𝟏𝟒

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𝐑𝐞𝐧𝐞𝐬𝐦𝐞𝐞

Ainda não tinha caído a ficha: um Volturi estaria na minha casa.

Tentei afastar esse pensamento enquanto escolhia uma roupa confortável, mas apresentável. Queria parecer relaxada, como se essa situação fosse completamente normal. Mas, por dentro, eu estava longe de estar calma.

Enquanto separava algumas partituras, uma batida suave na porta me fez levantar a cabeça.

— Entra — disse, ainda concentrada no que estava fazendo.

Tio Jasper entrou, a expressão tranquila, mas com um olhar observador de quem já sabia que algo estava me incomodando.

— Oi, tio. Precisa de alguma coisa? — perguntei, tentando parecer despreocupada.

— Na verdade, Alice teve uma visão com você. Ou melhor, com você e Alec.

Minhas mãos pararam no meio do movimento.

— O quê? — Franzi a testa, surpresa. — E o que tinha na visão? Foi algo sério?

Jasper se aproximou e sentou-se em um banco perto de mim. Fiz o mesmo, sentindo um leve nó no estômago.

— Ainda está embaçada. Mas Alice acha que há algo importante nessa conexão entre vocês dois.

Engoli em seco.

— E o que isso significa?

Jasper suspirou, pensativo.

— Não sabemos ainda. Mas quero que me diga se sentir algo diferente hoje.

Deixei escapar um riso baixo.

— Isso é meio engraçado, já que você pode sentir minhas emoções — provoquei.

Ele sorriu de canto, concordando.

— Verdade. Mas quero ouvir de você.

Aquele era o jeito do tio Jasper de dizer que se importava. E, de fato, ele sempre respeitou meu espaço e meus sentimentos mais do que qualquer um.

Sorri, me inclinando para abraçá-lo.

— Obrigada, tio.

Nosso momento foi interrompido pelo som de um carro estacionando do lado de fora.

— Parece que o Alec chegou — Jasper murmurou, se afastando.

Respirei fundo e peguei as partituras antes de caminhar até a porta de entrada. Quando abri, Alec estava ali, parado, com um ar ligeiramente desconfortável.

— Bem-vindo à minha mansão — brinquei, tentando aliviar o clima.

Ele arqueou uma sobrancelha.

— Eles já estão prontos para me queimar?

Revirei os olhos, mas acabei rindo.

— Relaxa, ninguém vai arrancar sua cabeça.

Guiei Alec para dentro, já sabendo que todos estariam na sala, prontos para julgá-lo.

Assim que entramos, os olhares se voltaram para ele. O ar ficou mais pesado. Todos estavam sérios.

Ótimo. Super acolhedor.

Antes que alguém pudesse dizer algo cortante, Esme, como sempre, foi a primeira a suavizar o clima.

— Alec, seja bem-vindo à nossa casa. Fique à vontade e não ligue para eles.

Ela se aproximou e o abraçou.

Alec ficou visivelmente surpreso, sem saber se retribuía ou não.

Carlisle sorriu educadamente.

𝑬𝒏𝒆𝒎𝒚 𝒍𝒐𝒗𝒆 - 𝑹𝒆𝒏𝒆𝒔𝒍𝒆𝒄Onde histórias criam vida. Descubra agora