26: beco

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S/n segurava o copo de saquê em suas mãos, prestes a levá-lo aos lábios, quando sentiu algo tocando sua perna. Ela abaixou o olhar, surpresa, e viu o pé de Madara cutucando-a levemente.

Seus olhos se encontraram e, naquele momento, ela sentiu uma tensão elétrica preencher o ambiente. O olhar dele era intenso, seus olhos escuros parecendo penetrar em sua alma. Era como se ele a estivesse advertindo, dizendo silenciosamente "não beba demais".

S/n ignorou o sutil pedido de Madara e levou o copo de saquê aos lábios, virando-o de uma só vez. A bebida ardente queimou sua garganta, mas ela não se importou, determinada a afogar suas dúvidas e preocupações.

Nesse momento, Hashirama se levantou, chamando a atenção de todos.

Hashirama:Tenho um comunicado a fazer. -  ele disse, sua voz firme e solene. - A biju já foi selada em S/n, a operação foi um sucesso.

Ele mentiu, para encobrir o segredo de s/n, aquela era a melhor oportunidade.

A notícia deixou todos os presentes em silêncio por alguns instantes. Madara, então, se manifestou.

Madara: Quando foi isso? - ele questionou, claramente não satisfeito com a informação.

Hashirama: Enquanto vocês estavam em missão. - Hashirama respondeu, seu tom calmo, mas deixando transparecer uma ponta de autoridade.

S/n, sentindo-se de repente mais leve, pegou outro copo de saquê e o virou, ignorando completamente o olhar de Madara sobre ela. A bebida queimou novamente, mas ela não se importava.

Madara a observou com uma expressão de desaprovação, seus olhos escuros faiscando com uma emoção que S/n não conseguia definir.

Madara; Ei, vai com calma. - ele disse, sua voz grave. - Isso não é água, é álcool. Você não deveria beber assim.

Sua voz soava estranhamente preocupada, quase paternal, o que surpreendeu S/n. Ela parou por um momento, encarando-o com um misto de confusão e desafio.

- Não se preocupe comigo, Madara. - ela respondeu, sua voz um pouco embargada pelo efeito da bebida. - Eu sei o que estou fazendo.

Ela sabia que estava sendo imprudente, que provavelmente se arrependeria depois. Mas naquele momento, a sensação de leveza e a falsa coragem que o álcool lhe proporcionava eram a única coisa que a mantinham de pé.

Madara a observou, seus lábios se comprimindo em uma linha fina.

Hashirama, percebendo a tensão crescente, interveio, colocando uma mão no ombro de S/n.

Hashirama: Acho que é melhor você ir descansar, S/n. Você passou por muita coisa hoje.

S/n se levantou, ignorando os conselhos de Hashirama e declarando que iria dançar um pouco. Seus movimentos já denotavam os efeitos do álcool.

Caminhou até a pequena pista de dança, seus olhos brilhando com uma estranha determinação. Os outros shinobis a observaram com olhares desejosos, fascinados pela beleza  da jovem jinchuriki.

Madara, percebendo se levantou e foi até S/n, seu rosto carregado de desaprovação ao ver outros desejando o que é dele.

Madara: Ela vai acabar caindo assim. - ele murmurou, seus olhos acompanhando os passos vacilantes da kunoichi.

Sem hesitar, Madara se aproximou de S/n, pronto para ampará-la caso ela perdesse o equilíbrio. E, de fato, a jovem quase caiu, mas o Uchiha a segurou firmemente pela cintura, impedindo que ela se machucasse.

S/n se afastou um pouco, seu rosto um tanto corado, mas não pelo álcool. Ela encarou Madara com uma expressão desafiadora, determinada a voltar a dançar.

A queridinha de Madara Uchiha Onde histórias criam vida. Descubra agora