𝟬𝟭𝟰. "ajuda"

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Minho estava louco com o que estava vendo diante dos seus olhos. Ela estava ensopada de sangue e provavelmente tinha acabado de desmaiar. Nem por um segundo ele hesitou em correr em direção a morena que tinha acabado de cair. Era como se o ar dos seus pulmões tivessem parado por um segundo.

— Melanie?! — ele balançou o seu corpo no chão. A garota não estava desmaiada, então abriu os olhos rápido. Os olhos do asiático se depararam com um buraco ao lado de sua barriga. — O que houve?!

— Eu não queria lutar, e ele queria vingança. — ele cruzou as sombrancelhas, não compreendendo. Mas isso não importava agora, era tomado pelo desespero com aquela faca dentro da barriga da garota.

— O que eu faço agora? Por favor, me fala! — o asiático segurou seu corpo. Mel que ainda não estava cem por cento mexeu uma de suas mãos espalhadas no chão e a levou até a faca dentro da sua barriga. — O que você vai fazer?

Sem aviso prévio ela puxou a fraca. O seu grito agonizador suoou pelos ouvidos de Minho quando ele não foi ágil o suficiente para impedi-la.

— Porra, Mel! — o sangue começou a jorrar pelo buraco. A onda de desespero tomou o asiático novamente. Ele pensou rápido em tirar a sua camiseta e arrancar um pedaço com o dente. Usou o pedaço para fazer pressão contra o sangue e impedi-lo de continuar a jorrar. Ele sabia que não seria o bastante.

— Não podemos perder tempo... — ela murmurou. Tentou se levantar mas dessa vez Minho foi ágil em reeprende-la. Ele se elevou.

— Você está pirando? Porra, você tá tendo uma hemorragia interna. Não vamos sair daqui até você ficar bem. — o asiático continuou a fazer pressão no buraco aberto. Melanie engoliu seco, e tirou um dos panos preto que usava no pulso.

— Amarre isso em mim. Eu não vou ficar parada aqui.

— Você não está mais em posições de tomar as rédeas, Melanie. Olhe o seu maldito estado. — ele a reeprendeu, claramente irritado. — Vamos achar um lugar seguro para você.

O asiático se levantou, e estendeu a mão para ela fazer o mesmo. Tinha as mãos presas a sua cintura fazendo pressão quando tentou se levantar. Ela iria cair no chão antes de firmar os pés se não fosse por Minho.

— Eu consigo. — ela o afastou.

— Você não consegue andar, droga. Não insista. — o corredor se estressou. Agachou e segurou a cintura e a panturrilha da garota. Dessa forma, ele a pegou no colo. 

— Uau... — ela ficou sem reação quando ele não demonstrou nenhum mínimo de esforço para a pegá-la no colo. Sentiu-se como uma pena.

— Por que as pessoas estão olhando assim? — Minho perguntou quando começaram a andar pela cidade.

— Porque você está comigo. — ele a olhou confuso. — Eu matei um homem. Então eu ganhei o respeito.

— Isso não faz nenhum sentido... — ele murmurou, logo voltando a situação real quando a escutou gemer de dor. — Aguente firme Melanie.

Ele disse, mas como uma súplica do que uma ordem. Ele a firmou em seus braços, e foi em direção ao primeiro hotel abandonado que achou naquela cidade pequena. Chutou a porta com força, com a garota ainda em seus braços. A porta rangeu, e se abriu.

O primeiro andar — aonde estavam, estava empoeirado, e escuro. Mas as janelas a fora clarearam a visão de dentro. O lugar parecia ter sido utilizado por pessoas, já que tinham algumas garrafas e lençois velhos.

Minho delicadamente colocou a garota que tentava ao máximo não exprimir som de dor no chão. Sabia que estava o deixando louco com isso. O rapaz se levantou, andando de um lado para o outro enquanto tentava pensar em alguma coisa.

