N/A: Esse capítulo acontece no episódio 10x01 depois de Jay ouvir a confissão Phil Rodiger. [Na mídia deixei a promo do episódio para refrescar a memória]
Erin tinha acabado de acalmar Ruzek depois do que seria levar o seu primeiro tiro. Ela riu um pouco baixo relembrando a cena que acabou de passar. Adam havia levado um tiro durante a troca de balas com os suspeitos, mas tudo que sentiu foi apenas o impacto, afinal o colete o protegeu totalmente. Não tinha como julgá-lo, é difícil identificar no início, mas Erin precisou levar bons longos minutos até que ele conseguisse se recuperar do choque que levou.
Adam poderia ser especialmente escandaloso. Bom, esse foi um belo troco depois dele ter duvidado da inocência de Jay hoje mais cedo.
Os pensamentos de Erin foram interrompidos pelo toque de seu telefone. Quando olhou para o visor pode ver o nome: Jay Halstead.
Ela estava caminhando com Adam de volta aos carros, para encontrar os demais da equipe, mas ela sabia que se Jay a estava ligando é porque precisava dela e não iria colocar algo a perder deixando que terceiros soubessem sobre isso no momento. A detetive apenas indicou com a cabeça para o companheiro que precisava atender a ligação e saiu.
Caminhou um pouco para próximo a alguns caminhões estacionados nas proximidades e quando sentiu que estava longe o suficiente para que ninguém a escute, finalmente atendeu.
- Lindsay.
- Preciso da minha parceira agora. - Ele disse com a voz séria, mas terna.
- Já estou indo. Me passe o endereço. - Ela respondeu prontamente.
Erin jamais cogitou a idea de não está lá para ajudar o seu parceiro. Não importava que ele era investigado por homicídio. Ela simplesmente sabia que não foi ele.
Eles tinham aquela dinâmica estranha de provocação e apostas todo o tempo. Alguns flertes também, é verdade. Mas o que mais importava era que no final das contas eles sempre eram parceiros. Um estaria disposto a pular numa bala pelo outro. A dinâmica deles simplesmente funcionava, independente do que acontecesse, sabiam que sempre poderiam contar com seu(a) parceiro(a).
Erin voltou rapidamente para seu carro e dirigindo para o endereço indicado. Sabia que Voight não daria falta dela, no momento, pois estaria envolvido demais no interrogatório do caso em aberto da Inteligência.
Assim que ela chegou no bar pode ver Jay no canto, conversando com um velho senhor. Não demorou muito para Jay perceber sua presença e caminhar em sua direção.
- Obrigado por vir. - Ele pareceu realmente aliviado por vê-la.
- Sem problemas. Vai me contar o que quer fazer agora? - Pergunta ela, lembrando do que havia dito pra ele no dia anterior, quando ele foi suspenso das atividades.
- Assim? - Ele ri levemente. - Não vai nem me perguntar o que aconteceu? -
A primeira vez que ela perguntou sobre o que estava acontecendo, ele sentiu que não deveria envolvê-la em toda aquela coisa. Ele sabia o quanto aquilo era ruim. Já sentia que a havia ido longe demais quando pediu pra ela parar na casa dos Rodigers antes da pergunta. E bom, a última vez que a viu, ele estava sendo suspenso e estava uma ira, e ainda assim ela tentou ajudar, pensou.- Eu confio em você. - Ela respondeu o olhando nos olhos.
Jay dá um meio sorriso de agradecimento e a conduz com a mão em suas costas para um canto do bar mais privado. Observando se não havia mais ninguém olhando pra eles ou capaz de ouvir.
- Esse cara, que morreu, o Lonnie... - Ele começa. - Ele é um pedófilo. - Ele falou com indicação, mas mantendo o tom de voz baixa. - Eu admito, o perseguia tem um tempo... um garoto, o Ben - Seu rosto se fecha com as memórias. - Ele era o irmãozinho de uma namorada da época do colégio, bem os pais deles sempre foram muito presentes na minha vida, estiveram lá no dia da minha formatura... e então o Ben foi encontrado morto, ele tinha... sinais de agressão sexual... e então descobri que o Lonnie tinha fotos do Ben e outras crianças, sabe, pornografia infantil...
Erin ouvia cada palavra estarrecida. Só de imaginar todo o sofrimento do Jay, do Ben e da sua família.
- E por que não conseguiram o prender?
- O pai mentiu. - Ele disse apontando com a cabeça para o Phil. - Acreditou nele. E bom, haviam bons advogados envolvidos. Eles são como família pra mim... todo aniversário do Ben... - Ele dá um leve sorriso com as lembranças tristes. - Todo aniversário de morte, na verdade, eu costumo visitar seus pais... passamos um tempo juntos, revivendo o luto... nunca foi fácil.
- Eu sinto muito Jay. - Ela passa a mão sobre suas costas, como se ajudasse a afagar a dor.
- No fim... - Ele respirou aliviado. - descobri que era o Phil o verdadeiro assassino.
- O pai? - Ela indaga surpresa. - Como conseguiu isso? Você consegiu ver os arquivos do processo? - Ela pergunta mais baixo, sabia que para o parceiro chegar no assassino deveria ter conseguido acesso de alguma forma.
- O Tony me deu uma ajudinha. - Ele riu levemente. - Ele quer confessar.
- Tudo bem. - Erin sorri pra ele. - Vamos levá-lo e pegar seu distintivo de volta.
- Obrigado. - Ele sorri aliviado. Sabia que poderia contar com sua parceira sempre. - Acho que devo mandar uma mensagem pro Tony. - Erin acente, o amigo também havia sido de grande ajuda para aquilo.
Eles se olham por alguns segundos e sorriem, antes de seguir em frente até Phil.
Eles tinham essa forma estranha, mas incrivelmente eficiente de levar a parceria. Poderiam confiar plenamente um no outro. Poderiam implicar num minuto e no minuto seguinte entender quando seu parceiro precisava de ajuda. Eles simplesmente funcionavam bem juntos.
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MOMENTOS LINSTEAD
FanfictionMomentos Linstead se trata de uam série de capítulos sobre momentos que fomos privados de ver. As histórias são de capítulos únicos que se passam, supostamente, durante as temporadas de Chicago PD (principalmente até a 4temp). Pequenos enredos da v...