Art Heist, Baby! Starchaser

O Assalto

"Regulus," James sussurrou no quarto escuro. Ele não tinha certeza de quanto tempo fazia desde que Regulus apagou as luzes e exigiu que eles tentassem dormir. Ele sabia que já passava da meia-noite e que em menos de vinte e duas horas ele estaria em um carro dirigindo para o museu Braxton em Nova York para realizar o maior roubo de arte da história. Um assalto que seu namorado havia elaborado e planejado com cuidado e detalhes meticulosos. Um assalto que mudaria o mundo.

A casa foi totalmente limpa de tudo. James ajudou a limpar as salas de aula e os estúdios de arte no terceiro andar e os encheu com utensílios domésticos comuns. Ninguém seria capaz de dizer que aqueles cômodos haviam sido usados para algo além de armazenamento ou quartos de hóspedes.

Ele ficou do lado de fora no início da manhã e observou Regulus lançar plantas e diagramas perfeitos em uma fogueira fulminante que Barty e Evan construíram. Ele jogou suas próprias anotações de meses e meses de aulas no fogo e observou as chamas avidamente. Toda e qualquer coisa que pudesse ter sido interpretada como evidência do roubo foi destruída. Doía James ver tudo ser consumido pelo fogo, suas pequenas anotações que ele passava de um lado para o outro para Peter e Marlene, seus rabiscos nas margens das gravuras de arte. Até Regulus parecia um pouco mais pálido do que o normal enquanto observava anos do trabalho de sua vida serem reduzidos a cinzas fumegantes.

Eles limparam até que a casa estivesse vazia, até que parecesse intocada, inabitada. Eles haviam empacotado todas as suas roupas e pertences e suas malas estavam prontas para serem carregadas em uma das duas vans pretas que Regulus havia adquirido para o assalto. Eles esfregaram e esfregaram até que todas as evidências do passado fossem inexistentes. Regulus ainda tinha seus retratos de família e bustos de mármore e outras coisas embaladas e despachadas em caixas. A casa estava irreconhecível.

Para acrescentar a isso, James estava dividindo seu tempo entre abrir contas offshore e extratos bancários em nome de todos e repassar acordos de última hora com Sirius sobre a melhor maneira de abordar o armazenamento do museu. Ele mal tinha tempo para pensar, muito menos para dormir. Mas agora que ele teve a oportunidade, deitado na cama a conselho de Regulus, ele não conseguia fazer seu batimento cardíaco ou sua mente desacelerar o suficiente para adormecer. Até o quarto de Regulus ficou frio e imponente, pois estava desprovido de todos os seus pôsteres, diagramas e detalhes de pintura que James tanto gostava de ver.

"James, você deveria estar dormindo," Regulus suspirou, mas James podia dizer pela clareza da voz de Regulus que ele não estava perto de adormecer também.

"Você está com medo do assalto?" James perguntou em um sussurro.

"Você está?" Regulus rebateu depois de alguns momentos de silêncio.

James pensou consigo mesmo. Quando ele concordou com este assalto, quando ele concordou em aceitar este trabalho, Regulus havia prometido a ele uma vida livre de tédio e excitação além de sua imaginação mais selvagem, e ele cumpriu essa promessa e mais um pouco. James estava sem direção, seu trabalho corporativo o deixou apático e sem propósito, e agora, ele se sentia tão distante daquela pessoa que já foi, era difícil até mesmo se imaginar naquele antigo contexto.

A empolgação sempre deveria ser seu fator motivador, mas no momento em que ele entrou no armazém e pôs os olhos em Regulus, seu fator motivador mudou instantaneamente.

Isso foi assustador. Se apaixonar por Regulus foi a coisa mais aterrorizante, estimulante e excitante que ele já fez - que ele faria; Ele estava certo disso. O que era um assalto comparado a isso?

"Estou ansioso, eu acho," James respondeu finalmente. “Mais do que com medo. Estou confiante de que podemos fazer isso, mas acho que será bom ter os dois pés no chão no museu, em vez de ficar aqui imaginando como será. Se isso faz sentido. Também estou muito animado, se você puder imaginar o quanto.”