— Minho você... — ela suspirou com dificuldade com as mãos pressionadas em sua ferida. — Você precisa considerar a ideia de seguir com isso sem mim.

— O que? — ele parou, seu cenho franzido. Melanie estremeceu ao conseguir sentir a sua raiva. — Você está brincando comigo? Eu não vou seguir isso sem você, eu não consigo, droga. Você sabe ao menos entende o que você significa para mim?

— Minho eu...

— Eu perdi meu melhor amigo, eu perdi todo o conhecimento que eu achava que tinha sobre a vida, eu nem sei quem são os meus pais! — ele soprou uma risada de sanidade, sua situação desesperadora. — Eu não posso te perder Melanie, entendeu? Você é tudo que eu tenho.

A garota reprimiu os seus lábios, sem saber o que dizer. Minho se apressou em agachar-se e rasgar um pedaço maior da sua camiseta para ela.

— Droga por que você não me esperou... — ele murmurou como se tentando recuperar a sanidade, enquanto a enfaixava. Ele estava enfurecido. Enfurecido com ela, e com ele. Se sentia culpado por ter saído, por não ter estado lá para protege-la. — Por que você sempre tem que se meter em confusões?

— Não me dê sermão. — ela respondeu com dificuldade, o suor pingando de sua testa. Grunhiu quando o garoto apertou o pano em volta de sua cintura, garantindo que não saísse com facilidade.

— Você não tem o direito de falar isso. — ele suspirou, tentando lidar com tudo. — Você ainda não me disse o que houve.

— Minho eu... Tenho que te contar uma coisa.

Antes que Minho pudesse responder ele escutou a porta ser arrombada. Sua única reação foi pegar a arma em sua cintura e apontar em direção a porta com uma de suas mãos ainda na cintura da garota.

— Thomas? — ele questionou quando a figura se materializou tossindo por causa da poeira, se apoiando na porta.

— Brenda? — a garota apareceu ao lado de Thomas, o ajudando.

— Droga, eu podia ter atirado. — Minho colocou a arma em sua cintura outra vez. — Como nos encontraram?

— Vimos os boatos que a loba do deserto tinha passado por aqui. — Thomas respondeu, recebendo o olhar reeprendedor de Melanie, assim notando o seu estado. — O que aconteceu com você?!

Ele agachou ao lado dela.

— Loba do deserto? — Minho questionou. Ele lembrava de ter ouvido esse nome quando ainda estavam sendo mantidos "presos" por Janson.  — Ela não está aqui.

Brenda soprou uma risada.

— Isso é uma piada?

— Minho, a loba do deserto é Melanie. — Thomas disse para o garoto com os lábios franzidos. Ele conseguia sentir o olhar da garota queimando ele como lasers, mas já era hora dele saber. Os olhos de Minho se arregalaram de surpresa.

Thommy tirou seu casaco, e amarrou em volta da cintura da garota, murmurando um "desculpa".

— Isso é verdade? — ele olhou em seus olhos, procurando uma risada, uma brincadeira. A mulher conhecida por matar milhares a sangue frio, era a sua doce Melanie?

Ela revirou os olhos, tentando não demonstrar o quanto estava abatida com a forma que ele a olhou. Seus olhos... Ela nunca poderia esquecer. Sentiu vontade de chorar.

Brenda perecebeu a tensão.

— Olha, isso não importa. Temos que ir. — Brenda que estava agachada se levantou. Ela olhou para Melanie. — Você consegue andar?

— Eu vou leva-la. — Minho tomou as rédeas, seu tom mais firme que o normal. Melanie engoliu seco, e levantou-se com a ajuda dos dois rapazes ao seu lado.

𝐃𝐎𝐍'𝐓 𝐅𝐎𝐑𝐆𝐄𝐓 𝐌𝐄 - 𝐌𝐈𝐍𝐇𝐎Onde histórias criam vida. Descubra agora