Fyodor solta um suspiro e se afasta um pouco do albino. O russo olha para a face um pouco preocupado de Gogol.
- Koyla - indaga meio recioso - Você quer continuar com essa vida?- questiona num tom meio trêmulo, talvez não esteja preparado para resposta do outro
- Como assim?- questiona um pouco confuso com a fala do russo
- Você quer continuar com tudo isso? - diz Fyodor se referindo a vida de crime que ambos participam
- Bom, matar é o que eu sei fazer de melhor - diz meio pensativo - Mas por que essa pergunta tão derrepente? - questiona começando a ficar preocupado com o que o moreno está insinuando
- Eu... Vou sair da decadência dos anjos - afirma dessa vez encarando o chão
Os olhos de Nikolai se arregalam com o que acabou de ouvir. Simplesmente o demônio Dostoiévski está querendo sair da decadência dos anjos, lugar onde os 5 assassinos mais procurandos são membros.
- Por que?- diz se afastando do moreno, ainda em choque com o que acabou de ouvir
- Não tenho mais propósito de continuar com isso, estou procurando um livro que talvez nem exista - explica Fyodor, realmente tudo que está fazendo, está ficando completamente sem nenhuma propósito.
- Feyda... Você está bem?- questiona meio nervoso com tudo isso
- Estou, mas também estou cansado - responde Dostoiévski ainda encarando o chão - Esquece, eu tô falando bobagem - diz balançando a cabeça pra tirar esses pensamentos de sua mente
- Feyda, me diga por favor, o que te incomoda tanto - diz preocupado, pois sabia que o russo não era de desistir tão facilmente assim.
- Koyla... Eu não sei mais o por que de continuar tudo isso - confessa com a voz meio trêmula - Vamos esquecer isso, tá bom - diz mudando o assunto e pegando a mão do ucraniano
- Tem certeza disso?- insiste Gogol ainda preocupado com o russo
- Absoluta - diz forçando um pequeno sorriso - Tô indo trabalhar, depois a gente se fala - diz e em seguida deixa um beijo na bochecha do albino.
Após isso, Dostoiévski sai do cômodo e caminha em direção ao seu escritório. Ao adentrar o local e fechar a porta atrás de si o russo solta um suspiro angustiante.
- Por que eu não consigo confiar nele pra dizer algo?- questiona a si mesmo enquanto deixa seu corpo deslizar sobre a porta até encostar no chão
A mente do moreno novamente fica barulhenta, pensamentos a mil surge enquanto encara o nada daquele cômodo tão solitário. Fyodor queria dizer a verdade ao seu amado, o fato que está cansado de buscar algo inexistente para tiras os pecadores desse mundo.
Talvez seus princípios por salvar a todos, usando a morte como um modo disso esteja errado. Dostoiévski só está com medo de algo acontecer com Nikolai, mesmo sabendo que o bobo da corte não é tão frágil assim ao contrário de si, mas mesmo assim teme o pior.
Realmente ter sentimentos fortes por alguém é uma espécie de prisão, pois você simplesmente começa a se preocupar com coisas que talvez nunca aconteça com aquele pessoa, mas esse é o preço de amar alguém e Fyodor está experimentando isso.
O russo sente um no se fazendo em sua garganta, e seu estômago começa a se revirar só de imaginar perder Gogol, dês de quando havia ficado tão sentimental assim? Talvez nunca sido amado dessa maneira o faça ficar tão dependente do albino.
Realmente as perguntas sem respostas rodeiam sua mente, está mentalmente cansado e não pode fazer nada a respeito disso.
- Droga de sentimentos - diz pra si mesmo irritado com essa confusão que está.
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Aprisionados por sentimentos
FanfictionA liberdade é algo que se conquista, tanto a liberdade de anos ficar preso ao um lugar, quanto a liberdade da sociedade. Para Nikolai as duas já possui, mas a liberdade de seus sentimentos é o que lhe incomoda, sedo acorrentado por um sentido que lh...