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Victor Miller — Ponto de vistaLondres, Reino Unido

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Victor MillerPonto de vista
Londres, Reino Unido

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Bárbara mantinha aquele olhar debochado sobre mim enquanto meus movimentos apressados estavam focados em organizar os mínimos detalhes do apartamento. Seu corpo coberto por uma calça de moletom e uma blusa de manga comprida tinha uma linda protuberância na região da barriga, onde suas mãos estavam pousadas.

Depois de termos entrado na vigésima primeira semana — ou quinto mês — e o Dr. Nelson disse que o bebê já deveria estar se movendo mais, de forma que pudéssemos sentir, a morena estava ligeiramente neurótica. Sempre que a olhava, flagrava seus dedos finos sobre o próprio ventre, temendo perder qualquer chute de nosso filho.

Ajeitei as almofadas no sofá outra vez, colocando-as de forma organizada no estofado e provocando um semblante irritado na grávida sentada ali.

— Céus, Victor, são os meus pais, não a rainha da Inglaterra! — exclamou, girando as orbes castanhas em desdém.

Abri a boca em indignação, resistindo à vontade de jogar a almofada na cara da garota.

— Eu não quero que eles tenham motivos para continuarem me chamando de "O Cretino" — respondi, fazendo aspas com a mão que estava livre. — Preciso mostrar que sou bom para você.

Suavizando a expressão, Bárbara puxou a almofada que eu segurava lentamente e colocou ao seu lado, voltando o toque para os meus dedos, em busca de induzir-me a sentar ali. Baldwin nunca verbalizava quando queria que eu estivesse próximo, então era precisa a minha leitura de seus movimentos.

Durante várias vezes naquele curto espaço de tempo — que mais pareciam séculos — em que tínhamos Zayn em nossas vidas, peguei-me pensando se ele conseguia compreendê-la como eu. Os dois viviam almoçando juntos e assistindo filmes desde a noite da boate, três semanas atrás, e eu não podia deixar de me incomodar com a proximidade e similaridade que eles cultivavam. Se não fossem pelos beijos e palavras indecentes sussurradas, diria que são irmãos — apenas pelo modo nada sútil com que suas personalidades se pareciam.

— Escute bem, pois só vou dizer uma vez, gênio — Bárbara anunciou calmamente quando me acomodei no sofá. — Você não precisa provar nada para os meus pais. Ou para ninguém. Eu e o bebê sabemos o quanto tem feito por nós e isso é tudo que importa.

Minha cabeça tombou para o lado automaticamente, mostrando minha intriga pela declaração espontânea da garota. Notando, ela esboçou um sorriso sem graça e soltou minhas mãos, voltando a encarar a televisão.

— Não fique se achando também — resmungou. — Só quero que pare de ficar arrumando a casa.

— Eu nem falei nada! — protestei, boquiaberto.
— Mas seu ego é muito inflado — ela rebateu, fitando-me apenas para provocar com o olhar. — Os dos homens sempre são.

De repente paisOnde histórias criam vida. Descubra agora