Capítulo 25 - Acabou!

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Bella

Ando por aquele corredor, aqueles serão meus últimos passos e já sinto como se meu corpo não tivesse vida, a cada passo que dou até aquela mesa dos réus sinto o peso de cada olhar sobre mim, olhares de pena, de ódio, são vários sentimentos, nunca imaginei que meu fim seria esse:
- Muito bem, já temos a traidora diante de nós, Eliot e Jhon são os grandes pilares dessa máfia e é claro Eliot foi traído por essa mulher sem pudor que talvez imaginasse que não teria sérias consequências, a sentença dada hoje servirá como exemplo para todos nós por que uma vez fiel a máfia fiel até o fim - diz um homem olhando para todos ao redor.
Logo meu julgamento começa, e todas as tais provas que dizem ter contra mim são expostas em um telão para que todos vejam, cada cena é como se fosse algo fora da minha realidade, eu não conseguia lembrar de absolutamente nada mesmo vendo que era eu naquelas imagens, a cena em que seguro no braço daquele soldado no hospital, ou quando ele está segurando em minha cintura enquanto me leva para aquela casa, não consigo lembrar de absolutamente nada. Não entendo o que motivou aquele homem ter feito aquilo, ele mentiu e confirmou que estávamos tendo um caso a muito tempo sendo que eu nunca havia tido contato direto com ele antes daquele fatídico dia, mas sei que sou inocente e sei que meu fim está próximo, mas não vou deixar de confiar em mim mesma:
- Então, quais são suas últimas palavras? - pergunta Jhon antes de me dar a sentença, eu olho nos olhos de Eliot, ele não expressa nenhum sentimento
- Eu... eu sou inocente - digo firme mas com lágrimas escorrendo de meus olhos, todos continuam me olhando, o silêncio reina naquela sala até que Jhon continua aquele martírio
- Coloquem o saco em sua cabeça, ela será levada para fuzilamento - diz Jhon finalizando meu julgamento.
Naquele momento meu coração é dilacerado, mas não vou resistir, é tarde demais para tentar fugir e de todas as maneiras meu destino seria o mesmo, um saco é posto em minha cabeça, sinto minhas mãos sendo postas para trás e logo sou algemada, em meus pés são colocadas algemas com uma corrente maior sinto braços fortes me guiarem para a minha morte, mesmo já estando conformada com o meu destino não posso deixar de chorar e sentir uma dor no peito tão forte, a verdade é que a traída fui eu, traída por alguém que deveria me amar e proteger mas na primeira chance de me tirar de sua vida não desperdiçou:
- Vai participar? - escuto a voz de Jhon
- Não - Eliot responde, talvez não queira carregar o peso de me ver morrer.

ELIOT

Observo meu pai seguindo para a execução de Bella, lembro de nossos momentos e quanto fui feliz com ela, sinto ódio pois tudo era mentira, ela nunca me amou e foi uma vagabunda por ter me traído ainda tendo a coragem de dizer que o filho que espera era meu, mas essa farsa acaba hoje e de uma vez por todos Bella estará fora de minha vida.
Estou exausto com toda essa situação, quando vi aquela maldita cena de Bella e aquele homem na cama, quando ele disse que eles tinham um caso a meses eu senti meu sangue ferver, não quis acreditar que aquilo era real mas quando vi o vídeo dela e ele entrando naquela casa, a forma que ela sorria enquanto ele segurava em sua cintura eu tive a certeza que ela era uma vadia desgraçada.
Quando tive a certeza torturei aquele maldito até ver sua vida se esvair de seu corpo, mas ela não, ela eu precisava fazer sofrer até o seu julgamento até por que ela era alguém de posição importante na máfia, ela era a primeira dama e isso era inadmissível. Durante esses cinco dias eu a infernizei, descontei toda a minha raiva e ira, mas não prejudiquei a criança, quero que ela morra sabendo que está destruindo a vida do próprio filho, talvez não sinta sua consciência pesar mas pelo menos ela sabe que é culpada por isso tudo estar acontecendo.
Escuto os estrondos dos tiros, ela ficará irreconhecível e logo após o fuzilamento seus corpo será queimado colocando um ponto final nessa história e servindo de exemplo para todos da máfia. Tudo se silencia, após alguns minutos meu pai retorna para a sala onde foi o julgamento:
- Acabou filho, vá para casa - diz meu pai
- O senhor vem comigo? - pergunto
- Não, irei resolver mais algumas coisas por aqui, mas retorno para o jantar - diz meu pai e me viro para ir embora.
Entro em meu carro e dirijo pelas ruas, não quero ir para casa, não quero entrar no nosso quarto e vê suas roupas, sentir o cheiro daquele perfume que ela tanto amava, não quero sentir sua falta e nem posso, ela é e sempre será uma traidora. Crio coragem e decido ir para casa, estou tão arrasado, quando entro vejo que na sala está minha mãe e Max:
- Podemos falar? - pergunta Max
- Eu não quero conversar com ninguém, hoje não - digo e subo para meu quarto.
Entro no quarto e involuntariamente corro para o closet, olho suas roupas, vejo suas maquiagens em sua penteadeira, olho sua gaveta de lingeries, tão lindas e que eu amava vê-la com elas, mas ela não mostrava seu lindo corpo somente pra mim, sinto ódio ao pensar isso e rasgo todas aquelas lingeries com minhas
próprias mãos, pego seus perfumes e lanço contra a sua penteadeira fazendo um verdadeiro estrago no quarto, depois de tudo me sentei naquele chão tão frio me sentindo um lixo, nunca mais vou amar ninguém como amei aquela maldita traidora.

Presa ao mafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora