Quarto - Fallen Stars

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— Isso, aí, Hoseok, bem aí, continua, não para.

Hoseok continuou aplicando pressão até ouvir um pequeno estalo seguido por um suspiro longo de Min.

— Com certeza as minhas costas tavam fora do lugar.

O mais velho virou o rosto para trás quando sentiu o peso em suas costas, deixando um selar nos lábios do namorado, que não demorou a se levantar, deixando um tapa ardido em sua bunda que só estava protegida pela cueca.

— Vou fazer o café, vê se te conserva pra deixar eu poder dar uma quebrada.

Piscou e saiu do quarto, deixando Min cochilar mais um pouco e aproveitar suas costas sem dores.

Quando o cheirinho dos grãos torrados se expandiu por todo o apartamento, Yoongi fez o trabalho de se levantar. Passou a escova pelos cabelos longos e prendeu-os com uma piranha rosa-choque que não era sua. Procurou pelos chinelos, mas encontrou somente os de Hoseok, que eram um pouco menores que seus pés de lancha.

O Jung fritava ovos e fervia leite. Yoongi se esgueirou pela cozinha estreita até chegar por trás dele para abrir a basculante, tirando o abafamento do local mas permitindo que uma brisa gélida invadisse.

Min Yoongi não era um homem ruim, mas isso não significa que ele não fazia coisas ruins.

Ficou na ponta dos pés para conseguir lhe beijar a nuca. Suas mãos subiram pelo quadril de Jung, entrando por baixo da camiseta até chegar na cintura. Yoongi beijou seus ombros na altura da escápula por cima do tecido. Quando os dedos gelados chegaram no peito do mais novo, esse se virou, empurrando o outro para que se sentasse na bancada enquanto atacava seus lábios com um selinho delicado, que foi cortado pelo desespero de Min em tirar sua camiseta.

— Calma, gatinho — O sorriso de lado durou pouco, já que, ao invés de voltar a agarrá-lo, o mais velho começou a vestir a camiseta — Ôh seu porra—

— Vai lá cozinhar, vai — Beliscou o mamilo do maior, que se contorceu pra se afastar.

— Min Yoongi, você tá fudido.

— Pode latir mais, Hoseok, porque eu sei que você não morde.

O peito do mais novo estufou, e ele voltou calmamente pra frente do fogão.

— Não fica parado aí, você tá com um bafo-de-onça.

A expressão de Min se fechou, e ele saiu pisando forte. Hoseok terminou a comida e a desligou o fogão. Quando chegou ao marco da porta, pode ver o menor na janela, que tentou esconder o cigarro.

— Eu já vi.

A pele dos braços de Hoseok estava arrepiada. Se recostou ao lado do namorado e tentou pegar o cigarro, mas levou um tapa na mão.

— Você não.

Ao ver que o mais novo não desistiria fácil, Yoongi espremeu a bituca contra a madeira e a atirou para a rua. Eles ficaram se encarando como se aquela fosse uma manhã normal. Hoseok foi quem mencionou o que estavam evitando.

— Você está bem? Eu sei que não gosta de trabalhar com crianças.

— O problema não são elas, nunca são elas, mas mesmo que tentem deixar o clima melhor na ala pediátrica com cores vibrantes e bichinhos de pelúcia, é o lugar mais sombrio que eu já fui.

— Eu imagino.

Seu braço passou pelos ombros do menor, permitindo que se recostasse. Hoseok beija o topo da cabeça do menor, que ainda olha para o musgo nos tijolos do prédio ao lado.

— Parece que todo o cansaço que eu deveria ter sentido durante a graduação tá vindo como uma bomba atômica pra cima de mim.

— Yoon, isso é normal—

GUNSHOT | sope longficOnde histórias criam vida. Descubra agora