Um escravo muito submisso

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- Eu quero que você se sente nessa almofada no chão e me escute.

Pensei que ele fosse protestar, mas sentou-se sem dizer nada. 

- Olha, eu sei que o ministro está... está cometendo abuso de poder. Mas como você assinou e concordou com todas as cláusulas, eu decidi que não ia perder essa oportunidade. 

Ele não disse nada, mas parecia estar prestando muita atenção. Fazia tempo, muito tempo, que eu queria ser realmente ouvida por alguém que estivesse interessado de verdade no que eu ia dizer. É algo bobo, eu sei, mas me fazia falta. Meus amigos estavam sempre contando as histórias e novidades deles e, quando eu também tentava compartilhar algo meu, parecia que todos ficavam apenas esperando eu calar a boca para continuarem falando deles. 

Talvez eu estivesse errada, carente, exagerada, precisando de terapia, sei lá. Mas já que tinha assinado aquele contrato maluco, iria aproveitar para falar, falar, falar sem ser interrompida. Eu só... só queria ser ouvida.

- Eu tenho bastante interesse em BDSM, Malfoy. Especialmente na dominação feminina. Já li vários livros sobre dominatrix e...

- Claro que leu! - debochou ele. - Mas praticar não praticou, não é mesmo?

Eu não esperava por essa afronta. 

- Não. Ainda não. Mas considero que agora terei essa oportunidade. E sem culpa, já que você assinou o contrato porque quis! - respondi, irritada. Mas abrandei a voz e continuei:

- Mas, Malfoy, eu queria deixar uma coisa muito clara. O que eu acho mais interessante do BDSM é a parte do consentimento e da confiança. Sei que você não confia em mim, muito menos eu confio em você, mas te dou a minha palavra de honra que respeitarei os seus limites como submisso. Você falará a palavra de segurança VERMELHO se quiser que eu pare. E eu pararei na hora, seja lá o que estiver  fazendo. Certo?

- Ok. - ele respondeu.

Eu esperava reclamações, xingamentos, exigências. Malfoy, ao contrário, parecia não ter medo algum de mim e isso me irritou. A minha fama de correta, meiga e doce estava prestes a acabar! 

- Olha, eu sei o que você pensa de mim, Malfoy! Que sou muito boazinha, né? Pois saiba que essa Hermione morreu e a nova é egoísta e... e má!

- Eu já entendi, Granger. Você não precisa se autoafirmar.

- Bom, então a partir de agora eu vou te chamar de Pet, certo? E você vai começar pegando essa vassoura, esse rodo, esse balde. Vai lavar o meu banheiro e preparar um banho de banheira para mim.  Com sais e espumas! A-go-ra!

Em vez de reclamar e xingar, como eu esperava, ele se levantou, pegou os objetos e foi para o banheiro.

- Sim, senhora. - ele respondeu sem nenhum sarcasmo. Senti um arrepio de medo. Eu estava com a minha varinha e ele era um homem desarmado e proibido de usar magia sob pena de ganhar queimaduras horríveis e dolorosas, mas mesmo assim me senti desprotegida e fiquei com raiva da minha covardia. Nunca tive medo desse idiota e não era agora que começaria a ter!

Enquanto ele limpava o banheiro, abri minhas malas e tirei alguns mimos de lá: chicotes, vendas, cordas, algemas, máscaras. Fiquei empolgada, arrumando tudo. Era a primeira vez que teria a oportunidade de usar. 

- Seu banho está pronto, madame! - quase morri de susto quando ele entrou no quarto. 

- Pet, você vai me chamar de senhora! Se-nho-ra! Entendeu? E só vai entrar no meu quarto quando eu mandar!

- Mil perdões, senhora! - ele respondeu olhando com curiosidade para a algema. 

- Espera aqui até eu entrar na banheira. Depois, eu vou te chamar. 

Ele me olhou fascinado.

- Vai me deixar assistir ao seu banho, se-nho-ra? - perguntou com sarcasmo.

Respirei fundo. Eu encarava a experiência que teria com Malfoy como um aprendizado. Quando saísse dali, iria em busca de submissos de verdade. Ele estava ali forçado, mas eu poderia tentar praticar algumas técnicas.

Tirei toda a minha roupa e mergulhei na banheira. Fiz um feitiço para que a espuma ficasse bem alta, cobrindo os meus seios e só deixando o meu rosto de fora. 

- Pet, pode entrar. Eu quero que você fique completamente nu e entre aqui na banheira comigo. Se for demais pra você, é só dizer VERMELHO e eu te libero pra sair, ok?

Ele riu e, sem qualquer vergonha, tirou toda a roupa. Eu quase me afoguei de susto quando vi o tamanho do pau dele. Era muito maior do que todos que eu já tinha visto e, ainda por cima, estava duro. Eu não esperava que ele se excitasse tão rapidamente. 

- Entra aqui, Pet. - chamei, com voz trêmula. Mas fica em pé. 

Ele obedeceu sem reclamar. 

- Agora - eu disse, tomando coragem. - Vou usar você com a minha boca. Você não vai poder me tocar. - expliquei, fazendo um rápido feitiço com a varinha para amarrar as mãos dele para trás. Com certeza não era o que o ministro esperava de mim, mas eu não queria ser a menininha obediente mais! 

Eu me ajoelhei, absolutamente encantada pela beleza dele. Parecia um deus grego de pau grande. 

- Qualquer desconforto que você tiver é só falar a sua palavra de segurança e eu paro na hora, entendeu, Pet? 

- Entendi, sim, senhora. 

Ele estava sendo um bom escravo. Não reclamava de nada. Estávamos tendo um bom primeiro dia. 

Eu me ajoelhei na banheira, segurei firme nas pernas dele e comecei a chupar.

No começo, lambi bem devagar. Depois comecei a sugar todo o pau para dentro da minha boca, olhando o tempo todo dentro dos olhos dele em busca de algum tipo de desconforto. Eu me sentia muito incomodada com a sensação de não ter consentimento o suficiente. 

Mas ele parecia estar sentindo muito prazer. Continuei. O livro dizia que era importante haver uma mistura de dor e prazer do submisso.

Continuei sugando o pau dele com força, empurrando o máximo possível para dentro da garganta. Não coube inteiro, o que me deixou fascinada. Continuei chupando por muito tempo até os gemidos dele se intensificarem e ele gozar, aos gritos, na minha boca. Engoli tudo. Depois, me deitei na banheira e fiquei relaxando na água morna enquanto ele continuava amarrado. 

Lentamente, toquei meus dedos no clitóris e comecei a massagear, olhando dentro dos olhos dele. Eu nunca tinha me masturbado na frente de ninguém, então achei aquela cena muito erótica.

Esfreguei cada vez mais forte. Fechei os olhos e continuei o trabalho com os dedos, sem pressa nenhuma, até as ondas de orgasmo tomarem conta de mim, me fazendo gritar e sacudir todo o meu corpo. 

Quando abri os olhos, ele estava duro de novo. 

Um escravo sexual para chamar de meuOnde histórias criam vida. Descubra agora