Capítulo 17

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JULHO DE 1978

Era o quinto aniversário de casamento de Jane e Patrick, cinco anos que deixaram para trás a cidade a qual cresceram para dar um futuro brilhante para Harper.

Jane ainda estava sonolenta quando sentiu alguém a cutucar, achou que era sua filha mas quando abriu os olhos devagar viu que era seu marido.

- Bom dia meu amor. - Sorriu colocando a bandeja encima da cama - Trouxe nosso café para tomarmos na cama.

Ela sorriu enquanto se sentava. Ele tinha feito panquecas, bacon frito, suco de laranja e tinha colocado um lindo ramalhete de flores.

- Bom dia meu amor. - Puxou-o pela nunca deixando um beijo em seus lábios - Que café cheiroso.

- Fiz exatamente para nós dois. - Sentou-se ao lado dela - Como você está, minha gata?

- Estou bem. - Riu comendo uma fatia do bacon mas lembrou-se que tinha filha, arregalando os olhos ela limpou as mãos - Que horas são? Tenho que levar a Harper para a escola!

- Ei, Jan. - Tomou-a pela mão - Harper está de férias e ela vai dormir na casa da Ruth. Hoje o dia é só nosso, também não vou trabalhar.

Sorrindo, Jane beijou novamente os lábios do marido que se curvavam em um lindo sorriso.

- Feliz aniversário de casamento, Rick. - Encostou a testa na dele.

- Feliz aniversário de casamento, Jan. - Beijou-a na bochecha - Depois desse café vamos tomar um banho juntos.

- Uh que maravilha. - Riu comendo uma dos três mirtilos encima da panqueca.

Enquanto o casal comemorava seu aniversário, em Chicago Jolene e Brian estavam mais uma vez brigados, ele tinha chego em de manhã, tinha cheiro de bebida e prostituta.

- Boa aula, Júnior. Eu te amo.

- Eu também te amo mamãe.

Ela acendeu um cigarro depois de beijar o topo da cabeça do filho que correu até o ônibus escolar, acenou para ele como fazia todas as manhãs. Ao fechar a porta viu o marido se aproximar coçando a cabeça.

- Onde está Júnior? - Perguntou servindo-se uma xícara de café.

- Acabou de ir para a escola. - Soltou a fumaça enquanto cruzava os braços - Amanhã é o primeiro jogo de baseball dele, nada de ir dormir com as suas putas.

Brian olhou-a por cima da xícara, deixou encima da mesa e cruzou os braços na altura do peito.

- O que disse?

- Nada de ir dormir com as suas putas! Está surdo? - Falou alto como se tivesse problemas de audição.

- Eu não sou surdo! - Aumentou seu tom de voz enquanto se aproximava - Quem você pensa que é para falar desse jeito comigo?

- A porra da sua esposa. - Tragou o cigarro - Só estou pedindo para amanhã não ir dormir com a puta que está comendo.

- Se eu quisesse comer puta eu vinha pra casa, porque tenho uma que dorme na minha cama todos os dias a seis anos. - Se aproximou ficando bem perto dela.

Jolene soltou a fumaça no rosto dele fazendo-o ficar irado, a briga foi interrompida pela campainha que tocava. Ela colocou o cigarro na boca de Brian e foi em direção a porta.

Quando abriu sentiu seu coração acelerar, sua boca ficou seca e sua visão turva, sentiu que iria desmaiar. Brian correu em direção a esposa, pegou-a no colo deixando-a sentada no sofá. O homem que estava do lado de fora entrou com a permissão do marido que pegava um copo de água para ela.

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