𝐃𝐎𝐍'𝐓 𝐅𝐎𝐑𝐆𝐄𝐓 𝐌𝐄 - 𝐌𝐈𝐍𝐇𝐎

𝟬𝟭𝟱. "batalha final."

Gally havia tomado o controle de tudo. Com Thomas apagado, ele convenceu todos que era a culpa dele. Alguns acreditaram. A maioria. As únicas pessoas que não cairam em seu papo foram Newt, Minho, Teresa, Alby, Mel e Chuck. Ele ainda ditou que quem seguisse Thomas, seria banido como ele. Melanie tentou falar com seu melhor amigo, mas não a deu ouvidos. Pelo contrário, discutiram.

Thomas estava dentro da amansadora, junto com Melanie e Teresa que o esperavam acordar. Seus olhos acabaram de se abrir quando a voz de Teresa se fez clara. A visão que teve ao abrir os olhos foi o rosto de teresa cobrindo sua visão.

— Thomas, finalmente.

— O que aconteceu? — o garoto levantou o corpo. Sua cabeça estava no colo da garota de olhos azuis.

— Gally tomou o controle de tudo.

— Como ele fez isso?

— Convenceu de todos que a culpa é sua. — Teresa respondeu. — Praticamente todos acreditaram nele.

— Ele está certo. — Melanie ergueu sua cabeça, expirando. Ele se lembrou. — Isso não é o que pensamos ser. Não estamos presos, é um teste.

— Como assim? — Newt perguntou.

— As pessoas que colocaram vocês aqui, eu trabalhava com elas. — Thomas então olhou para as duas garotas a sua frente. — E vocês duas também trabalhavam.

— O quê? — Teresa abriu a boca em choque. Tentou continuar a sua frase, mas não conseguiu concluir.

— Melanie também? — Minho perguntou. Seus olhos confusos se emcontraram com ela. Culpa. Era a unica coisa que ela transmitia. —
Isso é impossível.

— Fomos os responsáveis de mandar vocês para cá. Nós os vigiavamos pelas cameras. Estudávamos vocês. — Thomas disse, e Melanie se encolheu. — Há quanto tempo sabe?

— Desde que eu acordei. — Recebeu olhares preocupados em sua direção. A unica pessoa que ela olhou foi Newt, que a olhava indiferente.

— Não... Isso não pode ser possível. — Uma lágrima escorreu pelo rosto de Teresa. — Nós fizemos isso?

— Então por que Melanie está aqui há tanto tempo e vocês não? — Newt perguntou, voltando a encara-la.

— Melanie só trabalhava para eles por causa do seu irmão. Mas quando Minho foi mandado para o labirinto, ela bolou um plano para acabar com eles. Infelizmente ela não conseguiu. — a garota percebeu o olhar de Thomas em sua direção em sua última frase. Se comprometeu de ajuda-la e não ajudou.

— Por que eu? — teve suas sombrancelhas franzidas em confusão. — O que eu era de importante?

— Vocês... — antes que Thomas prosseguisse Melanie o lançou um olhar exterminador. Não queria que Minho subesse. — Ela só tinha um carinho grande por você.

— Você se lembrou do seu irmão? — Chuck perguntou pela primeira vez. Melanie olhou para Thomas antes de olhar para os seus amigos. Ele assentiu com a cabeça. 

— Eu me lembro.

— Quem é? — Newt perguntou, e os outros acompanharam o seu olhar curioso. Suspirou antes de responder.

— Você, Newt. Você é o meu irmão. — O silêncio penetrou no lugar. Todos tinham o rosto surpreso, menos Thomas, Teresa — que estava focada em suas lágrimas, e Melanie.

Newt demorou para se pronunciar.

— Sabia disso desde que acordou? — Melanie assentiu, e o garoto passou a mão sobre o queixo desviando o olhar. — De qualquer forma, as pessoas que éramos antes do labirinto não importam. Eai, temos um plano?

Melanie engoliu seco quando o percebeu não tocar no assunto. Mas ela não o julgava. Melanie ocultou algo que ele tinha direito de saber por uma semana, tendo diversas oportunidades de comentar com ele sobre. Começaram a elaborar um plano com o auxílio de Thomas e Minho que tinham autoridade sobre o labirinto. Era a hora. Iriam sair daquele lugar. Para que pudessem chegar até lá, precisariam fingir estar do lado de Gally e pegar Thomas e Teresa como reféns.

