– Então, o que achou da aula? – Perguntou Amaya, animada ao lado de Katara.
Com o objetivo de fazer com que se sentisse mais confortável e menos julgada enquanto aprendia, preferiu assistir somente até certo ponto, e depois deixar a adolescente sulista sozinha com madame Yagoda e os outros alunos.
– Eu gostei, por incrível que pareça. Vim até aqui com certo preconceito, devo admitir, mas Yagoda é boa. E também conversamos um pouco no final – revelou a mais nova, levando as mãos ao colar que usava, enquanto parecia se recordar da conversa.
Amaya não havia reparado até o momento, mas a menina também usava um colar de promessa de casamento. Entretanto, parecia jovem demais para casar-se, então fazia sentido já estar noiva e prometida a alguém.
– Descobri que minha avó era daqui, da tribo da água do norte, e ela e Yagoda se conheciam, eram amigas.
– Sério? Que interessante, e como você descobriu isso?
– Yagoda reconheceu o meu colar. Ele era de minha avó, que passou para minha mãe, que passou para mim.
– Devo confessar que estou aliviada de saber que você não está prometida, é muito nova para isso.
Katara prestou atenção na própria princesa, após essa afirmação. Amaya não era muito mais velha que ela, e exibia o mesmo tipo de colar em seu pescoço.
– Eu não sabia que o colar tinha esse significado até hoje, mas você usa um. E lembro que já usava antes do seu aniversário, tenho quatorze anos, não é muito mais do que você tinha quando ganhou o seu, aposto.
– Não é uma competição Katara, e sim, eu ganhei o meu colar alguns meses antes do meu aniversário de dezesseis, mas não é algo que eu almejava e eu não desejaria isso para ninguém. Nem toda promessa de casamento termina bem, sabia? Dizem que mestre Pakku só é amargurado do jeito que é por que foi abandonado por sua noiva.
Katara continuou contando à Amaya o que havia aprendido e os pontos altos da aula, mesmo após a bronca, como se nada tivesse acontecido, até o céu começar a mudar de tom e as duas decidirem voltar aos seus aposentos. Katara, de volta para onde Avatar e seu irmão ficavam, e Amaya de volta para o palácio onde morava. Os dois ficavam próximos, então fizeram o caminho juntas e só depois se separaram.
Amaya retornou ao seu quarto rapidamente, assim que pisou seus pés em casa, não querendo cruzar com seu pai pelo caminho, preferia o evitar ao máximo.
Passou pela porta já descalçando as botas e jogando-as em um canto qualquer do quarto. Também atirou o vestido que usava em cima da cama e correu para o closet, onde vestiu rapidamente uma camisola longa. Sentou-se na penteadeira, tirou sua maquiagem e começou a desfazer o penteado que Misa havia feito em seus cabelos naquele dia pela manhã.
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Seasick | Zuko
FanficTui e La são irmãos. Yue e Amaya também. Lua e Oceano. Força e Vida. Yin e Yang. Um complementa o outro e, a partir do momento que um deles deixa de existir, o outro entra em desequilíbrio e o caos reina. Amaya achava que não existia outra vida para...