CAPITULO 3 ❄️

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Água...

Muita água...

Ela invade meus pulmões, sufocando-me como uma besta aquática colossal, tentando me devorar. Luto para alcançar a superfície, mas todo o esforço é inútil, e continuo a afundar.

Sou puxado para o fundo, arrastado de volta a ela. A Sandra.

Tento nadar em sua direção, mas algo me impede novamente, empurrando-me para longe. Meus braços queimam, e sinto meu cérebro lutando contra a ausência de oxigênio.

Um grito escapa da minha garganta, rasgando o silêncio, e eu acordo

Minhas mãos se fecham ao redor do meu pescoço, procurando desesperadamente por ar, como se meu corpo ainda estivesse preso naquele pesadelo. Tento respirar, mas o ar não vem. Então, algo obscurece minha visão - olhos grandes e assustados.

— A-Alfa! R-respira! - A voz trêmula o acompanha, enquanto ele toca meu rosto. O contato é desconfortável, mas a sensação é forte o suficiente para que meu cérebro finalmente reinicie, e as funções básicas, como respirar, voltem.

Meu peito queima quando o primeiro sopro de ar entra pela boca, expandindo meus pulmões com dificuldade.

Demoro mais que das outras vezes para recuperar o ritmo normal da respiração.

— Alfa... - Ele murmura, e finalmente percebo o que está ao meu redor, especialmente o ômega indigente em minha casa.

O pior de tudo é a forma como o encontro: montado sobre mim, curvado, desesperado. Seu olhar de filhote assustado me paralisa. É o mesmo olhar dela antes de cair no lago, quando o gelo começou a rachar. O mesmo desespero. A mesma angústia.

Eu lembro exatamente das palavras que disse para acalmá-la: "Tudo bem, Sandy! Vai ficar tudo bem, não tenha medo."

Seus olhos tinham um profundo tom de azul, que foi se transformando em quase branco, como se a mesma magia que corre em mim fluísse nela. Mas naquela época, não sabíamos da existência disso em nosso DNA.

— Está tudo bem, ômega. - murmuro, ousando tocar seu rosto, parcialmente oculto pelos cabelos longos e negros.

Acho que enxergar Sandra em seus olhos me fez... me importar o suficiente para tentar acalmá-lo.

— Já passou, eu estou bem. - Passo meus braços em torno de seu corpo e o puxo para mim, oferecendo o abraço que eu gostaria de ter dado a ela.

Ele deita sobre meu peito, ofegante. Não sei o que me deu, mas eu queria tanto... tanto tê-la de volta, que não medi a força. Meus braços apertaram-no com tanta intensidade que ouço um grito esganiçado, e logo sinto um líquido quente escorrer pelo meu abdômen.

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