Presa ao mafioso

Capítulo 29 - Não existe amor

Bella

Após toda a reflexão termino meu banho e vou para o jantar, ainda moro no mesmo apartamento que Jhon me deu, apenas dei uma personalizada com o passar do tempo para ficar mais a minha cara. Eduarda também vem jantar conosco, vou para a sala e vejo que Noah brinca com seus brinquedos e a babá o ajuda:
- Bom Lorena você já está liberada, mas se quiser ficar para jantar conosco - digo pagando Noah em meu colo
- Muito obrigada senhora mas eu já estou indo - diz ela e pega suas coisas se despedindo de mim e de Noah.
Lorena trabalha comigo desde que Noah nasceu, ela sempre vem no período da tarde por volta das 13:00h e vai embora as 19:30h, pela manhã eu prefiro ficar com Noah e fazer alguns planejamentos de casa mesmo. A campanhia toca e vou atender:
- Olaaa, Cade o Meu bebê? - pergunta Eduarda já pegando Noah de meu colo
- Olá Eduarda tudo bem com você? Eu também estou bem obrigada - digo brincando com ela
- Ah não notei que estava aqui - diz ela debochando de mim mas logo sorri - Tô brincando amiga, é que eu não resisto a esse meu sobrinho lindo - diz Eduarda brincando com Noah que também ama a tia
- Bem vamos jantar - digo e nós vamos para a mesa.
Começamos a jantar e conversamos algumas coisas do restaurante, Eduarda me ajudava na administração e no marketing, nosso restaurante era um sucesso e muito bem falado no bairro e que moramos, mas sempre que tinha alguma entrevista sobre nosso restaurante eu pedia para Eduarda representar, eu tinha muito medo de ser reconhecida por alguém da máfia.
Quando abri o restaurante não imaginei que teria tanta visibilidade mas aconteceu e eu não pude evitar. Terminamos o jantar e Eduarda vai para casa, olho no relógio e já são 20:30h, daqui a pouco Mary vai liga para falar com Noah então já ligo o notebook. Escuto que Mary já está ligando e atendo:
- Oii - diz Mary e Jhon em uníssono
- Oi boa noite, fala com o vovô e a vovó Noah - digo e mostro a tela para ele que já conhece seus avós
- Oi vovô oi vovó- diz Noah dando a mãozinha
- Meu amor, nós estamos morrendo de saudades de você - diz Mary - Como vocês estão? - pergunta ela
- Muito bem obrigada, e vocês? - pergunto
- Estamos bem, aí querida vem acontecendo tantas coisas que você nem imagina - diz Mary e Jhon intervém um pouco
- Meu amor eu não acho que Bella vá querer saber de Eliot - diz Jhon
- Não tem problemas Jhon, seu filho já não me importa mais - digo séria, eu realmente não me importo com Eliot
- Bem é que, Ellen não consegue engravidar e acho que eles estão em crise - diz Mary e isso me deixa surpresa
- Eles estão em crise desde que casaram Mary - diz Jhon e rio da situação
- Eu sei que deve está complicado já que ela precisa engravidar, eu espero que tudo se resolva - digo enquanto cheiro os cabelinhos do meu neném
- Pois é- diz Mary e ficamos em silêncio por alguns segundos
- Bem eu já vou desligar, vou colocar o Noah na cama e dormir também por que amanhã o dia começa bem cedo pra mim - digo
- Tudo bem querida, até amanhã, tchau meu amorzinho- diz Mary acenando para Noah
- Tchau meu netinho, o vovô ama você - diz Jhon.
               Nos despedimos e encerramos a ligação, Noah já estava bem sonolento então o coloco em seu berço, visto minha camisola e me deito também, fico lendo por alguns minutos mas não consigo me concentrar. É incrível como saber notícias do Eliot já não me causam mais dor, lembro de quando descobrir que ele iria se casar com Ellen e isso me dilacerou, eu não entendia como ele poderia ser tão frio, todas as atitudes dele e o passar dos anos foram fazendo meu amor por ele esfriar, eu já não o amava mais.

Narrador

 
             Hoje o dia foi muito cansativo, assim que terminei o jantar resolvi ir para a varanda e tomar um whisk, Max conversou comigo sobre Ellen, disse que ela está aflita e muito deprimida já que ainda não engravidou, não sei se o problema é ela ou se sou eu, já que o filho que Bella esperava não era meu.
              E por falar em Bella eu não consegui para de pensar nela nem por um segundo sequer durante esses três anos, eu me pego imaginando como teríamos sido se não fosse sua traição, se aquele filho fosse meu, se seria uma menina ou um menino e como se chamaria, se teríamos mais filhos, o quão linda ela estaria. Eu imagino várias coisas e não importa o que eu faça para não pensar nela eu não consigo parar, desde de sua morte que não sou alguém feliz, ela morreu e levou tudo com ela, o meu amor e a minha felicidade. Escuto a porta do quarto abrir e vejo que é Ellen:
- Meu amor, precisa de companhia? - pergunta
- Não obrigado - digo e me viro novamente para olhar as luzes da cidade, Ellen é carinhosa e fingi que vivemos em um casamento feliz mas já eu não consigo nem se quer fingir
- Eu estou te sentindo muito distante, muito estranho - diz Ellen e senta na cama, eu levanto e entro no quarto
- Estranho como? - pergunto
- Eu não sei, você as vezes fica mais na sua boate do que em casa, hoje por sorte você está aqui, parece que eu não sou o suficiente para você - diz Ellen, de novo essa história
- Ellen se eu vou para a boate é por que ela é minha, e preciso gerência-lá- digo e volto para a varanda mas ela fala algo que me trava na hora
- Quando estava casado aquela maldita traidora da Bella você não frequentava a boate tanto assim - diz Ellen me provocando, não gosto que falem de Bella apesar do que ela me fez, jogo o copo na parede e vou para cima de Ellen, segura bem seus rosto a fazendo olhar em meus olhos
- Escuta aqui Ellen, eu não quero mais que você fale de Bella entendeu - digo e aperto seu maxilar
- Eu falo sim, por que ela é uma maldita traidora e sempre vai ser - diz Ellen e lhe dou um tapa na cara lhe a faz virar na cama, a puxo pelo cabelo a fazendo ficar de pé
- Cala essa boca sua imbecil, você quer saber o por que eu fico mais na boate do que aqui? POR QUE EU NÃO TE SUPORTO, EU NÃO TE AGUENTO E NÃO TE AMO, NUNCA VOU TE AMAR, SE EU PUDESSE VOLTAR NO TEMPO NUNCA TERIA ME CASADO COM VOCÊ POR QUE EU TENHO NOJO DE VOCÊ - digo e jogo ela na cama e saio do quarto a deixando sozinha