{Seus problemas, também são meus}

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O beijo se torna mais intenso, conforme os dois vão ficando mais colocados. Um calor estranho toma conta dos dois os fazendo querer se livrar de suas vestimentas. Assim que o ar faz falta em seus pulmões, os dois são obrigados a se separarem.

- Melhor irmos para um lugar mais isolado - afirma Nikolai encarando os olhos ametistas do namorado

- Tem razão - diz o moreno meio ofegante

Nikolai se levanta do sofá com o russo nós braços, realmente Dostoiévski é bem leve, e isso é meio preocupante para Gogol.

- Algum problema?- questiona Dostoiévski percendo a mudança de humor do albino, já que o mesmo deixa bem exposto em seu rosto

- Quanto você pesa?- questiona enquanto abre um pequeno portal para poder entrar no quarto

- Acho que uns 35, mas por que essa pergunta tão derrepente?- questiona Fyodor percebendo o olhar diferente do albino, talvez Nikolai esteja enojado de si.

- Você está muito abaixo do peso - diz o ucraniano deixando o moreno sentado na cama

- Eu sei - diz o russo fechando a cara, realmente não está gostando nem um pouco dessa conversa

- Qual o seu problema pra não conseguir? Sei que tem anemia, mas por que não trata do jeito certo?- questiona Gogol claramente preocupado com o bem estar do moreno

- Se vai me encher de perguntas sobre os meus problemas, então eu peço que se retire - diz o moreno se levantando bruscamente irritado com o que Gogol está falando

- Feyda, eu estou preocupado com você, e como sou namorado tenho esse direito, então me deixe ajudá-lo - diz o ucraniano fitando o rosto do russo

- Não há com que se preocupar - afirmar Dostoiévski com a cara fechada - Eu vou para o meu quarto - diz e em seguida saí andando até a porta do cômodo

- Feyda, por favor - diz o albino indo de atrás do russo - Você não pode continuar com isso, sabe que se não tratar a anemia direito irá morrer - diz Gogol segurando o braço do moreno para que o mesmo não saísse.

- Não ligo para isso, agora me solte - diz seriamente

- Fyodor, pare com isso, deixa de ser ignorante - diz Nikolai seriamente - Por favor ratinho, deixe te ajudar - diz levando sua mão livre até o rosto do russo, fazendo um leve carinho na bochecha pálida de Dostoiévski

- Eu... Não quero que os meus problemas atrapalhe o nosso relacionamento - diz o moreno se deixando levar pelo carinho que recebe

- Mas não vai, estamos juntos agora, e vamos enfrentar tudo, sempre juntos - diz Gogol puxando o braço do moreno para perto de si, fazendo Fyodor se aproximar

Fyodor nada diz, apenas deixa Nikolai envolver seus braços em volta de seu corpo - Fyodor -. O moreno fecha seus olhos sentindo o aconchego do abraço. Realmente é inacreditável o fato de Gogol passar tanta segurança para Dostoiévski, mesmo sabendo que não prática isso nunca irá ocorrer.

- Eu te amo - diz Fyodor baixinho enquanto esconde seu rosto na curvatura do pescoço do albino

- Também te amo, meu ratinho - afirma Nikolai com um pequeno sorriso nos lábios

Os dois acabam ficando longos minutos nesse abraço, talvez ambos precisassem desse afeto. Os dois se separam um pouco e se encaram.

- Melhor irmos dormir - comenta Nikolai levando novamente sua mão até a bochecha do russo

- Você tem razão - diz Fyodor, em seguida o mesmo solta um bocejo, anunciando que está com sono.

- Podemos dormir juntos?- diz Gogol fazendo um biquinho com os lábios

- Tá bom - diz Dostoiévski com um pequeno sorriso desenhando em seu rosto.

Gogol abre um grande sorriso assim que recebe a resposta. O albino pega novamente o russo no colo e caminha novamente até a cama.

- Calma, você vai me derrubar desse jeito - diz Fyodor se agarrando no albino para não cair.

Nikolai apenas ri enquanto se senta na cama com o moreno nos braços. O albino para de ri, enquanto se arruma numa posição confortável para os dois na cama.

- Não seria melhor você não me deixar em seu colo?- questiona o russo num tom preocupado com o albino

- Não, assim tá ótimo - diz abraçando o corpo do moreno.

Dostoiévski apenas solta um suspiro, o mesmo se aconchega nos braços do albino. Nikolai apenas fica em silêncio observando o russo, o qual -Fyodor- está quase adormecendo.

É engraçado de se observar, vê Dostoiévski adormecendo rapidamente é algo bem raro, já que é costume do russo virá noites trabalhando ou apenas lendo. Mas ali está, o temido demônio Dostoiévski dormindo tranquilamente sobre os braços de seu namorado, uma cena engraçada de se vê.

- Seus problemas, também são os meus problemas - sossura Nikolai pra si mesmo enquanto puxa com cuidado a coberta para cobrir o moreno.

Talvez nesse universo os dois realmente estão destinados a ficar juntos, como nesse momento, abraçados enquanto o macio cobertor envolve eles. É engraçado até, saber que duas pessoas de personalidades opostas se dão tão bem, ao ponto de conseguir resolver uma pequena discussão em minutos e não em horas.

Não demora muito e Gogol também pega no sono, amanhã com certeza será um ótimo dia, e claro, os dois vão está juntos partilhando o amor que sente um para o outro.

[Continua?]

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