07. uma colher de chá.

88 13 10
                                    


Na manhã seguinte, recolheu seus pertences e agradeceu a Lin pela estadia

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Na manhã seguinte, recolheu seus pertences e agradeceu a Lin pela estadia. Ren já estava acordado e bem, mas Amaya preferiu não prolongar o contato com o casal. Jogou sua bolsa sobre o ombro e foi procurar pela cidade se havia algum meio de chegar a Ba Sing Se partindo dali. O seu trio de amigos tinha Appa, então por mais que tivessem trabalho e precisassem passar dias em Omashu, a viagem para a capital seria mais rápida, e bem mais prática do que a que Amaya provavelmente enfrentaria.

O vilarejo era bastante movimentado em seu centro, uma espécie de feira tomava conta da rua principal, com múltiplas barracas e mesas dos mais diversos produtos.

Comprou um pão recheado em uma, seria sua primeira refeição do dia, e dependendo do desenrolar, talvez a última também. Admirou alguns artigos de decoração em outra barraca e aproveitou um grande espelho que estava em exposição para checar sua aparência.

Não havia novidade, estava lastimável. Desde que a viagem havia começado tinha perdido peso, e suas roupas pareciam folgadas e desajeitadas. Se escondesse seu rosto e cabelo muito provavelmente seria confundida com um garoto.A face, sem a maquiagem usual, parecia pálida e os olhos fundos. A trança, que a mulher do grupo nômade havia feito no dia anterior, já se desfazia e começava a despontar, e uma mecha teimosa insistia em cair sobre o seu rosto.

Perguntou para alguns vendedores sobre o meio mais rápido para Ba Sing Se e a única instrução que teve foi de ir para outra vila, que talvez lá tivessem um meio de transporte. Frustrada, sabendo que teria que seguir viagem sozinha para outro vilarejo, optou por comprar outro pão recheado, para afogar suas mágoas, já que o primeiro estava bem gostoso.

Esperava a idosa que ministrava a barraca lhe entregar o seu pedido, quando um corpo chocou contra o seu.

– Perdão querida, sou muito desastrado às vezes – disse uma voz familiar.

Amaya nem se importaria de olhar quem havia esbarrado nela, se não tivesse a impressão de não ter ouvido aquela voz antes. Por um minuto esqueceu-se de seu pedido e a cabeça virou quase que imediatamente para encarar o homem.

Não trajava mais as roupas de elite da nação do fogo, mas roupas verdes do reino da terra. Os cabelos grisalhos pareciam ligeiramente mais curtos do que estavam no dia da invasão à tribo da água, mas o porte mais gordinho e a idade e sabedoria estampada em seu rosto ainda eram os mesmos. General Iroh podia ter mudado o seu estilo, mas ainda era o mesmo homem que havia conhecido no oásis espiritual.

– Eu te conheço – soltou Amaya, junto de um suspiro surpreso.

Iroh, que não tinha prestado muita atenção na garota até o momento, arregalou os olhos e analisou a figura à sua frente. Não a reconheceria se ela não tivesse falado nada, mas assim que parou e pensou um pouco, a enxergou. E os espíritos também não mentiam para ele, aquela era a princesa abençoada pelo oceano.

Seasick | ZukoOnde histórias criam vida. Descubra agora