Capítulo 17 - O início do tormento

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Narrador

Eliot corre atrás de Bella que sai em passos largos em direção ao carro:
- Bella espera - diz Eliot a alcançando, ele segura em seu braço
- Me solta Eliot, eu quero ir pra casa - diz Bella se soltando de Eliot e abrindo a porta do carro.
Eliot coloca as mãos na cabeça mas não tenta impedir, ele apenas entra seu carro e sai logo em seguida. Bella chora durante o trajeto todo, ela percebe que Eliot vem logo atrás. Eles chegam na mansão e ela é a primeira a descer do carro e entra na casa. Bella entra no quarto e Eliot entra em seguida:
- A Mandy tem razão, como eu pude ter sido idiota o suficiente em acreditar que você não iria me trair? - pergunta Bella chorando furiosa, ela estava extravasando toda a raiva que sentiu ao ver aquela cena
- Não estava acontecendo nada daquilo que você viu, eu não fui a boate para ver a Mandy eu não tenho motivos pra ir lá a não ser os lucros - diz Eliot com as mãos na cabeça pensando em como um vai fazer Bella acreditar nele - Por favor, acredita em mim
- Eu só posso acreditar no que eu vi, já faziam horas que você tinha saído de casa - diz Bella e passa a mão em seu rosto limpando suas lágrimas, ela vira de costa ficando de frente pra janela da varanda e deixa cair mais algumas lágrimas - Eu não consigo acreditar em você
- Desde que nos casamos que deixei o controle financeiro da boate nas mãos de outras pessoas, eu não ia lá a meses e demorei por que pedi que me atualizasse de tudo, por favor Bella - diz Eliot e se aproxima de Bella e abraça, ela continua de costas para ele e suas lágrimas continuam - eu fiquei louco por você desde a primeira vez em que eu te vi e agora quando estamos nos dando bem e resolvemos nos dar uma chance você acha que eu iria estragar tudo? Eu nunca erraria com você, que está ao meu lado e me apoia nos piores momentos, eu amo você - diz Eliot e Bella chora ainda mais, ela limpa as lágrimas e olha para ele
- Eu não quero mais conversar sobre isso, palavras não tem valor se as atitudes não condizem - diz Bella
- Entendi - diz Eliot e se afasta de Bella - Mas eu vou te provar que tudo o que estou dizendo é verdade
- Eu preciso de tempo pra confiar em você de novo - diz Bella
- Tudo bem, olha eu vou te deixar sozinha, eu vou pro outro quarto - diz Eliot e pega suas coisas indo pro quarto de hóspedes.
Bella não fala nada, apenas observa ele sair a deixando sozinha, ela senta na cama e relembra novamente a cena que presenciou na boate se martirizando cada vez mais. Eliot troca de roupa e se deita na cama do quarto de hóspedes, mas ele não estava com nem um pouco de sono e já sabia que aquela noite seria longa.
               A claridade na janela do quarto indica que o dia já iniciou, após um curto e mal dormido cochilo Eliot levanta da cama e vai até o banheiro lavar ao rosto, ele sai do quarto de hóspedes e vai em direção ao seu quarto, ao abrir a porta ele vê que Bella já saiu do quarto, ele faz sua higiene matinal e desce pra tomar café e se depara somente com sua mãe na mesa:
- Bom dia mãe - diz Eliot e beija a cabeça de sua mãe, ultimamente ele estava mais próximo de sua mãe - Cadê todo mundo? - pergunta e se junta a ela
- Bom dia filho, bem seu pai não levantou ainda, não está se sentindo bem, e a Anna saiu com sua esposa, você não viu quando ela saiu? - pergunta Mary
- Não percebi - diz Eliot tentando disfarçar
- Não percebeu ou não viu por que estava dormindo em outro quarto? - pergunta Mary e Eliot olha para ela - O que aconteceu ontem? Eu vi quando chegaram e vi quando você saiu do quarto, algo bom não foi - diz Mary e olha para Eliot
- A ligação que recebi ontem era de Max, eu havia pedido a ele que fosse a casa noturna que tenho no centro para verificar os lucros mas ele teve um contratempo e eu tive que ir em seu lugar, depois a Bella chegou lá e me viu beijando uma garota e achou que eu estava a traindo - diz Eliot
- E não estava? - pergunta Mary e Eliot a encara com um olhar indignado - Olha filho, nessa vida eu aprendi a nunca me surpreender com certas atitudes das pessoas, seu pai mesmo quase me trocou por uma prostituta
- Eu não estava a traindo, eu nunca faria isso com ela mãe, eu gosto dela de verdade - diz Eliot - Eu amo a Bella - ele completa um pouco mais baixo
- Então tente provar isso a ela, vocês estavam aparentemente bem, aposto que se conseguir se aproximar da forma certa ela vai acreditar em você - diz Mary
- É o que vou fazer - diz Eliot e continua seu café - Eu vou indo, vou pra joalheria hoje tem uns documentos importantes para assinar - diz Eliot e se despede de sua mãe.

Max

- Perfeito Bruno, que bom que deu certo o plano, agora é só esperar o resultado - digo sorrindo para Elen enquanto ela toma seu café da manhã, desligo o telefone - O plano deu certo, Bella saiu furiosa da boate
- Que sabor - diz Elen e solta uma longa gargalhada - Eu não sabia que ela seria tão idiota e cairia tão rápido assim nessa mentira
- Ela está gostando dele - digo e engulo seco - pessoa apaixonadas fazem e acreditam em coisas idiotas - completo e dou um gole em meu café
- Own o que foi? Vai dizer que está apaixonado pela sua noivinha? - diz ele e ri da minha cara de paisagem
- Hahaha você já foi mais engraçada Elen - digo dando uma risada sem graça e levanto da mesa
- Nossa, e você já teve o humor um pouco melhor - diz Elen e continua onde está
- Eu estou indo pra sede - digo e ajeito meu terno em frente ao grande espelho da sala - a propósito, se eu fosse você arrumaria algo de útil para fazer, ficar aqui em casa sem fazer nada pode passar a impressão de que você só esta esperando alguma oportunidade - digo
- O que eu vou fazer? - pergunta Elen pensativa
- Eu não sei, pensa em alguma coisa, teoricamente você é uma moça livre, pode fazer o que quiser - digo e saio a deixando com seus pensamentos.

Presa ao mafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora