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— Bom dia, Nezuko, como está se sentindo hoje?— Falei indo até sua cama com um chá e biscoitos.

— Eu tô bem, Yuna.— Ela tentou se sentar devagar.— E você? Você tá bem? Eu soube o que o papai fez ontem, mas ele não fez por que ele quis...

— Nezuko, tá tudo bem, ele está certo quando diz que sou apenas uma hóspede aqui. Eu não posso ficar tomando decisões que ele como seu responsável deveria tomar.— Eu sorri colocando uma mecha de cabelo dela atrás da orelha.— Não se preocupe ou se esforce demais, eu estou saindo, okay?

Deixei o apartamento e fui para a delegacia, fui até a sala de interrogatório e comecei a organizar as pilhas de papel, estava concentrada quando um policial que parentava ter a minha idade entrou, ele tinha uma cicatriz no rosto assim como o Shinazugawa.

— Olá, bom dia, posso te ajudar em algo?— Falei o cumprimentando.

— Não, tudo bem, eu só vim entregar os papéis do legista que o meu irmão pediu, ele disse para entregar a Yune.

— Sou eu mesma, obrigada.....?

— Genya Shinazugawa, muito prazer.— Ele apertou minha mão.

— Você é irmão do Sanemi? Nossa, são muito parecidos.

— Obrigado.— Ele sorriu.— Bem, eu estou indo para uma ocorrência, foi um prazer te conhecer.

— Te digo o mesmo.— Falei e ele saiu da sala apressado.

Abri os papéis do legista e constava que os corpos haviam ingerido uma grande quantidade de gasolina antes de morrerem, provavelmente eles sofreram muito antes de morrer.

— Já disse que não vai rolar de voltar, Hana!!— Joguei os papéis na mesa.— Ora, mas que inferno, o que ela acha que eu vou fazer?

— Talvez entregar a sua mãe para a polícia investiga-la e prende-la por todos os crimes que ela cometeu?— Rengoku entrou na sala com dois cafés.— Sei que gosta de espresso por isso te pedi um.

— Obrigada.— Falei um tanto quanto seca.

O clima logo ficou tenso, ele se sentou de um lado da mesa e eu me sentei do outro, ficamos em silêncio trabalhando quando o rádio dele tocou.

Caso 267
Repito, caso 267.

Bombardeio na loja de jóias
Rua 369, n° 45
Precisamos de 2 viaturas!!

— Mais que merda....— Eu falei sabendo que aquilo poderia ser coisa da minha mãe.— Vamos, Kyōjurō.— Me levantei indo até a porta.

— Você não vai!

— Ah eu vou sim! Você não manda em mim, agora pega o carro e vamos.— Falei saindo.

Depois de muita birra vinda de Rengoku, chegamos ao local que estava completamente destruído, a sorte é que poucas pessoas foram atingidas, mas se conheço bem a maluca, tinha algo aqui que ela queria fazer com que desaparecesse.

Caminhei até a entrada do local, haviam vidros espalhados por tantos lugares que estava me deixando nervosa.

— Yune, você por aqui? Não achei que viria, você não está na proteção a testemunha?

— Huh? Oi Genya, estou sim, mas quando se trata da minha mãe, o Gyomei me dá passe livre para vir.— Falei andando e Genya me acompanhou.

We are one - Kyōjurō RengokuOnde histórias criam vida. Descubra agora