Capítulo 27 - Matrimônio

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A chegada ao Brasil - um mês antes

Bella

A ansiedade estava tomando conta de mim, eu contava os segundos para que finalmente chegasse ao Brasil, pois assim teria certeza que estou longe de Eliot. Vim toda a viagem pensando nele, por mais que eu lite contra meus pensamentos ainda assim não consigo tirá-lo de minha mente, mas sei que logo logo o esquecerei, pelo menos o amor que sinto.
Sinto que o avião esta pousando em solo, pego em minha barriga com inquietude, daqui a alguns meses meu bebê irá nascer, e em solo brasileiro assim como eu. O avião pousa e desço rapidamente pois estava sem bagagem, Jhon me avisou que haveria uma moça a minha espera do aeroporto, me disse que a mesma estaria com uma roupa em tons beges e que tinha o cabelo cacheado igual ao meu, olho para o portão de desembarque e reconheço a moça pelas características, mas ela também segurava uma plaquinha com o meu nome, me senti em um filme:
- Olá, você deve ser a Bella - disse a moça quando me aproximei
- Sim, sou eu mesma - disse e lhe estendi a mão - muito prazer
- Prazer senhora, me chamo Eduarda - disse a moça se apresentando e me cumprimentando - a senhora pode me acompanhar até o carro para seguirmos para o apartamento que irá ficar - disse Eduarda.
              A segui para fora do aeroporto e logo entramos em um carro, estávamos no Rio de Janeiro, na minha terra natal e isso me trazia muita nostalgia, seguimos para o apartamento que ficava em uma área nobre da cidade, depois de alguns minutos desço do carro e entramos no apartamento:
- Bem, esse será o seu apartamento, podemos fazer uma tour se quiser - diz Eduarda
- Não precisa, obrigada - digo e olho ao redor curiosa
- Tudo bem, estarei no apartamento ao lado de precisar de algo é só ligar para mim que venho até você - diz Eduarda e deixa seu contato na mesinha da sala, ela sai e me deixa sozinha.
              Dou uma breve olhada no apartamento, tem uma sala e cozinha americana, dois quartos e dois banheiros, entrei no quarto que eu vou ficar, quero tomar um banho mas não tenho roupa pra vestir, olho no guarda roupa e vejo que tem algumas roupas, apenas essenciais como roupa íntima e pijama, eu achei ótimo pois queria muito tirar aquela roupa. Separo um dos pijamas e entro no banheiro, tomo um banho rápido mas bem relaxante, depois me deito na cama, estava exausta e precisava descansar.

                         Dois meses depois

                                  Eliot

              Hoje será o jantar de noivado, apresentarei Ellen como minha noiva diante de minha família e diante da máfia, estou terminando de por meu terno para o jantar, preferi realizar uma pequena recepção aqui em minha casa apenas com os membros mais importantes e suas esposas, a estrutura está montada no jardim.
             Termino de me arrumar e desço até a sala para recepcionar Max e Ellen que já me aguardam, eles estão um ao lado do outro com seus sorrisos de satisfação:
- Eliot - diz Max ao me ver a apenas aceno com a cabeça para os dois - Bom, hoje entregarei oficialmente a mão da minha irmãzinha para você - diz Max segurando a mão de Ellen e me entregando, apenas seguro e beijo a mão de Ellen que sorri como idiota - Vou pegar um drink - diz Max e nos deixa sozinhos
- Apesar da circunstâncias não posso conter minha felicidade, me preparei por anos para isso - diz Ellen e sinto uma leve vergonha, apenas sorrio para ela e ficamos em um silêncio ensurdecedor, até que minha mãe aparece para quebrar o gelo
- Ellen querida, está maravilhosa - diz minha mãe, é incrível o talento que ela tem para fingir que nada aconteceu
- A senhora também está maravilhosa, este vestido ficou divino - diz Ellen
- Obrigada querida, venha comigo, quero que interaja com algumas amigas antes da cerimônia começar - diz minha mãe e agarra o braço de Ellen, mas antes de sair ela me olha e da uma piscadela.
              Ela não sabe o favor que me fez agora, me junto ao meu pai e alguns homens que conversam sobre assuntos da máfia, olho ao redor e lembro de quando assumi Bella como minha noiva, que droga, já se passaram dois meses desde sua morte e não consigo para de pensar nela, é como se estivesse grudada em minha mente. Ficamos conversando por alguns minutos e logo decido dar início a cerimônia de noivado, preciso acabar logo com isso.
              Subo no altar junto de Ellen, que sorri para todos sendo o centro das atenções, logo a cerimônia começa e meu pai precisa falar algumas coisas e fazer com que façamos alguns juramentos, após todo a cerimônia e concretização de nosso noivado, a maioria dos convidados vão embora, ficando apenas algumas amigas da minha mãe que esperam seus maridos. Vou até um banco que a próximo da piscina e suspiro fundo, é incrível como minha vida deu uma reviravolta em dentro de dois meses, sinto alguém sentar ao meu lado, é Ellen:
- Oi, precisamos conversar - diz Ellen
- Pode falar - digo ríspido, não queria conversar agora
- É sobre o casamento, a cerimônia, quero organizar algo bem elegante - diz Ellen entusiasmada
- Por mim não organizaríamos nada mas pode fazer o que quiser, mas não conte comigo pra isso - digo
- Eu sei, mas quero fazer algo receptivo para os convidados, sabe que as pessoas falam não é - justifica Ellen
- Eu não ligo pro que falam, mas se quer organizar o casamento organize, dinheiro não vai faltar - digo e levanto do banco - Boa noite - saio do local a deixando sozinha.

             

Presa ao mafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora