We are one - Kyōjurō Rengoku

03

Acordei pela manhã, vesti minhas roupas de treino e saí para correr. Depois de fazer o meu circuito voltei para casa e tomei um bom banho, já eram 07:00 da manhã, então fui até o quarto de Yuna que aparentemente ainda dormia.

Bati na porta algumas vezes e Yuna abriu a porta vestida com um lindo vestido florido e com o cabelo amarrado com um laço de cetim, ela estava adorável.

— Bom dia, Yuna, você está adorável.— Sorri dando passagem para que ela passasse por mim.

— Bom dia, Rengoku-san, você também está muito bonito hoje.— Ela sorriu.

— Vou precisar de você no trabalho hoje, teria problema?

— Nenhum, o que for preciso, estou aqui para ajudar.— Ela sorria tomando café.— Eu estou feliz, é a primeira vez em meses que durmo em uma cama muito confortável, obrigada por tudo o que está fazendo.

— É o meu trabalho, agora vamos.— Eu me levantei, saindo de casa e pegando o elevador com Yuna até a garagem.

— Nossa, você tem uma Kawasaki Ninja, ela é absurdamente linda.— Ela admirava a moto.

— Gosta de motos?

— Sim e muito!— Ela entrou no carro e eu comecei a dirigir.

— Então, eu queria te propor a fazer um curso na faculdade.— Eu falava sem olhar para ela.— O que você mais gostaria de ser quando era mais nova?

— Professora.

— Sério? Nossa, e olha que eu sinto que isso combina com você.

— E combina, eu sou graduada em pedagogia.— Ela falava leve, mas sabia que escondia algo.— Meu pai me ajudava a fugir para ir para a faculdade, ele pelo menos viu eu me formar.

— Sua mãe não deixava?

— Não, ela queria que as filhas dela fossem da elite, que a gente fizesse a guarda dela... Mas em relação a armas e luta, eu era a pior.

— Sério? Você parece ter um bom condicionamento físico.

— Sem querer me gabar, mas eu tenho, eu treinava todos os dias, sem falta.... Se não, eu era punida. Mas enfim, águas passadas, vamos pega-la não é mesmo?

— Vamos.— Eu sorri e estacionei o carro.

Descemos e eu bati o ponto, cumprimentamos todos e fomos direto para a sala de interrogatório, peguei os papéis necessários e as pastas levando tudo para a sala, entrei e Sanemi e Yuna já estavam conversando.

Abri as pastas e outros papéis espalhando na mesa, olhei para os dois e suspirei pesadamente.

— Vamos começar?— Peguei alguns papéis e comecei a ler.

Minutos depois...

— Eu achava que cê era marrenta daquele jeitinho seu de sempre.— Sanemi comentou com Yuna e eu apenas continuei a escutar, enquanto eu fingia ler.

— Você conheceu meu lado que estava na defensiva, eu sou uma dama, okay?!

— Então vai deixar eu conhecer esse seu lado mais vulnerável?

Como o Shinazugawa consegue ser tão malicioso?

— Talvez...

— Talvez??

Coçei a garganta e mostrei uma foto de uma casa para os dois. Aquela conversa não me cheirava bem.

— Você reconhece, Yuna?— Perguntei apontando.