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Que dia era hoje? Dia 31 de outubro? Não lembro, eu estava ocupada com a mudança de casa e festa de casamento, os dias pareciam correr mais rápido que o normal o que me deixava exausta.

Enquanto eu arrumava as coisas na casa nova, eu também precisava atender os fornecedores do casamento, Nezuko estava na prova de vestibular com Tanjiro e Kanao, Kyōjurō estava de plantão.

Me sentei no chão da sala vendo todas aquelas caixas, peguei o celular e liguei para a Giyu que estava de folga.

Um tempo depois a campainha tocou, levantei e abri a porta dando um abraço apertado em Tomioka.

— Tá bem?

— Estou, só preciso de ajuda na bagunça.

Ele riu e começou a me ajudar, ficamos organizando as coisas enquanto estávamos conversando sobre a vida.

— Yuna? Você pretende contar a ele?

— Sobre o que?

— Você.— Ele se virou para mim pegando mais pratos de porcelana para guardar no armário.— Yuna, Rengoku sempre quis ser pai.

— ... E-eu, eu ainda não falei com ele sobre isso.—  me sentei em uma cadeira passando a mão sobre a barriga.— Estou com medo de contar.

— Porque? O Rengoku é a pessoa mais compreensiva do mundo.— Ele se sentou na minha frente apoiando as mãos nos meus joelhos e me encarando.— Não foi culpa sua, nunca vai ser. Sua mãe era uma inútil perturbada e ele precisa saber.

— Saber de que?— Olhamos para a porta da cozinha e vimos que Rengoku estava parado de uniforme na porta.

— Bom, eu já ajudei o bastante e eu tenho terapia as 15:00, então, estou indo.— Ele me abraçou e cumprimentou Rengoku e o abraçou também.

Ouvimos a porta bater e meu noivo se sentou a minha frente.

— E então?— Ele me olhava sério.

— Você quer ser pai?

— Que?— Sua expressão mudou para completa surpresa.— Nossa, essa pergunta do nada.

— Quer ou não?

— Bom, eu sempre quis ter um mini rengokinho.— Ele deu o seu belo sorriso me fazendo rir.— Mas quem decide é você, amor. Você que vai passar 9 meses com o bebê na barriga e depois vai parir ele, eu acredito que sua opinião seja suprema nesse assunto.

— Querido, é o seguinte....— Respirei fundo e segurei as mãos dele.— D-devido a uma atrocidade vinda por parte da minha mãe, eu tenho uma dificuldade enorme em ter filhos, se eu engravidasse eu provavelmente entraria em uma gestação de risco.

— Yuna...— Ele segurou meu rosto dando um beijo quente na minha testa.— Amor, sua vida é mais importante que qualquer coisa, eu irei colocá-la em risco por nada nesse mundo.

Eu concordei, continuamos a conversa até que o dia começasse a se transformar em noite, Rengoku pediu pizzas já que nem havíamos aberto o fogão novo ainda.

Ficamos organizando o restante da casa enquanto esperávamos os nossos filhos e nossa nora.

A porta foi aberta fazendo eu e Rengoku olharmos para os nossos vestibulandos, eu sorri ao ver Tanjiro vindo me abraçar com a maior força do mundo.

— PASSEI!!! — Ele me entregou a sua folha de aprovação.

— Acho que e posso abrir o espumante que está na geladeira, não é???— Eu ri.— E vocês queridas?

— Somos colegas de faculdade.— Nezuko falou abraçando a cunhada.

— Iremos fazer o mesmo curso, senhora.— Kanao as vezes ainda entrava no automático de me chamar de senhora e fazer reverência.

We are one - Kyōjurō RengokuOnde histórias criam vida. Descubra agora