— Newt realmente é o seu irmão? — Minho susurrou enquanto caminhavam. Dois garotos seguravam Thomas e outros Teresa. Minho, Newt, e Melanie estavam afastados fingindo ser um dos seguidores de Gally ao seu lado.

— É, ele é. Mas não acho que ficou muito feliz com isso.

— Tá brincando? Ele deve tá surtando. — Mel se surpreendeu com sua resposta. — Dê um tempo para ele processar isso tudo.

— Que bom que tomou a decisão certa, Mel. — a voz de Gally se fez presente. Melanie erguer-se, o entregando um sorriso falso.

— Sabe que eu não concordo com isso, né? — Gally suspirou, não tão feliz quanto antes.

— Mas você está aqui, não está? — ela reprimiu os seus lábios. — E eu agradeço por isso. Você está tomando a decisão certa, Mel.

— É isso que eu espero.

— Gally, não parece certo. — Winston comentou. Melanie recuoou com o seu olhar quando se encontraram.

— E se Thomas estiver certo? E se conseguir nós levar para casa, para os nossos pais. — Seus aliados começavam a questionar o ruivo. Suas atitudes eram mais do que duvidosas. Aburdas.

— Já estamos em casa, ok? — os garotos não pareceram concordar. — Olhem em volta, olhem como está a nossa clareira. Ele destruiu isso.

— Acha que nós banir vai resolver algo? — Teresa perguntou, enquanto era segurada por um dos garotos.

— Não. Por isso não é um banimento. É uma oferenda. — a boca de Melanie se curvou com a atitude que Gally estava prestes a cometer. Ele era explosivo, mas não ao ponto de condenar alguém a morte.

Não o reconhecia mais.

— Gally! Está louco? — Teresa era amarrada por uma corda no alto pedaço de madeira em frente do labirinto. — Por favor, não!

— Acha mesmo que eu vou deixar Thomas entrar no labirinto de novo depois de tudo que ele fez? — o ruivo se alterou. Austin e Caleb levantavam Thomas do chão que até então, estava desacordado. Melanie olhou para Minho, que afirmou com a cabeça. Recebeu a mesma aprovação de Newt. Ao tentarem levantar Thomas, o seu cutuvelo foi direcionado ao rosto dos dois. Antes que os outros pudessem partir para agressão, eles impediram. Minho com um facão em mãos, o loiro com um pedaço de madeira, e Melanie com sua flecha mirada em Gally. O ruivo se virou, e seus olhos se encontraram. Suspirou.

— Você é uma traidora. — ele cuspiu as palavras. Engoliu seco e ergueu mais a flecha. A ironia era que ele mesmo tinha as apontado anteriormente.

— Uma tentativa de se defender-se, Gally. E eu atiro em você.

— Você é uma caixinha de surpresas, não é Thomas? — redirecionou seu olhar para frente. Melanie recuoou em direção ao labirinto de costas. As flechas miradas nos clareanos. Thomas tinha uma lança em mãos.

— Não precisa vir conosco, Gally. — Thomas tomou as rédeas. — Mas nós vamos embora daqui. Porque eu prefiro arriscar a minha vida fora dos muros, do que morrer preso aqui.

— Ele está tentando assustar vocês.

— Não estamos tentando assusta-los. — Melanie disse firme. — Já estão assustados. Eu estou assustada. Essa é a decisão final galera, quem quiser vir conosco, essa é a hora. — com seu arco ainda na direção do ruivo ela redirecionou o olhar em sua direção. — Não precisa ser assim, Gally. Você pode ir com a gente, e juntos podemos todos sair daqui e ir para casa.

— Essa é minha casa. Nossa casa.

Ele não iria mudar de ideia.

Winston, caçarola, e alguns outros garotos resolveram mudar de lado. Ficando ao lado de Thomas.

— Boa sorte. — Gally disse. Melanie lhe lançou um último olhar, sabendo que estava o perdendo para sempre, sem ter certeza que um dia voltará a ver o seu melhor amigo novamente.