precisar de alguma coisa, é só chamar," digo, meu coração apertado de preocupação.

"Obrigado, Cris. Você é um anjo," ele responde, sorrindo fraco.

Com um último olhar de preocupação para Pedro, saio com os outros, deixando Pedro descansar e se recuperar. Enquanto dirigimos para casa, não consigo deixar de pensar na violência que ele sofreu e na sorte que tivemos de ele sair apenas com alguns ferimentos.






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