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— Sei lá, mas eu sei que tem algum parente dela morando lá, o papai sempre disse que minha vó era viva, pode ser para ela.

— Entendi, bom, vou levar isso para o Genya, tenho certeza que ele vai conseguir achar as informações que precisamos.

O dia passou rápido. Saímos mais cedo do trabalho, Rengoku me levou a uma loja de vestidos para festas e informou que eu era a madrinha de um casamento e também que a cor tema seria em tons de rosa, incluindo o vermelho nisso tudo.

A moça me trouxe vários vestidos e Kyōjurō ficou sentado na frente do provador em um banco acolchoado, cada vestido que eu vestia ele achava feio.

— Qualé, Kyōjurō?!!!— Me virei para ele com um vestido vermelho sem alça.— Você não gosta de nenhum.

— Nenhum fica bom em você, você só está vestindo coisas que não valorizam seu corpo.— Ele se levantou vindo até mim.

— Mas que papo de boio....

— Shi!!— Ele fez no meu ouvido, enquanto segurava minha cintura.— Seu corpo é lindo.— Ele apertou minha cintura levando suas mãos até as minhas coxas.— Suas coxas são grossas, e seu colo, é belíssimo! Ele evidencia sua clavícula.— Ele passou delicadamente os dedos por meu braço.— Vista outro, pegue outro vermelho e vamos ver como fica.

Eu saí da frente do espelho sem dizer nada, entrei no provador novamente e vesti um vestido vermelho escuro com um decote reto e alças extremamente finas, ele era colado na cintura e em minha coxa esquerda ele abria uma fenda bem cavada, segurei a parte da frente dos meus seios pois não estava conseguindo fechar atrás.

— Deixa que eu fecho para você.— Ele falou e caminhamos para frente do espelho e assim que ele fechou o vestido ficou perfeito, completamente perfeito.— Viu só? Está disso que você precisava, vamos comprar um sapato que vá combinar.— Ele colocou o queixo no meu ombro e virou o rosto falando perto do meu ouvido.— Com sua permissão?

— Permissão concedida?!— Eu disse confusa.

— Você está deliciosa com esse vestido.— Ele saiu do meu ombro dando uma piscadela e indo falar com uma das atendentes.

Eu fiquei o puro suco da vergonha e entrei novamente no provador vestindo minha roupa.
Qualé Yuna?!!! Você vive soltando cantada em cima dele, aí ele corresponde ao você fica tímida? Toma vergonha na sua cara!

Eu ri sozinha dos meus pensamentos, sai e fui ao encontro dele, ele saiu com o meu vestido e com o terno dele. Colocamos na parte de trás do carro e fomos voltando para casa, chegando em casa cada um levou sua vestimenta para o quarto.

— Yuna, você acha que o terno ficou bom?— Ele entrou no meu quarto com o terno e um nó terrível de gravata.

— Você tá ótimo, tirando o nó de gravata que tá todo embolado.— Eu ri.

— Eu não sei fazer, normalmente é a Nezuko que faz para mim.

— Vem cá.— Ele veio até minha e eu coloquei seu queixo para cima e puxei a sua gravata.— Olha, você pega essa parte maior e dá três voltas e...— Ele segurou minha cintura com as duas mãos enquanto olhava eu fazer o nó.— Voalá!! Perfeito.

— É assim mesmo? Tão fácil.— Ele sorriu.— Obrigado Yuna.— Ele aproximou nossos corpos e se aproximou do meu rosto.— Você é muito talentosa.— Ele olhou para minha boca e se afastou para sair do quarto.

— Sério isso?

— Eu acabei de entrar no jogo.— Ele piscou para mim e riu saindo do quarto.

Eu revirei os olhos e ri da situação que eu havia me metido, andei até o banheiro e tomei um banho relaxante, sai passando creme por todo o meu corpo, troquei de roupa para um blusão e me sentei na cadeira da minha escrivaninha, abri meu notebook e dei de cara com uma mensagem de Genya com as informações dos dados bancários e até endereços da pessoa que retirava esse dinheiro.

— Você é demais, Genya.

Continuei mexendo e encontrei algo interessante, minha avó materna e minha avó paterna moravam juntas e elas faziam a retirada desse dinheiro para uso próprio, mas isso me deixava encucada, ela sempre odiou minhas avós, porque caralhos ela estaria mandando dinheiro para elas?!

Anotei algumas informações no caderno, será que deveríamos ir para Miami? Ula la, iria ser perfeito, aquelas praias perfeitas e tudo mais, pegar um solzinho para eu não ficar transparente.

— Yuna!! Vem comer!!— Escutei Nezuko gritar.

Me levantei e fui correndo até a cozinha, me sentei a mesa com todos e começamos a jantar, depois da janta Nezuko e Tanjiro foram para a sala assistir TV.

— Será que o Gyomei dá passagem livre para a gente ir em Miami investigar umas coisinhas e aproveitar outras.— Eu sorri.

— Já quer sair de férias?— Ele perguntou me entregando os pratos para que eu fosse enxugando.

— Não é isso, é para investigar mesmo, veja, as contas são das minhas avós, mas a minha mãe as odiava mais do que tudo, meu pai não podia falar o nome delas.— Eu enxugava e guardava os pratos.

— Vamos conversar com ele amanhã, mas não esquece que amanhã é dia do jantar de ensaio da Mit e do Obanai.

— Como eu vou esquecer de algo que você nem me avisou???— Falei num tom de indignação.

— "Como eu vou esquecer.... Mimimi"— Ele riu.— O convite continua em cima do balcão.

— Eu esqueci cacete!!!

— Como vai esquecer de algo que não leu?

— Aí, aí, me erra.

— Vai dormir vai, eu termino aqui.— Ele me deu um beijo na testa.— Boa noite gatinha.

— Hm? ... Boa noite.— Eu sai da cozinha com a cara mais vermelha do mundo.

...........

Terminei de lavar os pratos e passei na sala para falar com os meus filhos que ainda assistiam televisão.

— Seguinte, não quero essa tv ligada depois das 00:00, okay?

— Sim senhor.— Tanjiro falou mexendo no celular.

— Boa noite, pai.— Nezuko me abraçou e eu baguncei o cabelo de Tanjiro.

— Boa noite, durmam bem.

Voltei para o meu quarto, fiz todas as minhas higienes e me deitei para dormir, fiquei pensando em como eu deixava a Yuna desconcertada e como tudo isso era divertido, sorri imaginando como ia ser divertido daqui para a frente.

Fechei os olhos e esperei o sono vir.

...........

Aqui está meus amores!! Mais um aí para vocês, os surtos vem? E calma que vai vir muito mais.

Beijinhos e byebye ♥️ ♥️

We are one - Kyōjurō RengokuOnde histórias criam vida. Descubra agora