CAPITULO 10 ❄️

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— Jimin! O a-alfa nos chamou para almoçar!

Ouço a voz dele do outro lado da porta do banheiro, me chamando. Eu até tentei me concentrar no banho, mas nem isso consegui. Por que, raios, eu disse aquelas coisas?! Ele deve ter percebido o quanto fiquei desesperado.

Percebeu mesmo.

Você não está ajudando!

Mais cedo, enquanto eu e o alfa treinávamos, eu estava tão focado em rebater as bolas de neve, tentando suprimir o incômodo que sentia no peito depois de ver como o ômega ficou. Mas estava com raiva demais, minha mente um caos depois de descobrir que talvez meus pais não fossem realmente meus pais. Nem notei que o ômega já não estava mais sentado no mesmo lugar.

Ele tinha sumido, e tudo que eu conseguia pensar era na besteira que eu tinha feito.

Concluí que... me apeguei a ele. Não exatamente a ele, mas à certeza de que eu já não estava mais tão só. Ter alguém dependendo de mim me dava uma sensação de utilidade, como se minha vida não fosse tão monótona como antes.

Meu peito subia e descia em desespero enquanto eu tentava segui-lo pelo cheiro. Na minha cabeça, ele tinha sido capturado pelos homens de quem fugia e levado sabe-se lá para onde. Era a mesma angústia que senti quando vi Sandra caindo naquele rio congelado, quando corri até nossos pais em busca de uma ajuda que nunca chegou.

Minha mente me leva de volta àquela lembrança. Perder minha irmã doeu como uma brasa ardendo no peito, mas o que doeu ainda mais foi ouvir meu pai e minha mãe dizendo que eu tinha deixado minha irmã morrer.

Eles disseram que foi culpa minha.

Depois disso, eles me trataram como uma aberração, até que, alguns anos depois, me abandonaram sozinho naquela cabana. Eu nunca acreditei nisso. Nunca acreditei que matei minha própria irmã. Sergey sempre me dizia que tudo o que eles falavam era mentira.

O ômega ainda está atrás da porta do banheiro, esperando por uma resposta minha, mas as palavras se perderam na minha boca junto com a minha consciência, mergulhada nos pensamentos.

Eu só queria que as coisas tivessem sido diferentes...

— A-Alfa? - ele chama novamente.

Sem receber resposta, ele começa a bater na porta, chamando pelo meu nome.

Vamos, você não precisa se esconder dele!

E se algo tivesse acontecido com ele, Sergey? Dessa vez seria inteiramente minha culpa.

Você pode ser muito impulsivo e teimoso às vezes, mas não pode se responsabilizar pela vida dos outros.

Mas-

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