[CONCLUÍDA] PARK JIMIN, um Alfa Lúpus puro, simples e rústico, vive pacificamente em sua cabana situada no coração da floresta de Taiga, um bioma de climas frios também conhecido como "floresta boreal", localizada perto da zona Polar Ártica no hemis...
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Acordo, observando ao redor até meus olhos encontrarem a luz que entra pela fresta da janela semiaberta, percebendo que dormi a tarde toda. Essa tem sido minha rotina a muito tempo: Dormir e sobreviver neste lugar abandonado pelo tempo.
É o que faço há dez anos, desde que meus pais partiram de forma inesperada. Abro completamente a janela e contemplo a paisagem branca e gélida, enquanto o céu lentamente revela os primeiros sinais do crepúsculo.
Preciso coletar mais lenha, pois o estoque está acabando. Esse inverno está sendo mais severo que os anteriores, com ventos fortes e uma espessa camada de neve cobrindo tudo, indicando que esse será um dos piores. De fato, nunca enfrentei um inverno tão intenso.
Continuo intrigado com o poder que emana de mim, semelhante ao inverno, ao gelo e ao frio, mas que não me afeta diretamente. Não sinto o frio do meu próprio poder, mas consigo sentir o frio do inverno.
Curioso, não é? Um tipo de magia que aparenta ser fria, queima como gelo, mas não é gelo.
Levanto-me relutantemente, visto um manto preto feito de retalhos que encontrei entre os pertences antigos dos meus pais para me aquecer e saio com um machado em mãos. Sigo o caminho de sempre, quase oculto pela neve com Sergey me guiando até um pinheiro que, apesar de não ser grande, é fácil de derrubar.
Corto-o em pedaços pequenos para levar ao meu galpão, que construí anos atrás, onde guardo minhas ferramentas e estoco lenha.
Quando fui deixado sozinho, não sabia fazer nada. Não cozinhava, não caçava e nem sabia manusear as poucas ferramentas que meu pai havia deixado. Foi Sergey quem me ensinou a maioria das coisas, usando o instinto para me guiar na direção certa ao longo desta vida medíocre.
Eu preciso correr, Jimin! Já se passou quase uma semana que você não me liberta! Estou com saudades do vento, da neve tocando meu pelo e da terra úmida sob minhas patas.
— Você sabe que não pode ficar livre, há caçadores por perto. Essa mancha azul na sua cara é um alvo - falo em voz alta.
Eu posso lidar com qualquer um que ameace nossas vidas. Sou um Alfa Lúpus, afinal!
— Um alfa lúpus não é páreo para uma espingarda de calibre 36.
Está disposto a testar?
— Não, obrigado.
Acredito que Sergey foi a única razão pela qual ainda preservo minha sanidade e bom senso. Viver sozinho de forma tão monótona é algo que pode levar qualquer um à loucura. É entediante.
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Estava na quarta viagem entre os restos do pinheiro que cortei e minha cabana, quando percebo que já havia terminado de carregar todas as toras de madeira. Entro em casa e me dou o prazer de preparar um chocolate quente que comprei na cidade com o dinheiro das peles dos animais que cacei.