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— Te desculpar? Fale mais.

— Eu fugi achando que poderia recomeçar, começar uma vida com outro nome, uma vida nova, sem pessoas do meu passado.— Ele olhou para a frente, vendo o começo do pôr do sol.

— Sem mim também. Tive que fugir sozinha, você realmente não pensou em mim.

— Eu precisava.

— Não precisava, veja bem.— Eu olhei para ele.— A única coisa que você quis fazer foi se abster da sua responsabilidade de pai que tinha comigo, eu e você éramos um bom time, mas você preferiu seguir para a vitória sozinho, me desculpe, mas esse papo de "Eu precisava recomeçar" eu não estou caindo.— Eu respirei fundo.— Admita, fica mais bonito para você.

— Você está certa, fugir de você era mais fácil do que recomeçar uma vida com você.— Ele falou também me encarando.

— Talvez um dia eu realmente chegue a te desculpar, pai, mas por enquanto...

— Por enquanto não. Eu entendo.

— Ótimo, você e a vovó vão para outro lugar, longe de mim e recomecem, eu vou ficar aqui até pegar ela.

— Acha que vai mesmo conseguir?

— Tenho certeza.— Me levantei e entrei indo ao encontro de Rengoku que estava no sofá mexendo no celular.

Me sentei deitando minha cabeça em seu ombro, ele colocou a mão na minha coxa e fez um leve carinho.

— Vai ficar tudo bem, está bem?!— Ele tentou me confortar.

— Eu estou realmente sozinha, fui traída pelo meu pai, minha irmã e minha mãe me odeiam, parece que eu só tomo no meu cu.— Limpei uma lágrima teimosa.

— Eu não odeio você e muitas pessoas que você conhece agora gostam tanto de você que eu fico com ciúmes.

— Deixa de ser bobo.— Eu sorri me aconchegando nele.

— HORA DO RANGO!!!— Sanemi gritou da cozinha.

Eu e Kyōjurō nos levantamos, fomos para a cozinha e começamos o jantar com todos a mesa, a conversa foi boa, minha vó dormiu cedo na sala juntamente com meu pai. Subi as escadas com Kyōjurō e fomos para o nosso quarto, eu fiquei na varanda do quarto respirando um pouco de ar puro.

Rengoku veio e me abraçou beijando meu pescoço, ficamos ali abraçados em silêncio por um tempo.

— Perdeu a virgindade comigo?

— Que??!— Eu me assustei.— Esse assunto do nada.

— Sua irmã comentou e eu fiquei curioso.— Ele aquele sorriso largo.

— Bom, eu perdi sim, satisfeito.— Falei e senti meu rosto queimando.

— Sim, completamente satisfeito.— Ele começou beijando o meu pescoço.

— Você é muito safado, isso sim, você não era assim quando te conheci.

— Você me deixa assim.— Ele segurou a minha nuca e me beijou.

Era um beijo lento, gostoso, apaixonado... Mesmo comigo negando para mim mesma que eu estou me apaixonado por ele.

— Vamos dormir? Estou cansado, foi muita adrenalina hoje.— Ele me deu leves beijinhos antes de pararmos de beijar.

— Vamos.— Eu sorri.

Depois daquele momento romântico, tomamos um banho juntos e fomos dormir, eu e ele precisávamos descansar.

.........

Acordei pela manhã deixando que Yuna dormisse mais um pouco, levantei e fui diretamente para a cozinha, eu estava apenas de calça e com o cabelo completamente bagunçado¹ abri os armários pegando um remédio para dor de cabeça e coloquei na boca me virando para pegar a água e dando de cara com o pai da Yuna.

We are one - Kyōjurō RengokuOnde histórias criam vida. Descubra agora