[CONCLUÍDA] PARK JIMIN, um Alfa Lúpus puro, simples e rústico, vive pacificamente em sua cabana situada no coração da floresta de Taiga, um bioma de climas frios também conhecido como "floresta boreal", localizada perto da zona Polar Ártica no hemis...
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❄️
Eu ouvi...
Ouvi tudo...
Ainda na noite da tempestade, eu vi Jimin se encolher até parecer um garoto pequeno e frágil. O medo que exalava dele era quase palpável; ele tremia, com seu coração batendo tão forte e acelerado que eu conseguia ouvir à distância. Eu tive que fazer algo para ajudar, não sei, aliviar o medo que ele estava sentindo.
Um alfa lúpus com medo de tempestade é realmente algo muito vergonhoso.
Não fale assim, Tiny. O medo é algo normal.
Nós somos ômegas, é natural sermos mais fracos e medrosos, não podemos dizer o mesmo de alfas.
Mesmo assim.
Depois que eu o abracei, consegui sentir seu corpo relaxar aos poucos até adormecer, se entregando ao sono. Eu adormeci logo em seguida, aproveitando pela primeira vez o calor compartilhado de outro corpo ao dormir.
Eu vivi toda a minha vida preso em um quarto, sem companhia. Nunca fui abraçado ou, de certa forma, permitido viver. Nunca tive permissão para absolutamente nada, nunca fui de fato uma pessoa livre.
E confesso... nunca dormi tão bem como naquela noite, abraçado a Jimin, enquanto ele ressonava baixinho contra o meu peito. Sua respiração quente batia em minha pele, arrepiando-me por inteiro.
Kookie, só... tome cuidado.
Com o quê?
Com seus sentimentos, só tenha cuidado.
Mas minha cabeça só pensava nele, sentindo a maciez de seus cabelos brancos entre meus dedos, seu corpo grande sendo acolhido pelo meu, sua pele quente mas, ao mesmo tempo, febril e trêmula...
Eu gostei tanto, Tiny...
Eu sei, eu senti.
Horas depois, acordei com ele se remexendo e saindo de perto de mim no meio da madrugada, saindo do quarto a passos pequenos e silenciosos, como se estivesse fugindo de mim. Levantei e abri a porta para ver para onde ele iria, vendo-o se sentar no sofá. Logo depois, o alfa apareceu.
E eu ouvi tudo.
Desde o começo, nunca foi sobre mim. Os toques, a forma rude com que ele sempre me tratava ou quando dizia para eu não sujar nada... nunca foi sobre mim.
Ele não fazia de propósito; era somente sua mente reagindo. E eu sei que pode parecer muito errado, mas eu gostei de saber disso, gostei de saber que ele não sentia de fato nojo de mim. Fiquei feliz, pela primeira vez eu realmente me senti feliz. Uma sensação quente forrou meu estômago, me deixando tão eufórico que eu não conseguia ficar parado.