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𝐏𝐨𝐯: Price.
Recebi uma ligação de um hospital. Dizia que um tal de Senhor Doner tinha entrado em óbito. Nessa quarda feira, na madrugada dela. Não sabia por ligaram. Até que ouvi "Pai de S/n". Fiquei em choque e desliguei o telefone. Suspirei fundo. Dormi para deixar para conversar com ela no outro dia.
Pela manhã, a chamei em meu escritório. Junto com Ghost por segurança, como sempre.
Eu buscava as melhores palavras para falar isso, mas não tinha boas palavras para essa ocasião. Ela entrou e se sentou me olhando esperando eu falar.
Price: você tem pai, S/n? -Ela parece confusa com a pergunta. Mas era a melhor maneira de começar.
S/n: Tenho, um pai, uma mãe falecida e meu irmão de 15 anos. Por que a pergunta? -Engulo seco, mesmo tendo feito isso já muitas vezes e em situações piores. Sempre é difícil. Ainda mais quando se trata de suicídio.
Price: Um hospital do Brasil me ligou nessa madrugada. Falaram que o senhor Doner tinha falecido... - tento entender a reação se S/n. Porém seu olhos lutavam para que as lágrimas não aparecem e não saíssem. - médicos dizem que é por causa de suicídio.
S/n: Suicídio? -A voz da menina era tremida e triste por dentro e fora. Nunca a tinha visto assim. Ela desvia o olhar tentado se recompor. -E meu irmão? Ele está bem?
Price: Não sei, mas o médico não disse nada sobre ele. -Pego alguns papéis - Aqui...licença de 2 mêses. Pode ser? -Ela franze o cenho e me olha negando com a cabeça.
S/n: Não posso largar a missão. Só peço que quem quer que esteje com meu irmão, o mande para comigo imediatamente. -Ela falava seria e eu olho para Ghost de canto. Logo volto a atenção para ela.
Price: consegue terminar a missão depois dessa notícia? Eu acho que não .
S/n: Consigo! Sou profissional, senhor. Só por favor... Faça esse favor para mim?
Price: Claro. Sem dúvidas. Se quiser o deixar no seu dormitório da base até achar um lugar para ele ou qualquer coisa que for fazer...-Ela concorda com a cabeça. -Sinto muito, S/n. Não imagino como deve ser a dor de perder um pai.
Eu vejo ela abaixar o rosto e apertar os punho que estavam sobre sua coxa.
S/n : Nada é fácil. Com licença-Ela se levanta e saí da sala fechando a porta.
Um suspiro pesado sai da boca de ghost e eu o olho.
Realmente, não menti. Não sei como deve ser perder um pai...
