Art Heist, Baby! Starchaser

Cortando Laços

Sirius estava em silêncio, e ele parecia tão pálido que Regulus pensou que ele poderia estar doente. Ele debateu se deveria ou não abrir uma janela, ou dizer para ele respirar. Ele não fez nenhum dos dois.

Ele estava todo o trajeto de volta lembrando-se de respirar. As coisas estavam prestes a ficar muito piores antes de melhorarem. Também era crucial que Regulus lidasse com isso com o máximo de cuidado possível, qualquer deslize poderia levar a um motim, anarquia, caos.

Ele tinha Barty e Evan do seu lado, e estava bastante certo de Dorcas também, considerando que ela havia lhe dado as fotos. Mas Marlene era questionável e Peter também. Mary e Lily definitivamente não aceitariam bem esta notícia; ele sabia que Remus tinha passado muito tempo com os dois recentemente, e então... e então havia James. James, que provavelmente nunca o perdoaria por usar seu melhor amigo como garantia, como um peão, como Sirius havia dito. Ele tinha que ter tido mais cuidado com isso.

“Quando chegarmos lá, vamos direto para o terceiro andar. Você não deve falar com ninguém que vê. Assim que chegarmos lá, você fará alguns telefonemas, dirá exatamente o que eu preciso que você diga e precisará tornar isso crível. Não preciso dizer o que acontecerá se você se desviar dessas instruções.”

Sua voz tinha gosto de giz na boca, mas tinha que ser feito. Isso sempre fez parte do plano.

Sirius não falou. Regulus estava ciente do spray de pimenta que estava no colo de Sirius. Parecia que ele havia esquecido que estava lá, ou decidiu que era inútil tentar. Regulus ficou grato por isso, mas também o deixou extremamente apreensivo. Sirius não era de cair sem lutar, ou Remus Lupin o havia tornado completamente inútil no espaço de alguns meses, ou ele estava ganhando tempo.

"Barty já está de volta", disse Regulus em voz alta para si mesmo enquanto estacionava atrás do outro carro. Ele tirou as chaves da ignição e elas chacoalharam alto.

Sirius ainda estava em silêncio, olhando pela janela com o maxilar cerrado. Tudo bem, Regulus nem estava realmente falando com ele de qualquer maneira.

"Para fora, vamos," Regulus abriu a porta e Sirius o seguiu. "Nem uma palavra," Regulus o lembrou andando pelos fundos.

Surpreendentemente, eles não passaram por ninguém na subida. Regulus suspeitava que Evan ou Barty tinham algo a ver com isso.

Ele também esperava que Sirius fizesse comentários sobre a casa. Era claramente de seus pais, embora Sirius tivesse ido embora antes deles comprá-la. Ele nunca a tinha visto, mas estava cheio de memórias de sua infância. Retratos e bustos de mármore, tapetes e cortinas velhas. Ele não disse uma palavra, o que tecnicamente, Regulus havia pedido para ele não dizer nada, mas ainda assim. Não era típico dele realmente ouvir.

Ele lutou contra a vontade de apontar para a lâmpada antiga que Bellatrix havia dado a eles um ano no Natal, eles tinham sete e oito anos, respectivamente, e ambos riram tanto que choraram com a coisinha feia quando a desembrulharam. Ele se perguntou se Sirius notou o tapete no corredor que eles usaram para descer as escadas de sua antiga casa quando seus pais se foram. Ele se perguntou se alguma vez ele pensou em coisas assim.

Regulus parou na última porta no final do corredor e bateu duas vezes. Ele conhecia bem esta sala. Apenas alguns dias atrás, ele estava puxando James para cá depois da aula, prendendo-o contra a parede, beijando-o com um fervor que só o segredo poderia trazer; ele piscou rapidamente. Isso estava tudo acabado agora.

Ele ouviu a fechadura virar e o rosto de Barty apareceu para ele através da fresta da porta antes de abri-la, conduzindo os dois para dentro.

Regulus deu uma olhada ao redor enquanto Barty fechava a porta e a trancava atrás deles. Remus estava sentado no canto da sala em uma pequena cadeira de madeira. Seus braços estavam amarrados atrás das costas e seus pés amarrados nos tornozelos. Regulus nunca o tinha visto tão pálido, mas fora isso, quase não havia medo em seu rosto, apenas aceitação.