Acordei na manhã seguinte com uma terrível dor de cabeça, resultado da preocupação e da tensão da noite anterior. Mesmo assim, sabia que não podia faltar às aulas, então me arrumei com dificuldade.
Vesti uma calça jeans, uma blusa solta e confortável, e uma jaqueta para me proteger do frio da manhã. Meu cabelo estava bagunçado, então fiz um rabo de cavalo rápido e desajeitado.
Com a cabeça latejando, fiz o trajeto até a escola. Chegando lá, fui direto para a sala de aula, sem vontade de conversar com ninguém. Apenas queria me sentar em um lugar tranquilo e tentar me concentrar nas aulas.
As aulas passaram voando, e logo chegou a hora do intervalo. Mesmo com a dor de cabeça persistente, fui até o refeitório em busca de algo para comer.
Ao entrar no refeitório, avistei Stev sentado em uma das mesas, ileso e conversando com seus amigos como se nada tivesse acontecido. Minha indignação cresceu instantaneamente, e eu não consegui me conter.
Caminhei até ele, minha voz carregada de raiva.
"Stev, o que você pensa que está fazendo?" gritei, atraindo olhares curiosos dos outros alunos.
Ele levantou os olhos para mim, surpreso, mas logo recuperou a compostura.
"Cris, do que você está falando?" ele perguntou, sua expressão inocente.
"Não finja que não sabe do que estou falando! Você sabe muito bem o que fez ontem à noite!" respondi, minha voz tremendo de raiva.
Ele fez um gesto para que eu me acalmasse, mas eu não estava disposta a ouvir.
"Você agrediu o Pedro sem motivo algum! Por que você fez isso? O que ele fez para você?" continuei, minha voz aumentando de volume a cada palavra.
Stev olhou ao redor, consciente dos olhares curiosos dos outros alunos, mas não recuou.
"Cris, não sei do que você está falando. Não agredi ninguém ontem à noite," ele respondeu, sua voz calma e controlada.
"Não finja, Stev! Eu sei que foi você! Todos sabem que foi você! Por que você está mentindo?" gritei, as lágrimas de frustração começando a se acumular nos meus olhos.
Ele apenas me olhou, sua expressão inexplicavelmente tranquila.
"Cris, eu não sei do que você está falando. Talvez você devesse se preocupar menos com o que os outros dizem e mais com a sua própria vida," ele disse, sua voz suave e calma.
Ao ouvir a negação de Stev, tirei o celular do bolso e abri o vídeo que havia sido gravado na noite anterior.
"Olhe para isso, Stev! É você, batendo em Pedro!" gritei, mostrando-lhe o vídeo.
Ele ficou visivelmente surpreso ao ver as imagens, mas antes que pudesse dizer algo, ele pegou meu braço com força e me puxou para fora do refeitório.
"O que você pensa que está fazendo?" gritei, tentando me soltar.
Ele não disse nada, apenas continuou a me puxar pelo corredor até chegarmos a uma sala pequena e vazia. Assim que entramos, ele fechou a porta atrás de nós e se virou para me encarar.
Ao nos encontrarmos na sala vazia, Stev me encarou com uma mistura de raiva e surpresa.
"O que você pensa que está fazendo?" ele perguntou, sua voz carregada de raiva.
Indignada com sua atitude, empurrei-o para longe de mim.
"O que EU estou fazendo? A pergunta é: o que VOCÊ está fazendo, Stev? Batendo em pessoas inocentes sem motivo algum?" retruquei, minha voz tremendo de raiva.
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Rodovias
RomanceNão foi dele que peguei essa obsessão por motos. Algo em mim sempre ardeu ao vê-las. mas saber que ele é um infrator da lei, fez algo desencadear de dentro de mim, algo que eu não consigo parar, nem ele vai.