As mentiras | Capítulo 27

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Kakashi: Tsunade te ligou diversas vezes.

Obito: Eu sei

Kakashi: Ela vai estar um fera quando a gente chegar na sala de reunião, você sabe que você tem compromissos e mesmo assim insiste me ignorar isso

Obito: Não fode kakashi!- ele para em frente a porte de reunião

Kakashi: Você não muda não é? Desde do jardim você sempre foi teimoso e turrão!

Obito: coloca os dedos no topo do nariz e respira fundo- vamos acabar com isso.- ele abre a porta e encara a loira de braços cruzados

Tsunade: Obito... senta aí

Ele se senta na frente dela enquanto Kakashi fica em pé do lado com os braços cruzados.

Tsunade: Você sabe oque você tá fazendo?- ela cruza os dedos e apoia na mesa

Obito faz uma cara de confuso e balança a cabeça pros lados.

Tsunade: vai ser difícil isso.

Kakashi abaixa no ouvido do moreno e cochicha: facilita essa merda, ou você vai ficar aqui até amanhã.

Obito: Você sabe que eu sou seu chefe né?- ele olha pra loira

Tsunade: Não parece, você não vem a mais de meses. Oque tá acontecendo? Vai ser pai? Brigou com alguém daqui? Tá fazendo algum caso sem autorização? Eu não duvido de você. Você sempre fazia muita merda, desde da escola.

Obito: Tsunade, não tem nada a ver isso aí que você disse. Eu tô com problemas pessoais. E eu decidi dá um tempo pra mim.

A loira revira os olhos e puxa a corda da janela, fazendo ela se fechar e o ambiente ficar mais escuro.

Tsunade: Eu te chamei aqui para você falar oque é.

Obito: Não sou obrigado. Eu volto pra cá semana que vem.- ele levanta e abre a porta para sair, sai e bate a porta com força, mostrando raiva.

Kakashi não fala nada e apenas sai da sala, deixando a loira só.
  Ele corre atrás de Obito, que já estava dentro do estacionamento.

Kakashi: Obito!-começa a andar rápido

Obito: Me deixa em paz.

Começa a chover

Kakashi: Para aí porra! Você não pode ser cabeça dura assim não!

Obito: para de andar e se vira- cabeça dura? Tem uma maluca tentando me altar e matar as pessoas que eu conheço! Essa maluca pode a qualquer hora aparecer aqui no meu trabalho ou na minha casa!

Kakashi: Porque você não me contou isso?

Obito olha pro lado

Kakashi: Eu não sei aonde você ta, onde você anda, oque você pensa, eu não sei! E você nunca da uma chance pra eu conseguir entender você ou te ajudar!

Obito: ...

Kakashi: Fala alguma coisa!

Obito: Eu sou bissexual. Eu gosto de um homem. Eu quero ficar com ele. Ta bom pra você?

Kakashi: anda devagar e abraça o moreno - você não precisava esconder isso.

Obito: Para com isso. Eu não tava te escondendo... só não queria falar

Kakashi: Sei disso.-sai do abraço

Obito: Fica quieto, idiota.

Kakashi: sorri- pode deixar. Eu sou um hétero confiável

Obito: Você? Hétero? Ata.

Kakashi: Oxi! Claro

Obito: Todo mundo sabe que você come o Iruka.

O grisalho abre a boca a começa a rir
Obito abre a porta do carro e entra, liga e sai do estacionamento. Deixando o grisalho para trás.

Obito chega na sua casa e para o carro na garagem.
Sai do carro e começa a procurar no carro seu terno que não encontrava de forma nenhuma. Vai na mala e encontra-o.
Fecha o carro e caminha de cabeça baixa, ajeitando algo na sua bolsa até a porta.
Quando coloca a mão na porta, vê que ela estava aberta.
Ele entorta o rosto e abre devagar.
Larga as coisas no chão e tira do bolso uma arma, apontando-a para qualquer direção na sua frente.

Ele sabia que seria uma péssima ideia perguntar quem estava aí mas pelo menos ia ter alguma chance de descobrir.

Obito: Quem está aí?!- solta um grito alto e forte

Ele ouve um barulho de salto e vindo e ouve uma voz familiar e feminina. Era seu pior pesadelo, Rin.

Rin: Achei que você não ia chegar nunca.- diz ela atrás dele com a mão na cintura e com uma taça de vinho na outra mão.

Obito se vira ainda apontando a arma.

Obito: Demônio. Como você entrou aqui?!

Rin: tira uma chave de dentro do sutiã e joga no chão- que belo policial você é em.

Obito acompanha o cair da chave e sua respiração aumenta.

Rin: Eu vim te dizer um recadinho.

Obito: Você não tem medo da morte não?

Rin: Não... eu sou a morte, querido.- se aproxima do moreno, abaixando a arma na sua direção- sem isso.

Obito: Sai daqui agora.- diz trêmulo

Rin: Eu tô grávida, Obito.- engole um seco e sorri sem graça para o moreno

Obito arregala os olhos e começa a sentir uma falta de ar forte.

Obito: E-eu não acredito em você.

Rin fecha os lábios e apoia a taça na mesa de vidro que estava na sua esquerda. Ela pega um papel que estava em cima do sofá e entrega para o mais velho.
  Ele pega com firmeza da mão dela e lê
No papel, dizia positivo para teste de gravidez
Obito nega com a cabeça

Obito: Você pode ter falsificado isso. Faz meses que eu não te vejo. Sua barriga nem está-
Ela abre seu casaco de pele e Obito encara uma barriga de gestante formada.

Rin: É uma menina. Faz quatro meses hoje.

Obito respira fundo e começa a chorar de raiva.

Obito: Porque com você...?- ele diz olhando para baixo

Obito olha para a taça de vinho e depois para ela.

Obito: Como você tá grávida se você está bebendo?

Ela arregala os olhos e sorri

Rin: Daqui a uns meses a gente vê se era verdade ou não.

Ela sai da casa e desaparece como poeira.

Obito não conseguia acreditar muito naquilo mas ao mesmo tempo não duvidava muito que era mentira.
Ele decide não contar para ninguém para evitar cochichos e também para esquecer de Rin.

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