09

401 57 120
                                    

Bárbara Baldwin — Ponto de vistaLondres, Reino unido

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Bárbara BaldwinPonto de vista
Londres, Reino unido

+30 comentários para desbloquearem o
próximo capítulo (emojis não valem, nem números, pontos
ou comentários repetidos, também não se esqueça de
votar no capítulo)

Maldito seja Victor aka Imbecil Augusto Miller.

Francamente, se em algum momento eu pedi que esse idiota viesse morar comigo, não me lembro. Óbvio que isso se dá ao fato de que, realmente, a comunhão de lar foi vontade do próprio. Eu apenas abri a porta da minha casa e permiti que esse projeto de Mick Jagger vivesse no quarto ao lado.

E então, quando tenho um dia difícil e fico um pouquinho rabugenta, o cara vai para o bar procurar uma garota que o tranquilizasse com sexo. E o pior de tudo nem foi o fato de eu ter pegado os dois no flagra, já que eu genuinamente não dou a mínima para onde Victor mete o seu amiguinho.

O pior é que ela era morena pintada. Que falta de respeito com a mãe verdadeiramente morena do filho dele!

Porém, a única coisa que me preocupava no momento não era o sexo arruinado de Victor e, muito menos, o quanto que ele deveria estar bebendo enquanto eu me afastava. Na verdade, por incrível que pareça, meu coração se apertou justamente quando a hipótese de Miller ir embora passeou por minha mente agitada.

Eu sabia muito bem que podia me virar sozinha. E caso não conseguisse, Pietro e Seb estariam logo ao lado para me ajudar. Mas não importava o quanto eu me empenhasse para que aquela ideia tranquilizasse minha ansiedade, a aflição não me abandonava. Talvez, enfim, meu melhor amigo tivesse razão quando disse que, no fundo, eu realmente queria Victor por

perto. Talvez, mas só talvez, eu não me virasse tão bem sem ele. Talvez eu sofresse caso ele resolvesse ir embora.

Porque, se não for por isso, qual a maldita razão pela qual saí de minha casa para vir atrás do topetudo nesse inferno barulhento?

Fui levada por essa sensação estranha de inquietação e arrependimento que deixei a boate pela porta dos fundos. Precisava urgentemente arejar a cabeça, mas hesitei ao ver que ali não havia nada além de um beco escuro, pois nos filmes que assisto esses são os lugares em que ocorrem estupros e assassinatos. E, bom, eu não queria nenhuma dessas coisas.
Ignorando esse medo e confiando em meus instintos de que estava tudo bem, encostei-me na parede contrária à porta de onde tinha saído e respirei fundo três vezes, soltando o ar pela boca. Precisava estar calma para o caso de ter que colocar em prática minhas aulas de defesa pessoal.
Aquele turbilhão de emoções — tanto o estresse do dia anterior no trabalho até o instante em que me encontrava — era novidade para mim. Nunca fui do tipo sentimental, e raramente me envolvia com algo que não fossem meus alunos. Tanto que tive apenas um namorado durante a vida toda e ele bastou para que eu não quisesse viver nada parecido novamente.

De repente paisOnde histórias criam vida. Descubra agora